..... MAIS TARDE .....RAUL ONEstou aproveitando ao máximo o tempo que a minha mãe está aqui em casa. Não é nada fácil cuidar dos afazeres de casa, sendo assim, contar com a ajuda dela tem sido um peso a menos.Quando o relógio marca 20h, o jantar já está pronto e o Pietro e eu nos juntamos a minha mãe á mesa para a refeição.— Como foi o final de semana com a sua mãe, Pietro? — a minha mãe pergunta para o neto. Não faz muito tempo que chegamos, acabei perdendo a hora devido ao trabalho. A sorte foi que a minha mãe veio perguntar se o Pietro viria embora hoje e aí sai às pressas para buscá-lo.— Foi bom, vó. Nós passeamos bastante. — Pietro responde.— Que legal! — dona Maria exclama — Que bom que alguém te leva para passear, não é? — a última parte ela diz para mim.Dou de ombros.— No sábado nós fomos ao parque aquático com a tia Tatá e a tia Gi. — Pietro começa a contar — E a minha mãe foi comigo no tobogã mais alto que tinha no parque!— Meu Deus! — a minha mãe exclama, fingindo
..... ALGUNS DIAS DEPOIS .....LAURA ONHoje o dia está tão atarefado aqui no trabalho, mal tenho tempo para respirar. Não tenho dúvidas de que até o final do dia terei dor de cabeça.Quando dá o meu horário de café, é um alívio para mim. Alguns minutos — ainda que poucos — são o que eu preciso para não surtar!Ao lado da empresa tem uma cafeteria, rapidamente fui até lá para comprar um pão de queijo para acompanhar o meu café. Ouço o som da porta da cozinha se abrir e em seguida passos de alguém que vem em minha direção.— Olá, Laura! — o Gael aparece em meu campo de visão e cumprimenta-me com um sorriso.— Oi, Gael. — cumprimento — Servido? — ofereço o meu lanche.— Não, obrigado. — ele dispensa e completa — Eu não gosto de pão de queijo.— Como? — pergunto surpresa — Você deve estar brincando!— Não, eu realmente não gosto de pão de queijo.— Isso é praticamente impossível! — exclamo — Qual criatura na face da Terra não gosta de pão de queijo?!— Eu! — ele ri do meu drama.— Isso
..... ALGUNS DIAS DEPOIS .....O som do telefone preenche a minha sala, tirando a minha concentração do trabalho.— Sim? — digo ao atender, vi ser uma ligação da recepção.— Raul... — a voz da Lorena soa manhosa — A senhorita Laura, sua esposa, está aqui. — Peça para que ela entre. — respondo sem enrolação.— Está bem. — a Lorena concorda e a ligação chega ao fim.Ajeito-me na cadeira, esperando ansiosamente pela Laura. Já tem alguns dias que não tenho notícias dela.Aos meus olhos, tudo parece estar em câmara lenta. Vejo a porta se abrir e a Laura vestindo o seu uniforme formal de trabalho, o qual apesar de ser sútil, agora parece me chamar a atenção: a saia preta de algodão modelando a curva de seu quadril e coxas revelam pernas torneadas, a camiseta lhe cai bem realçando a sua cintura e os seus peitos avantajados — até tenho a impressão de que os botões estão no limite.Faz tanto tempo que não paro para observar atentamente a beleza da Laura?Aparentemente, a resposta é sim, aliá
..... FINAL DE SEMANA .....LAURA ONO resto da semana a Joyce fez a minha cabeça para aceitar ir numa boate vip. Eu não consigo acompanhar as festas que tem na cidade, mas a Joyce está sempre antenada.Depois de muita insistência, concordei em ir para esta boate. Aliás, já faz um tempo que não saio sozinha.Desta vez, decido ousar com um vestido de paetê todo feito com lantejoulas e de frente única na cor preta — aquele famoso preto bafônico! Acrescento um belíssimo salto dourado, com laços para amarração.— Há quem diga que eu estou maravilhosa. — sorrio para o meu reflexo no espelho. Termino de fazer a minha maquiagem e solto o meu cabelo, o qual cortei recentemente em degradê.Faz tanto tempo que não me visto assim para uma boate, talvez seja pelo uso das minhas roupas cotidianas de mulher recatada, mas estou me sentindo muito fogosa e assanhada vestindo isso.O meu celular vibra e vejo ser uma notificação de mensagem da Joyce:"Cheguei." — leio a mensagem.Agora não tem como des
O trajeto de casa nunca pareceu tão longo como hoje; no carro, fico dividido em dirigir e manter a Laura quieta em seu banco, pois, a mesma ficava me tentando.Quando o carro já está estacionado na garagem, saímos dele e já me aproximo da Laura juntando os nossos lábios num beijo urgente. As mãos dela pousam sobre os meus ombros, arranhando levemente o meu pescoço e nuca, enquanto as minhas mãos leem o seu corpo.— Achei que fôssemos para um lugar mais confortável... — a Laura murmura durante o beijo.Sem avisar, ergo a Laura para se sentar no capô do carro e abro as suas pernas.— Iremos nos divertir em cada canto desta casa. — aviso — A noite é uma criança.Afasto a calcinha que a Laura usa para o lado e introduzo um dedo em sua entrada, começo a fazer movimento em círculo para deixa-la desejosa.— Humm... — ela geme baixo.Sorrio.Reiniciamos o beijo para esquentar ainda mais o clima entre nós.— Raul... — Laura chama.Mordo o lábio inferior da Laura para terminar o beijo, nossos r
..... DIA SEGUINTE .....Assim como na hora em que fomos dormir, ao acordar vi o corpo da Laura junto ao meu. Ao vê-la na cama, como antigamente, tenho motivo para começar o dia bem.O relógio marcava 8h em ponto. Levantei-me cuidadosamente para não acordar a Laura, tomei um banho e ao sair do banheiro, a mulher nem havia se mexido.Preparei o café matinal na esperança da Laura acordar e se juntar a mim, no entanto, a mesma ainda dormia em sono profundo. Com isso, decidi ir para o escritório organizar alguns papéis importantes da imobiliária e para a minha surpresa, diferente das últimas semanas, o trabalho fluiu normalmente — a presença da Laura muda tudo mesmo!Quando o visor do meu celular dizia ser 9:45 decidi levar o café da manhã para o quarto, assim a Laura irá acordar da melhor forma.Torradas com geleia de morango, frutas frescas, bolo de laranja e uma xícara com café compõe a bandeja que estou levando para o quarto. Abro a porta e tenho visão da Laura sentada na cama, com o
..... DEZ DIAS DEPOIS .....RAUL ONO telefone do escritório começa a tocar, é uma ligação da recepção.— Sim? — digo ao atender.— Raul... — a voz manhosa da Lorena soa no telefone — Está ocupado?— Sim, por quê? — pergunto.Ao chegar de manhã, avisei que tiraria o dia para resolver assuntos importantes e não queria ser incomodado, em casos de emergência chamassem a Samanta para me representar.— Tem um rapaz querendo falar com você. — Lorena avisa.— Chame a Samanta...— Não é um cliente, Raul. — Lorena diz.— Poderia ser mais direta, Lorena? Quem está aí? — soo com impaciência.Tenho a impressão de que a Lorena faz de tudo para poder passar o maior tempo possível conversando comigo, tarefas simples se tornam complicadas com ela.Escuto alguns murmúrios.— O nome dele é Luís Veiga e quer tratar de um assunto pessoal com o senhor. — Lorena diz por fim.O Luís, irmão da Laura? O que esse demônio, quero dizer, o Luís está querendo aqui?"Ele deve ter vindo para zombar de você, ou entã
..... SEMANA SEGUINTE — 4°FEIRA .....RAUL ONAo chegar na recepção da empresa Doce Lar, da família Veiga, vou até a recepcionista que conheço de longa data.— Bom dia, Marcela. — cumprimento a mulher.O Ronaldo Veiga, meu sogro, não economiza nas festas de confraternização da empresa, por isso, tenho amizade com os funcionários.— Raul! Bom dia, quanto tempo. — Marcela exclama.— O trabalho ocupa o meu tempo. — afirmo — Como você está? O casamento, os filhos?— Todos estamos bem. — ela responde — Vejo ver a Laura? — Sim, eu poderia ir até o escritório dela? — pergunto.— Que pergunta, não é? Eu não posso barrar o marido dela! — Marcela ri.Pelo jeito a notícia do divórcio é sigilosa.— Eu vou indo lá, até mais, Marcela. — me despeço.— Até mais, Raul! Se cuida. — a mulher responde.Peço o elevador.A empresa da família Veiga é grande, dividida entre o prédio administrativo e o barracão da produção. Tiro do bolso um envelope, segurando em mãos.Admito estar nervoso, será que a Laura