Depois do jantar todos se reuniram na sala. Vicente e Théo estavam fumando seus cigarros, ambos estavam de cara fechada, parecia que estava pensando em algo além do que acontecia no momento. Me levantei da poltrona que havia me sentado a meia hora atrás e fui até um frigobar que estava do outro lado da sala. Tinha diversas bebidas geladas, escolhi uma cerveja, abri e coloquei no copo. Quando dei por mim Tauane estava se aproximando, ela está diferente. Seu olhar está longe, não tem mais o brilho que tinha antes, ela parece está decepcionada. Eu também ficaria, a verdade é que eu não esperava essa atitude de Joanna. Querer me matar foi radical de mais, foi um ato de traição. Será que ela nunca considerou ser minha amiga? E todas as vezes que ela veio me consolar só foi para ganhar minha confiança? — Como você está? - Tauane parecia escolher suas palavras. — Não foi dessa vez que eu morri. - tentei fazer uma piada mas não teve muito resultado. — Como minha mãe está? - perguntei, e
Acordei com uma mão fazendo carinho em meu rosto, eu não abri os olhos de imediato aproveitei para apreciar seu toque. Depois de um instante eu os abri, não me acostumei com o Vicente sem os cabelos grandes. Ele ainda está lindo mas o cabelo era um charme a mais. Eu não sei o que a máfia mudou nele, porque comigo ele está igual, não mudou seu comportamento comigo. — Eu senti sua falta, eu não quero me separar de você, só se você quiser. - ele falou com a sua voz rouca de quem acabou de acordar. — Parece patético mas quando eu estava nos treinamentos, naquele inferno, era seu rosto que vinha na minha cabeça para eu não desistir. Era você que me dava forças. - eu prestava atenção em todas as palavras que ele falava. — E eu não vou deixar ninguém machucar você, nem mesmo meu irmão. - ele deu uma pausa. — É complicado está no comando aqui, meu superior fez isso só para provar minha lealdade, a ordem é trazer o Jonathan para a mãe dele e matar Alejandro... - ele parecia pensar mas por f
Eu fiquei mais alguns minutos na cama depois que Vicente saiu. Eu não tinha a mínima pressa de encontrar o Theo. Fiquei por um bom tempo no banho e depois coloquei uma roupa leve para treinar. Eu não sabia o que viria hoje mas tenho certeza que depois de ontem o Theo iria me arrebentar no treinamento corporal. Quando eu estava passando pelo corredor avistei minha mãe e Esther conversando. Eu não queria ter que falar com elas agora, mas Esther abre o sorriso quando eu chego perto.—Eu senti sua falta. - Ela falou quando me abraçou. — Eu também senti a sua. - ela me soltou logo em seguida. —Sua mãe é um amor. - ela disse intercalando o olhar entre nós duas, eu forço um sorriso. Mamãe ainda não está falando comigo. Vejo Theo vindo em minha direção então eu suplico com os olhos para ele me tirar daqui e parece que ele entendeu porque quando chegou perto disse — Vamos? —Tenho que ir. - me despeço delas e sigo ele. Ele estava com o típico macacão preto, o mesmo de quando eles me
Acordei com dores pelo corpo todo, percebi ao olhar para a janela que já havia escurecido. Como deixaram eu dormir o dia todo? Levantei com uma disposição inexistente e fui lavar o rosto, coloquei qualquer peça de roupa que estava no armário e sai do quarto. Eu estava faminta e com dores musculares, é uma péssima combinação. A primeira coisa que eu reparei foi Reyna sentada do lado de Vicente, rindo de algo que ele estava falando com os de mais. A primeira vez que eu senti ciúmes dele, eu estava fervendo de ódio por dentro mas não disse absolutamente nada. Cumprimentei todos da sala, eu já havia reparado que eles tem o hábito de se reunirem antes do jantar para conversar, beber e fumar. O Cheiro do ambiente era de tabaco de alguns charutos e cigarros que estavam acesos e maconha. Não sei como a mãe do Vicente não veio reclamar.Vicente veio ao meu encontro quando me viu parada ao lado da poltrona em que Tauane estava sentada. As únicas que não estavam presentes eram nossas mães
Narrado por Théo Depois que a Ana e a Tauane saíram da mesa de jantar, eu as segui sem que elas vejam. As duas foram direto para a piscina, eu não estou espionando já que minha função está sendo ficar de babá das duas, principalmente da Tauane. Vicente não confia nela totalmente, ele não acredita que ela não sabia que a Joanna iria matar a Ana. Mas na minha opinião, observando seu jeito e personalidade. Ela é uma pessoa confiável, ela só máscara muito bem o que sente. Depois de um tempo que ela conversaram, Tauane começou a falar do passado e aquilo me deixou surpreso. Nunca pensei que ela passou por tantas coisas bárbaras. Ela deve ter o que? 20 anos? Eu já passei por muitas coisas mais foram treinamentos da máfia e não fui vítima de um psicopata. Aquilo me deixou tão fora de mim e com vontade de torturar esse filho de uma puta até a morte que eu nem sabia o que estava fazendo quando eu disse que iria dar a vingança pra ela. Que ela iria se vingar e descontar todo ódio no corp
Vicente estava muito aflito na noite anterior, ele não quis me falar quase nada mas o que eu entendi foi que pegaram a informante deles. Hoje a casa está uma correria, eu nem dormi só cochilei, quando fui procurar por Vicente ele estava trancado naquele escritório com o Theo e os outros. Estou tentando tomar um pouco de café pra vê se ameniza meu estresse quando vejo Tauane entrar na cozinha. — O que está acontecendo? Parece que a casa foi sacudida e todos estão agitados. – ela foi específica com um tom zombeteiro. — A informante foi pega. – a expressão dela mudou. — É irmã da Reyna.- completou. —Ela disse que veio com eles por causa dela. – Agora faz sentido o ódio que ela sente por terem me salvado naquele dia. — Vem… - Tauane me chamou e eu fui. Fomos diretos para o quarto dela, eu não estava entendendo nada quando ela estava apalpando a lateral de uma estante. Quando ela achou algo ela puxou e destravou algo no chão — estava doida pra contar. – eu fiquei impressionada. — E
Eu sabia que teria vários riscos, que eu poderia simplesmente morrer mas eu tenho esperança de que o Jonathan que eu conheci a alguns meses atrás está lá ainda. Estamos no carro, eles implantaram um chip na minha nuca rente ao cabelo. Assim vão saber minha localização o tempo todo. Theo quis vim e mais dois carros cheios de homens armados, Reyna veio também. Ela as vezes fazia contato visual comigo. — E se for uma armadilha? – perguntei aflita. — Estamos prontos para lutar. – Vicente olhou para mim com o olhar sombrio, como se tivesse planejando algo. Sua mão apertou a minha e ele ficou a viagem toda em silêncio. O ponto marcado era muito estratégico, era num galpão bem no meio do nada. Entrou apenas eu, Vicente, Theo e a Reyna. De cara vi o Jonathan, ele está mudado, está diferente aquilo apertou meu peito, mas o ódio que eu sentia dele ainda reverberava no meu coração. Vi uma menina perto dele cabelo longos e ruivos, eles estavam próximos de mais. Tinha um outro homem perto
Dias se passaram e eu não vi ninguém além da senhora de meia idade que trouxe minhas refeições e tudo que eu precisava.Ela não me falava muita coisa mas me trouxe alguns livros.— O patrão pediu que você esteja pronta daqui a meia hora. - ela disse antes de sair.Eu tomei um banho rápido e coloquei um conjunto de moletom porque eu estava com frio e era confortável.Arrumei meu cabelo, não me maquiei, não tinha absolutamente nada além do básico.Bateram na porta meia hora depois e um homem alto e negro me levou até uma outra parte da casa. Essa parte era mais subterrânea. Eu estava nervosa, meu corpo estava trêmulo e o ar já me faltava, respirar era um pouco difícil mas eu tentei manter a calma. Se passava inúmeras possibilidades na cabeça, que Jonathan iria me matar pra testar sua lealdade ao pai.Ele estava sozinho sentado em uma cadeira e uma outra cadeira vazia estava em sua frente.O homem me deixou no local e saiu fechando a porta, ouvi a tranca ser travada por fora.Jonathan es