- POV LAYLA
Acordei e ainda são seis da manhã, me levanto tomo banho e me visto, desço para tomar café, e dou graças aos céus que a guinoma não resolveu fugir para casa dos Caccinis.
— bom dia família.— falo me juntando à eles.
— bom dia! Filha você está linda.
— obrigada pai!— agradeço sem jeito e Luiza revira os olhos.
Optei por usar um corselet rosa, com uma calça jeans, e um tênis branco.
— ei! E eu?— ela pergunta brava e eu sorrio.
— você também caçula.
Ela manda um beijo para ele que devolve no mesmo instante.
Peço para o meu pai me passar a garrafa de café, e noto um enorme chupão no pescoço da minha irmã, que por acaso está coberto por base, mas estou vendo daqui que é enorme.
Danadinha ela, gostei!— meu subconsciente provoca e reviro os olhos.
Danadinha é o nome do cinto que papai vai usar se ele ver isso.
Terminamos o café e saímos no carro do papai que já voltou do conserto, porque Antonela saiu no dela.
Ele também disse que daria um carro para nós duas usarmos, já que a Luiza não sabe dirigir ela adorou a ideia, eu nem tanto, afinal ela vai querer me fazer de motorista dela vinte quatro horas por dia.
E não estou nenhum pouco querendo.
...
Chegamos na escola, Luiza foi para a sua sala e eu para minha, mas infelizmente fui barrada na porta.
— eu devo te dizer que já sabe com quem está lidando, então fique longe de mim e do meu homem.
Meu homem? Que coisa brega.
Olho fixamente para ela, e decido que não vale a pena perder o meu tempo.
— com licença!— peço e adentro o local, quase levando o braço dela junto.
Me sento e Kat me encara com um sorriso sacana no rosto.
— garota....eu te amo, juro para você.— diz e lhe dou um sorriso.
— eu sei!— falo convencida e ela gargalha.
— eu tô zero ansiosa para fazer o trabalho de história.— confessa.
— eu também, na verdade estou travando uma batalha dentro de mim entre trabalho versus preguiça, e garanto que a preguiça já está na frente.— afirmo e ela morde os lábios.
— é verdade, mas a sua irmã está muito feliz em fazer companhia para você, já que ela pode ver o meu irmão.— avisa.
— realmente, e tenho certeza que ela quer que o morcego que chupou ela, chupe de novo.— explico e olho de relance para Katherine e ela gargalha.
— ao menos ela é bem vinda não é mesmo?— questiono.
— eu tenho que me desculpar pelo Aiden ter sido grosseiro com você, na verdade ele não é assim vinte e quatro horas por dia.
— eu não posso afirmar isso, o seu irmão foi muito idiota.— questiono e ela sorri.
— você tem coragem, por que ninguém faria isso, ninguém que o conheça de verdade teria peito para enfrentá-lo.
— se ele está acostumado com pessoas que lambem o chão que pisa, irá me odiar ainda mais.
— ele disse que você é uma corça selvagem.
— e ele um velho idiota.— desdenho.
— velho não, por favor!— pede e sorrio.
— ele tem quase a idade do meu pai.
— preciso conhecê-lo, Aiden não para de falar sobre.
— ao menos isso, meu pai é excelente profissional, ele tem que elogiar mesmo.
— senhoritas Collins e Caccini, querem dividir o assunto com o restante da classe?— professora Rose nos chama e nos recompomos antes de negar com a cabeça.
...
As aulas hoje foram um saco, parece que os horários não passavam nunca, mas finalmente chegou ao fim.
— vem logo Mel!— Kat fala, pegando no meu braço e me leva até a saída da escola.
— vamos! Eu vou com vocês, já dispensei o Antônio.
Ela diz me empurrando para frente do carro, não me assusto pela Luiza já está nos esperando, abro a porta e as duas entram e faço o mesmo dando partida em direção a casa da Katherine.
Desejo com toda as minhas forças que aquele micoso não esteja em casa, mas caso esteja ele vai ter uma grata surpresa.
...
Estaciono o carro na entrada da Fazenda, Katherine e Luiza saem apressadas, sigo atrás delas em passos lentos.
— vamos fazer aqui! Na sala de estar.— diz logo que adentramos a casa.
— tudo bem!— Luiza e eu concordamos, segundo ela, veio para nos ajudar, mas isso tudo é por causa do agrocaçula que não está presente o que é bom, assim ela realmente nos ajuda.
Começamos a preparar os cartazes, eu escrevo, a Lu corta as fotos que iremos usar e Kat faz a parte escrita no caderno.
Algumas horas depois de discutirmos sobre posições das fotos e o tipo de letra para usar no trabalho digital, finalmente terminamos e agora estamos admirando.
— ficou foda!— Kat elogia.
— realmente ... ficou lindo.— afirmo.
— claro, eu quem cortei as fotos.— minha irmã explica e sorrio.
— agora precisamos beber, quem quer uma tequila? — Kat pergunta, e me questiono se tudo aqui se resolve com pinga.
— eu passo!— Luiza fala.
— eu quero!— respondo e as duas me olham surpresa.
— que foi? Eu gosto de bebidas que me fazem esquecer que esse trabalho vale nota máxima e que ele tem que estar intacto até a quinta feira.
— nada, vou buscar agora mesmo.— Kat diz e vai em direção a cozinha.
Luiz e eu discutimos sobre as aulas dela estarem acabando primeiro que as minhas e ela tem que ficar me esperando no estacionamento da escola.
— boa tarde!— Ouvimos a voz do irmão mais novo da Katherine e nós duas viramos o rosto para encara-lo, mas infelizmente ele está acompanhado do tosco.
E quando notou que estava o encarando ele deu uma piscadela para mim e reviro os olhos.
Cínico!
— oi gatinha, veio me ver?— Thomas chama, e Luiza vai, os dois começam a trocar carícias e dois ministros depois sobem, provavelmente vão terminar o estrago que ele fez no pescoço dela.
— veja só o que vento trouxe, a mimada da cidade grande.— fala num tom irônico e forço um sorriso.
— Olá velhote.— rebato usando o mesmo tom e ele me lança uma olhar furioso.
— você me chamou de que?
— velho, cansaço, artrite, artrose, cãibra... enfim creio que já entendeu.
— se você tivesse noção das coisas que faço, jamais abriria essa boca petulante para dizer que sou um velho.
— eu não tenho imaginação para isso, e o mais importante...— me aproximo dele e fito o seu semblante convencido.
— não tenho interesse algum em saber.— falo e o sua expressão, muda completamente e sorrio vitoriosa.
Está claro que este homem é acostumado a ver mulheres dóceis e se jogando aos seus pés, e com certeza eu sou uma fora dessa lista.
- POV AIDEN— está tudo preparado?— questiono e meu irmão acena com a cabeça concordando.— sim, está no galpão a sua espera!— avisa e suspiro.— ótimo! Vamos logo.Pegamos os cavalos e seguimos para o galpão....Descemos dos cavalos e seguimos em direção a porta, cumprimentamos um dos meus homens que estava a espreita, vigiando para que ninguém entrasse ou cavalgasse nessa área.Fito o idiota audacioso que ousou me trair... odeio traidores eles sempre são mentirosos e sabem disfarçar.Assim que o mesmo nota minha presença, seu rosto fica ainda mais pálido e sorrio.— ora... ora... ora... o que temos aqui.— falo me aproximando dele.— senhor eu juro... não fiz nada!— se defende e curvo os lábios num sorriso.— não? Então me explique, como você foi até o Gonzales informá-lo sobre o nosso arsenal de armas, estava sonâmbulo?— questiono e ele engole em seco.— vamos... estou esperando a explicação.— afirmo fitando o seu rosto.— por favor, não me mate eu imploro, faço qualquer coisa.—
- POV LAYLADepois de voltar para casa, subi para o meu quarto e me espanto assim que papai entra de fininho.— oi filha, desculpe te assustar, está tudo bem por aqui?— questiona e parece um pouco ansioso, isso me fez arquear as sobrancelhas numa expressão desconfiada.— oi pai, tudo bem, só estava pensando longe.— falo e ele senta-se ao meu lado na cama.— você estava pensando na Marta?— questiona e sinto um aperto no peito, sei que meu pai faz de tudo para suprir a falta da mamãe e nunca tentou substitui-la, mas as vezes me pergunto como seriam nossas vidas se ela ainda estivesse aqui.— sim, tem momentos que nós garotas passamos e ter a mãe por perto é tão bom, não que não seja um bom pai ou bom ouvinte, não é nada disso, o senhor é maravilhoso, mais é algo inevitável papai, sinto muita saudade.— confesso deixando uma lágrima solitária escapar dos meus olhos e ele me abraça.— sei que não é fácil, eu também sinto a falta dela, Marta foi e sempre vai ser o meu primeiro amor, ningué
- POV LAYLA— ótimo.— Kat, diz empolgada e nos sentamos no carpete, formamos uma roda e a ruiva posiciona a garrafa no meio.— cadê aquela sua namorada?— Kat pergunta a Aiden e ele dá uma piscadela para a irmã.— mandei ela ir embora, não estava afim de brigar hoje.— responde e ela se contenta com a resposta e começa e gira a garrafa.E para entre ela e a minha irmã.— oba, eu pergunto!— Luiza comenta empolgada.— escolhe verdade ou desafio?— verdade.— ótimo, é verdade que você não tem mais o lacre?Aiden e Thom engasgam com a cerveja e nós sorrimos dos dois.— sim.— afirma sem preocupação alguma.— como é que é Katherine?— Aiden questiona e dá de ombros.— vocês trepam com garotas da minha idade e acham que eu tenho obrigação de ser virgem? — pergunta e ambos seguem em silêncio.— eu quem giro né?— pergunta e Luiza acena com a cabeça ela gira a garrafa e para entre ela e Thomas.— fala aí maninho, você escolhe, verdade ou consequência?— consequência.— responde cheio de malícia.—
- POV LAYLA— acha mesmo, que vou pedir alguma coisa para você?— questiono e ele curva os lábios num sorriso cretino e tentadoramente sedutor.— eu posso fazer você pedir.— explica e agora sou eu quem lhe mostra um sorriso.— não cowboy, as coisas comigo são diferentes.— aviso, o empurrando e se afasta até bater contra o balcão do área de bebidas.Os olhos fixos nos meus.— então você está dizendo que é melhor que as outras? Tenho que provar para ter certeza.Estreito os olhos e ele sorri.— sabe senhor Caccini, uma mulher pode ter um homem que ela quiser, basta ser inteligente.— então as outras eram burras?— não sou eu quem estou dizendo.— rebato, beijando o seu pescoço e os pelos arrepiam, deslizo os lábios pela barriga, e não preciso olhar para saber qu
- POV AIDENAlgumas coisas na vida, não podem ser previstas, mas a atitude daquela bisbilhoteira me fez ficar frustrado.Quando estive com Maya ela abriu a porta do quarto, eu a vi, mas ela não notou, depois fui conferir pelas câmeras de seguranças, provavelmente confundiu as portas, aquele não era o meu quarto, ela é a primeira garota que trago aqui depois da Alice, e também a primeira vez que não sinto repulsa de tocar alguém diferente.Achei que ela, assim como todas as outras iria se oferecer para passar a noite comigo, e pela forma que meu corpo clama pelo dela eu facilmente aceitaria.Desde a Alice, eu não deitei mas com ninguém, por mais que Maya queira ultrapassar esse limite, eu não quero.Me envolvi com algumas mulheres depois que superei o luto mas gostar delas é outra história.Aquela garota petulante é como um furacão, que se eu
- POV LAYLA Abro os olhos, confusa e sorrio ao me lembrar onde estou, os flashes da foda que eu tive com o Aiden, aparecem de repente na minha mente, me fazendo estremecer e sorrir pela expressão surpresa no seu rosto.Eu tenho certeza que ele é o tipo de homem que está acostumado a ter as mulheres aos seus pés... bom, comigo não funciona assim, e infelizmente ou felizmente aprendi na marra, já me ferrei demais por ter me diminuído para caber na vida de quem não me merecia.— o que houve, você está sorrindo muito.— kat me pergunta preocupada e noto que estamos só nóis duas na cama.— kat!— sim?— cadê a peituda?— ela subiu com o Thom, e pelo visto dormiu com ele.— ainda está com o Thom, e pelos gemidos que eu ouvi o negócio pegou fogo.Corei instantaneamente, porque o quarto em que transamos fica do lado esquerdo e o do Thom do lado direito, e nos dois estava rolando sexo, e espero muito que os gemidos que ela escutou tenham sido da Maria Luiza.— e
- POV LAYLA— irmã, pode fazer o favor de se apressar?— Luiza me pressiona, pela quinta vez, está desse jeito e ainda nem são oito horas.— garota! Eu já disse que não vamos nos atrasar por que ainda são sete da manhã.— falo cansada em seguida sorrio.A loira revira os olhos e dou de ombros.— ah é espertinha, olha o seu relógio te espero lá embaixo nem mais um segundo.Diz e sai batendo a porta.Olho no meu celular, PUTA MERDA! Já são oito e quinze.Termino de me arrumar, arrumo o meu short e visto uma t-shirt, prendo meus cabelos em um coque frouxo, pego meu óculos escuros, coloco meus pertences na minha bolsa, sigo lá para baixo e antes que Luiza surte eu a corto.— calma menina, já estou pronta vamos?— claro! Vossa graça.— sou mesmo.— rebato e ela vai na frente e
- POV LAYLATrês dias depois..Depois do episódio vergonhoso na Lagoa, decidi não ir mais a casa dos Caccini, porque preciso organizar a minha cabeça.Enquanto eu evito a fazenda Caccini, minha irmã está quase se mudando para lá, parece que o chá dela foi bem dado, o Thom corre atrás dela que nem um cachorrinho.Mas o que me deixa bem intrigada, é que ela não o descartou como faz com os caras que ela fica após a conquista.Será que ela tá gostando dele?Estou terminando de me arrumar para o almoço, papai está super feliz com o emprego dele, afinal acho que o Aiden deve ser um bom chefe, mas o que me deixa curiosa é em que ele trabalha? Ou melhor com o que?Desço e papai já estava na mesa acompanhado da sua namorada, me sento ao lado da Luiza que revirava os olhos enquanto Antonela beijava o meu pai.Parecia t&at