..... FINAL DE SEMANA .....LAURA ONO resto da semana a Joyce fez a minha cabeça para aceitar ir numa boate vip. Eu não consigo acompanhar as festas que tem na cidade, mas a Joyce está sempre antenada.Depois de muita insistência, concordei em ir para esta boate. Aliás, já faz um tempo que não saio sozinha.Desta vez, decido ousar com um vestido de paetê todo feito com lantejoulas e de frente única na cor preta — aquele famoso preto bafônico! Acrescento um belíssimo salto dourado, com laços para amarração.— Há quem diga que eu estou maravilhosa. — sorrio para o meu reflexo no espelho. Termino de fazer a minha maquiagem e solto o meu cabelo, o qual cortei recentemente em degradê.Faz tanto tempo que não me visto assim para uma boate, talvez seja pelo uso das minhas roupas cotidianas de mulher recatada, mas estou me sentindo muito fogosa e assanhada vestindo isso.O meu celular vibra e vejo ser uma notificação de mensagem da Joyce:"Cheguei." — leio a mensagem.Agora não tem como des
O trajeto de casa nunca pareceu tão longo como hoje; no carro, fico dividido em dirigir e manter a Laura quieta em seu banco, pois, a mesma ficava me tentando.Quando o carro já está estacionado na garagem, saímos dele e já me aproximo da Laura juntando os nossos lábios num beijo urgente. As mãos dela pousam sobre os meus ombros, arranhando levemente o meu pescoço e nuca, enquanto as minhas mãos leem o seu corpo.— Achei que fôssemos para um lugar mais confortável... — a Laura murmura durante o beijo.Sem avisar, ergo a Laura para se sentar no capô do carro e abro as suas pernas.— Iremos nos divertir em cada canto desta casa. — aviso — A noite é uma criança.Afasto a calcinha que a Laura usa para o lado e introduzo um dedo em sua entrada, começo a fazer movimento em círculo para deixa-la desejosa.— Humm... — ela geme baixo.Sorrio.Reiniciamos o beijo para esquentar ainda mais o clima entre nós.— Raul... — Laura chama.Mordo o lábio inferior da Laura para terminar o beijo, nossos r
..... DIA SEGUINTE .....Assim como na hora em que fomos dormir, ao acordar vi o corpo da Laura junto ao meu. Ao vê-la na cama, como antigamente, tenho motivo para começar o dia bem.O relógio marcava 8h em ponto. Levantei-me cuidadosamente para não acordar a Laura, tomei um banho e ao sair do banheiro, a mulher nem havia se mexido.Preparei o café matinal na esperança da Laura acordar e se juntar a mim, no entanto, a mesma ainda dormia em sono profundo. Com isso, decidi ir para o escritório organizar alguns papéis importantes da imobiliária e para a minha surpresa, diferente das últimas semanas, o trabalho fluiu normalmente — a presença da Laura muda tudo mesmo!Quando o visor do meu celular dizia ser 9:45 decidi levar o café da manhã para o quarto, assim a Laura irá acordar da melhor forma.Torradas com geleia de morango, frutas frescas, bolo de laranja e uma xícara com café compõe a bandeja que estou levando para o quarto. Abro a porta e tenho visão da Laura sentada na cama, com o
..... DEZ DIAS DEPOIS .....RAUL ONO telefone do escritório começa a tocar, é uma ligação da recepção.— Sim? — digo ao atender.— Raul... — a voz manhosa da Lorena soa no telefone — Está ocupado?— Sim, por quê? — pergunto.Ao chegar de manhã, avisei que tiraria o dia para resolver assuntos importantes e não queria ser incomodado, em casos de emergência chamassem a Samanta para me representar.— Tem um rapaz querendo falar com você. — Lorena avisa.— Chame a Samanta...— Não é um cliente, Raul. — Lorena diz.— Poderia ser mais direta, Lorena? Quem está aí? — soo com impaciência.Tenho a impressão de que a Lorena faz de tudo para poder passar o maior tempo possível conversando comigo, tarefas simples se tornam complicadas com ela.Escuto alguns murmúrios.— O nome dele é Luís Veiga e quer tratar de um assunto pessoal com o senhor. — Lorena diz por fim.O Luís, irmão da Laura? O que esse demônio, quero dizer, o Luís está querendo aqui?"Ele deve ter vindo para zombar de você, ou entã
..... SEMANA SEGUINTE — 4°FEIRA .....RAUL ONAo chegar na recepção da empresa Doce Lar, da família Veiga, vou até a recepcionista que conheço de longa data.— Bom dia, Marcela. — cumprimento a mulher.O Ronaldo Veiga, meu sogro, não economiza nas festas de confraternização da empresa, por isso, tenho amizade com os funcionários.— Raul! Bom dia, quanto tempo. — Marcela exclama.— O trabalho ocupa o meu tempo. — afirmo — Como você está? O casamento, os filhos?— Todos estamos bem. — ela responde — Vejo ver a Laura? — Sim, eu poderia ir até o escritório dela? — pergunto.— Que pergunta, não é? Eu não posso barrar o marido dela! — Marcela ri.Pelo jeito a notícia do divórcio é sigilosa.— Eu vou indo lá, até mais, Marcela. — me despeço.— Até mais, Raul! Se cuida. — a mulher responde.Peço o elevador.A empresa da família Veiga é grande, dividida entre o prédio administrativo e o barracão da produção. Tiro do bolso um envelope, segurando em mãos.Admito estar nervoso, será que a Laura
..... SEXTA-FEIRA .....LAURA ON— Pegou tudo? Não se esqueceu de nada? — a minha mãe pergunta.— Tudo o que irei precisar está na mala. — respondo.— E os seus documentos? — dona Sandra Regina insiste.— Peguei, mãe! — rio — Parece que tem alguém mais ansiosa do que eu? — Desculpe. — ela ri também — É que você está levando tão poucas malas.— Será apenas um final de semana. — lembro.— Você está levando roupas para o caso de esfriar? — O Rio de Janeiro tem um clima muito quente, mesmo assim estou levando roupas para o caso de esfriar, chover e até mesmo para um apocalipse. — tento assegurar.— Está bem, já vi que você tem tudo o que precisa. — Sandra concorda.— Me ajuda levar as malas no carro? — peço.— Claro. — a minha mãe responde — Aliás, as horas já estão avançando e você precisa ir para o aeroporto. Após aceitar o convite de viajar no final de semana com o Raul, jurei para mim mesma, manter o sigilo. No entanto, eu não podia esconder isso da minha mãe — ela é a minha confid
..... MAIS TARDE .....Ao voltarmos para o quarto, tomei um longo banho e deitei-me para maratonar alguma série, acabei por adormecer logo no início do episódio.Quando acordei, já eram 18:20.Foi quando o Raul veio me avisar que iríamos sair à noite, o local seria um restaurante no bairro de Humaitá, chamado Meza Bar, onde iríamos tomar drinks — eu desconfio das intenções do Raul ao me levar passear num lugar como este, mas serei inflexível.Escolho um cropped preto e uma saia longa na cor laranja ferrugem, com estampas de praia e uma sandália rasteira preta com strass. Estou optando por roupas mais confortáveis, pois, diariamente uso roupas apertadas de trabalho. Como lavei o meu cabelo na hora do banho, agora ele está com ondas naturais que tenho dó de desmanchar, por isso, escolho um penteado simples de semi preso.19:15Escuto uma batida na porta e em seguida ela é aberta, o Raul surge em meu campo de visão trajando uma camisa polo verde com detalhes, uma bermuda bege e tênis, o
RAUL ONPor uns cinco minutos ficamos em silêncio, apenas com o som das pessoas nas outras mesas, talheres contra os pratos e risadas.— Teria algo para me dizer? — decido quebrar o silêncio com esta pergunta.— Não. — a Laura responde quase num sussurro.Ajeito-me no banco, procurando uma posição mais confortável.— Algo mudou dentro de você? — faço outra pergunta, estando agora mais receoso pela resposta.Dependendo do que a Laura diga, irá ditar o meu humor nas próximas horas.— Sim. — ela diz no mesmo tom baixo, mas agora com um pequeno sorriso de canto.Solto um suspiro de alívio.Percebo que a Laura passa a me observar e retribuo com um olhar sereno.Eu amo essa mulher!— Aqui não é um lugar apropriado para este tipo de conversa, não é? — afirmo.— Nenhum pouco. — a mulher concorda.Rimos.Noto a Laura se perder em pensamentos, fico curiosa em saber quais são eles. — Você fez de propósito. — a Laura diz-me.— Como? — pergunto confuso.— Orquestrou o diálogo, me irritou proposit