5.

- POV LAYLA

Acordo com os primeiros raios de sol atravessando as minhas cortinas.

Olho para o despertador e são seis da manhã, levanto e arrasto meu corpo para o banheiro, ignorando a dor de cabeça que estou sentindo.

O poder da tequila.

Depois tomar um banho, visto um vestido azul claro longo, e uma bota marrom.

Seco meu cabelo depois o penteio o deixando solto, passo um rímel e

faço um delineado, por fim finalizo com uma manteiga de cacau.

Desço e encontro papai e Antonela na cozinha.

— bom dia filha!

— bom dia pai!

— bom dia Layla, onde está a maluzinha ela ainda não desceu.

Droga! A Luiza provavelmente ainda não veio da casa dos Caccini.

Preciso ir até lá, mas antes tenho que  arrumar uma boa desculpa.

— ah ela saiu mais cedo.

— que pressa né?— a pitom destila seu veneno, respiro fundo e reúno todo meu alto controle para não atirar uma xícara na sua face cínica.

— sim! Tínhamos um trabalho na casa de uma amiga da escola, inclusive estou indo, ah, Antonela eu vou pegar o seu carro se importa?— questiono mantendo a cara fechada, mas por dentro eu estou sorrindo vitoriosa, na frente do meu papai ela finge ser recatada e que gosta da gente.

A nossa implicância com essa mulher se deu por conta dos dias em que papai viajou para cá, e nos deixou com ela.

Cinderela não trabalhou nada, perto do que eu para essa mocréia, e sempre que tinha oportunidade jogava na cara da minha irmã que ela era uma orfãzinha que não teve tempo de conhecer a mãe e ainda disse mais, que se ela tivesse conhecido ela teria morrido de desgosto.

— claro querida, só tome cuidado.— fala  entre os dentes e forço um sorriso, saio em direção à garagem, pego o carro e sigo para a Caccini Vill.

Por mais que a janela de alguém seja em frente a minha, o caminho para a casa deles era extenso então tenho que usar o carro.

...

Estaciono o carro, e noto o quanto a casa é bonita de dia, as cores branco gelo e cinza, caíram muito bem.

A fazenda dos Caccini, é bem estilo aquelas casas dos filmes onde quem rouba cena são os cavalos, até mesmo, a fazenda onde vivia a égua do meu filme preferido (Flicka), lembro como se fosse ontem da sinopse é foda...

Contrariando a vontade do pai, que deseja vê-la concluindo os estudos, Katy prefere trabalhar no haras da família. Para provar sua disposição, Katy decide que vai domesticar uma égua selvagem encontrada nas montanhas, até que acontece uma tragédia, cuja superação dependerá da união e do amor da família.

Aaaa, que saudades de assistir esse filme com o papai e a Luiza.

Ignoro a saudade e entro na grande casa à minha frente, os móveis são muito bonitos, não tinha reparado ontem por que estava muito bêbada.

E não também ainda estava muito atordoada pela cena que vi.

Encontro um senhor bem na sala.

— olá bom dia, me desculpe ir entrando assim, mas estou procurando a minha irmã ela ficou aqui com o Thomas.

Ele me encara simpático.

— oi meu nome é Marco, eu sou o caseiro, e trabalho aqui, você deve estar falando da mocinha que acabou de sair para cavalgar com o senhor Thom.

— oh sim, será que eles vão demorar?

— creio que não! gostaria de esperar?

— sim, se não se importar.

— claro que não mocinha, só perdoe a minha ausência, não poderei ficar para fazer companhia, tenho um dia bem cheio na fazenda.— fala e gostei do seu sotaque.

— tudo bem pode ir, irei esperar a minha irmã aqui.

— obrigada, bom dia mocinha.

— bom dia Marco!

Falo e o vejo ir em direção ao que eu creio ser um estábulo.

Olho em volta, e pude perceber que do mesmo jeito que é a casa do meu pai, essa aqui também é no estilo conservador, mas tem o seu charme.

Estava perdida em meus devaneios e me espanto ao notar Maya me encarando.

Merda, ela ainda está aqui, mas que raios ainda faz aqui?

— o que você está fazendo aqui?— questiona.

— que eu saiba você não é a dona! Então não é da sua conta.— afirmo.

Viro para olhar o belo jardim da casa e sou surpreendida por uma voz grave e acredite... sexy.

— mas é minha, então é melhor me dizer o que está fazendo na minha propriedade?

Viro o rosto para encarar a pessoa e engulo em seco ao constatar quem era.

O mesmo homem que... a empurrou contra a parede, e agora posso ver o seu rosto, e eu mentiria se dissesse que ele feio.

No entanto toda essa beleza fica escondida debaixo da carcaça de arrogante.

Analise escancara um sorriso convencido, porque é claro que esse é boy que a Katherine falou no primeiro dia de aula.

Não cobiçarás o homem do teu próximo, mas ela não é nada para mim, então tudo bem dá uma leve admirada.

Balanço a cabeça em negativa.

Não que eu já não tenha visto homens bonitos, já vi vários, mas esse aqui parece rústico e grosseiro, babaca e idiota, se encaixa perfeitamente no perfil de homem que Maya se envolveria, então apesar de ser bonito, não me interessa, e cá entre nós, esse homem não olharia para mim nem que eu fosse a última mulher da face da terra.

— está surda ou que?— ele esbraveja e suspiro.

Se é assim que ele trata os convidados, prefiro nunca mais vir aqui, me contenho para não mandar o dono da casa para a puta que pariu, fito os seus olhos e finalmente respondo como ele merece.

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