- POV LAYLA
— que foi?— Luiza me indaga, enquanto passa os braços ao redor do irmão da kat, e eu estou na minha quinta dose de tequila.
— é... licencinha rapidinho, preciso dar uma palavrinha com minha irmã.
Ele me encara confuso, e a Lu sorri, pego no seu braço e a levo até um cantinho mais reservado.
— Maria Luiza Collins! O que a senhorita acha que está fazendo? Mal conheceu o garoto, e já está pendurada no pescoço dele?
— você me conhece mesmo, mas eu e ele somos livres e desimpedidos, então eu vivo lá vida louca!— fala colocando as mãos na cintura e reviro os olhos.
Ela se faz de durona, mas no primeiro pé na bunda ela chora e sobra para mim ter que inventar sabores novos de brigadeiros para agradá-la.
Com a morte da mamãe eu meio que me responsabilizei por algumas coisas e a Luiza faz parte disso, não que meu pai não ajude na sua criação, longe disso, ele é maravilhoso, mas algumas coisas ela sempre conversa comigo, a primeira vez que menstruou foi para mim que ela contou e estava assustada, depois veio o primeiro beijo seguido da decepção amorosa e por aí vai.
Por isso sou bem reservada, não me permito entrar na vida de alguém, para sair magoada logo em seguida.
— está bem, só não quero que você se magoe.
— eu sei que você se preocupa comigo, e agradeço mas já sofri demais por garotos e não é um gostosão do interior que vai me fazer arriar os pneus, quem vai ficar cadelinha meu é ele, espere e verás.— afirma e respiro fundo.
— você quando enfia uma coisa nessa cabeça aí, ninguém tira, ok você sabe o que faz, mas acabou de dizer que os dois são livres e já está planejando o bote.
— Layla, chega disso, vamos aproveitar a festinha da kik-kat ou melhor do irmão gostoso dela, e esse povo sabe dar um festa em... mas ainda não vi o outro irmão.
— outro irmão?— questiono, por que achei que era só esse.
— é, o dono disso tudo, tem gente, mas especificamente mulheres, esperando ele dar o ar da sua graça, dizem que o homem é um pecado... mas já estou pecando com esse ali, não posso me sujar mais.— explica e mostro um sorriso.
Ela pega na minha mão e vai ao encontro de Thomas novamente, ele me cumprimenta e ambos vão dançar.
Observo os dois, e sorrio ao perceber vejo que minha irmã está usando as armas que tem para seduzir o irmão da kat, e ele não tira os olhos dos dela, parece realmente encantado, ou, está fingindo bem demais.
Se fosse eu, a estar ali dançando eu teria certeza que está fingindo, mas é a Luiza ali, e ela é linda, autoconfiante, sedutora, algumas coisas que ainda não sou, e é por isso que quero acreditar que não é fingimento.
Falando na Kat, a mesma vem até mim me chama para dançar e aceito.
— e aí? espero que esteja curtindo a festa.— pergunta se movendo ao som de alguma batida de música country.
— estou sim, vocês sabem dar uma festa aqui.— afirmo e ela sorri agradecida.
— obrigada!— diz, dando uma piscadela para mim.
— vem, vamos tomar uma bebida.— chama, e me puxa para o barzinho novamente.
Pedimos duas doses de tequila, tomamos e as nossas expressões faciais eram idênticas, sinto o gosto amargo na boca, mas pedimos outras duas, e de novo, e de novo, e acabei perdendo as contas.
Eu tenho um sério problema com álcool, gosto muito dele.
— Kat, não me deixa sozinha, pelo amor das puritanas.
— nunca, amiga.— ela me abraça e somos interrompidas por um cara loiro de olhos azuis muito bonito por sinal, puxando a kat para dançar, olho para ela implorando para que a mesma não vá, mas a filha da puta foi.
Desgraçada!
Me sento no banquinho do bar, e peço um copo d'água, tomo e sinto minha bexiga doer.
Merda!
Como vou achar um banheiro aqui?
Olho em volta e procuro pela minha irmã, mas não a encontro.
Porra!
porra!Decidi me arriscar e adentro na casa da kat, lá obviamente tem banheiro, passo pela sala, em seguida, pela cozinha, paro em duas portas, uma do lado da outra.
— ok, é só escolher uma, abrir e torcer para ser o banheiro.
Respiro fundo, e abro a porta.
Ok, espero encontrar água sanitário no banheiro para jogar em meus olhos e desver o que vi antes de fechar as portas.
Maya estava de pé completamente nua, com um homem apenas de calça jeans, ele a empurrou contra a parede, pressionando o joelho no meio das suas pernas, antes de beijar o seu pescoço, quando os dois fizeram menção de olhar para o lado, fechei a porta na velocidade da luz.
Apago imediatamente aquilo da minha mente, e realmente espero que eles não tenham me visto, viro para a outra porta, abro e respiro aliviado ao constatar que é o banheiro, não sei se conseguiria ver outras pessoas trepando novamente.
Droga! Porque não abri essa antes?
Esvazio minha bexiga lavo as mãos e saio, e ainda bem que não topei com ninguém, voltei para a festa e encontro minha doce e bandida irmã.
Puxei ela pelo braço que me encarou confusa.
— eu vou embora e você vai ficar aqui?
— sim, eu vou, me dá cobertura tá?
— não! Eu não vou me encrencar com o papai por sua causa.
— Layla... por favor!
Pede umas cinco vezes até eu dizer que sim, me abraça, e volta para os braços do Thomas e Kat finalmente aparece.
— ei ruiva! Já deu para mim, tô vazando.
— ah não amiga, me desculpa por te deixar sozinha, mas é que o Rick tem os seus atributos e me interessam muito.
— você me deixou sozinha Katherine.
Ela me encara com uma expressão divertida no rosto.
— por favor, não vai ainda, eu nem te apresentei meu irmão mais velho, eu não sei onde ele se meteu, acho que vocês vão se dar muito bem, ele é reclamão igual a você.
— outro dia você nos apresenta, agora eu realmente preciso ir embora.
— tá bem, eu vou cobrar, nos vemos amanhã?
— lógico!— aviso e ela me abraça me despeço da mesma, pego o carro e vou para casa, tentando esquecer a cena que presenciei.
Céus! Tenho que esquecer isso.
- POV LAYLAAcordo com os primeiros raios de sol atravessando as minhas cortinas.Olho para o despertador e são seis da manhã, levanto e arrasto meu corpo para o banheiro, ignorando a dor de cabeça que estou sentindo.O poder da tequila.Depois tomar um banho, visto um vestido azul claro longo, e uma bota marrom.Seco meu cabelo depois o penteio o deixando solto, passo um rímel efaço um delineado, por fim finalizo com uma manteiga de cacau.Desço e encontro papai e Antonela na cozinha.— bom dia filha!— bom dia pai!— bom dia Layla, onde está a maluzinha ela ainda não desceu.Droga! A Luiza provavelmente ainda não veio da casa dos Caccini.Preciso ir até lá, mas antes tenho que arrumar uma boa desculpa.— ah ela saiu mais cedo.— que pressa né?— a pitom destila seu veneno, respiro fundo e reúno todo meu alto controle para não atirar uma xícara na sua face cínica.— sim! Tínhamos um trabalho na casa de uma amiga da escola, inclusive estou indo, ah, Antonela eu vou pegar o seu carro
- POV LAYLA— estou aqui para ver a minha irmã, que por acaso estava na sua "casa"Enfatizo o casa, e ele me encara um pouco surpreso mas logo recompõe a carranca de ignorante.— como pode ver ela não está aqui, pode ir embora da "minha " casa.Cretino idiota.— tudo bem! Pode enfiar a "sua" casa no seu rabo.Falo sem lhe dar o direito de resposta, caminho de volta para o meu carro e já estava entrando quando avisto a safada da minha irmã, vindo toda serelepe em cima de um cavalo com o Thomas, e acenando para mim.— oii Layla, tudo bem?— tudo bem? ... Está tudo ótimo...perfeito.— ironizo.— calminha aí!— calma nada! Vamos embora agora, papai está procurando por você, e não venha me dizer que vai ficar, porque se quiser estará por sua conta.— esbravejo e ela parece surpresa, e agora o cara que estava servindo de apoio para a Maya vem em nossa direção.— maninho! Você saiu cedo em.— o cretino fala colocando a mão sobre o ombro do irmão.— é que a Malu queria ir conhecer a nossa viníco
- POV LAYLAAcordei e ainda são seis da manhã, me levanto tomo banho e me visto, desço para tomar café, e dou graças aos céus que a guinoma não resolveu fugir para casa dos Caccinis.— bom dia família.— falo me juntando à eles.— bom dia! Filha você está linda.— obrigada pai!— agradeço sem jeito e Luiza revira os olhos.Optei por usar um corselet rosa, com uma calça jeans, e um tênis branco.— ei! E eu?— ela pergunta brava e eu sorrio.— você também caçula.Ela manda um beijo para ele que devolve no mesmo instante.Peço para o meu pai me passar a garrafa de café, e noto um enorme chupão no pescoço da minha irmã, que por acaso está coberto por base, mas estou vendo daqui que é enorme.Danadinha ela, gostei!— meu subconsciente provoca e reviro os olhos.Danadinha é o nome do cinto que papai vai usar se ele ver isso.Terminamos o café e saímos no carro do papai que já voltou do conserto, porque Antonela saiu no dela.Ele também disse que daria um carro para nós duas usarmos, já que a Lu
- POV AIDEN— está tudo preparado?— questiono e meu irmão acena com a cabeça concordando.— sim, está no galpão a sua espera!— avisa e suspiro.— ótimo! Vamos logo.Pegamos os cavalos e seguimos para o galpão....Descemos dos cavalos e seguimos em direção a porta, cumprimentamos um dos meus homens que estava a espreita, vigiando para que ninguém entrasse ou cavalgasse nessa área.Fito o idiota audacioso que ousou me trair... odeio traidores eles sempre são mentirosos e sabem disfarçar.Assim que o mesmo nota minha presença, seu rosto fica ainda mais pálido e sorrio.— ora... ora... ora... o que temos aqui.— falo me aproximando dele.— senhor eu juro... não fiz nada!— se defende e curvo os lábios num sorriso.— não? Então me explique, como você foi até o Gonzales informá-lo sobre o nosso arsenal de armas, estava sonâmbulo?— questiono e ele engole em seco.— vamos... estou esperando a explicação.— afirmo fitando o seu rosto.— por favor, não me mate eu imploro, faço qualquer coisa.—
- POV LAYLADepois de voltar para casa, subi para o meu quarto e me espanto assim que papai entra de fininho.— oi filha, desculpe te assustar, está tudo bem por aqui?— questiona e parece um pouco ansioso, isso me fez arquear as sobrancelhas numa expressão desconfiada.— oi pai, tudo bem, só estava pensando longe.— falo e ele senta-se ao meu lado na cama.— você estava pensando na Marta?— questiona e sinto um aperto no peito, sei que meu pai faz de tudo para suprir a falta da mamãe e nunca tentou substitui-la, mas as vezes me pergunto como seriam nossas vidas se ela ainda estivesse aqui.— sim, tem momentos que nós garotas passamos e ter a mãe por perto é tão bom, não que não seja um bom pai ou bom ouvinte, não é nada disso, o senhor é maravilhoso, mais é algo inevitável papai, sinto muita saudade.— confesso deixando uma lágrima solitária escapar dos meus olhos e ele me abraça.— sei que não é fácil, eu também sinto a falta dela, Marta foi e sempre vai ser o meu primeiro amor, ningué
- POV LAYLA— ótimo.— Kat, diz empolgada e nos sentamos no carpete, formamos uma roda e a ruiva posiciona a garrafa no meio.— cadê aquela sua namorada?— Kat pergunta a Aiden e ele dá uma piscadela para a irmã.— mandei ela ir embora, não estava afim de brigar hoje.— responde e ela se contenta com a resposta e começa e gira a garrafa.E para entre ela e a minha irmã.— oba, eu pergunto!— Luiza comenta empolgada.— escolhe verdade ou desafio?— verdade.— ótimo, é verdade que você não tem mais o lacre?Aiden e Thom engasgam com a cerveja e nós sorrimos dos dois.— sim.— afirma sem preocupação alguma.— como é que é Katherine?— Aiden questiona e dá de ombros.— vocês trepam com garotas da minha idade e acham que eu tenho obrigação de ser virgem? — pergunta e ambos seguem em silêncio.— eu quem giro né?— pergunta e Luiza acena com a cabeça ela gira a garrafa e para entre ela e Thomas.— fala aí maninho, você escolhe, verdade ou consequência?— consequência.— responde cheio de malícia.—
- POV LAYLA— acha mesmo, que vou pedir alguma coisa para você?— questiono e ele curva os lábios num sorriso cretino e tentadoramente sedutor.— eu posso fazer você pedir.— explica e agora sou eu quem lhe mostra um sorriso.— não cowboy, as coisas comigo são diferentes.— aviso, o empurrando e se afasta até bater contra o balcão do área de bebidas.Os olhos fixos nos meus.— então você está dizendo que é melhor que as outras? Tenho que provar para ter certeza.Estreito os olhos e ele sorri.— sabe senhor Caccini, uma mulher pode ter um homem que ela quiser, basta ser inteligente.— então as outras eram burras?— não sou eu quem estou dizendo.— rebato, beijando o seu pescoço e os pelos arrepiam, deslizo os lábios pela barriga, e não preciso olhar para saber qu
- POV AIDENAlgumas coisas na vida, não podem ser previstas, mas a atitude daquela bisbilhoteira me fez ficar frustrado.Quando estive com Maya ela abriu a porta do quarto, eu a vi, mas ela não notou, depois fui conferir pelas câmeras de seguranças, provavelmente confundiu as portas, aquele não era o meu quarto, ela é a primeira garota que trago aqui depois da Alice, e também a primeira vez que não sinto repulsa de tocar alguém diferente.Achei que ela, assim como todas as outras iria se oferecer para passar a noite comigo, e pela forma que meu corpo clama pelo dela eu facilmente aceitaria.Desde a Alice, eu não deitei mas com ninguém, por mais que Maya queira ultrapassar esse limite, eu não quero.Me envolvi com algumas mulheres depois que superei o luto mas gostar delas é outra história.Aquela garota petulante é como um furacão, que se eu