Meu eu submissa: O outro lado da moeda
Meu eu submissa: O outro lado da moeda
Por: Anne Braga
Introdução

Eu não podia acreditar no que os meus olhos estavam vendo, uma versão minha mais velha, porém tão abatido e sem alegria.

Alejandro tinha os cabelos grisalhos e a barba por fazer, as marcas da idade já apareciam e ele tinha algumas cicatrizes pelo rosto e pescoço.

Foi difícil acreditar nos que os meus olhos estavam vendo, no que eu estava presenciando naquele momento.

Eramos um retrato em idades diferentes, o teste de DNA só vai confirmar tudo que os olhos vêem.

Um nó estava se formando em minha garganta e foi difícil engolir. Precisei respirar fundo para não chorar, eu estava ouvindo meu coração de tão acelerado que estava.

Minha vida foi uma grande mentira, tudo que eu vivi até o momento foi uma grande e cruel  mentira.

Esteban estava ao lado de Alejandro e ajudou ele a se levantar.

Naquele momento eu vi o carinho de Esteban pelo meu pai.

Até Antonella estava na sala conosco, eu vim junto com ela para o México.

ーComo eu procurei por você. - o homem diz com lágrimas nos olhos ー Sua mãe ficaria tão feliz em te ver. - as lágrimas caíram.

Aquilo teve um certo impacto em mim, o jeito que as palavras saíram envolvidas com a dor e ao ouvir elas foi como se eu estivesse a anos esperando por esse encontro. 

Ele diminuiu o espaço entre nós dois e me deu um abraço.

No primeiro momento eu me senti estranho e não reagi, porque querendo ou não ele é um estranho.

Mas eu abracei ele e senti uma sensação gostosa, sabe? aquela sensação de paz e tranquilidade, era como se eu conhecesse ele a anos, foi uma conexão estranha. Eu estranhei.

Quando nos separamos o rosto do homem estava avermelhado por conta do choro, ele limpou os olhos e sorriu para mim. Aquilo me contagiou e eu retribui o sorriso.

ー Temos muito o que conversar. - falei com a voz embargada. ー preciso saber de tudo. - completei.

ー E eu vou te contar. - sua voz grossa falou firme. ー E eu vou fazer cada um pagar pelo o que fizeram com você e sua mãe. - aquilo era uma promessa, um frio percorreu em minha coluna. Eu não vou deixa-lo fazer mal a minha família, eu quero explicações, quero saber o porquê fizeram isso.

ー Mas primeiro temos que tentar acabar com o tráfico  humano que a máfia do seu irmão está envolvido. - quando ele disse aquilo meu coração acelerou quase não cabia no peito, eu estava surpreso e não podia acreditar nisso. Será que o Vicente sabia disso?

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