Quando os lábios de Cedrick se afastaram dos dela, Clair permaneceu paralisada, o coração batendo freneticamente contra o peito.Ela tentou processar o que havia acabado de acontecer, mas sua mente parecia um turbilhão.Cedrick respirou fundo, passando a mão pelos cabelos, claramente frustrado consigo mesmo.— Eu… desculpe. — Sua voz saiu rouca, carregada de algo que ela não conseguiu decifrar.E então, sem dar tempo para qualquer resposta, ele simplesmente saiu do quarto, fechando a porta atrás de si com pressa.Clair ficou ali, imóvel, ainda sentindo o gosto do beijo em seus lábios.Ela levou a mão à boca, como se tentasse convencer a si mesma de que aquilo realmente aconteceu.O que aquilo significava?E, acima de tudo, por que Cedrick fugiu daquele jeito?Clair se espreguiçou lentamente na cama, sentindo o corpo ainda um pouco pesado pelo cansaço da viagem e… pelo que havia acontecido na noite anterior.Assim que abriu os olhos, percebeu que estava sozinha no quarto.Ela olhou em
Clair se jogou na cama, sentindo o coração ainda acelerado.Ela tocou o próprio rosto, que estava quente, e fechou os olhos por um momento.O que estava acontecendo com ela?Cedrick era seu chefe, um homem arrogante, controlador, mas, ao mesmo tempo, intenso e protetor.Ela era uma mulher de família, cresceu com valores sólidos, sabia o que era certo e errado…Mas também sabia reconhecer desejo quando sentia um.E o que Cedrick despertava nela era exatamente isso.Desejo.Mesmo nunca tendo estado com um homem, Clair não era ingênua.Ela sabia o que aqueles olhares significavam, a forma como Cedrick a fitava, como suas expressões mudavam quando estavam sozinhos.E, acima de tudo, sabia que também o desejava.Mas e o sentimento?Isso era apenas uma atração momentânea ou algo muito mais profundo?Suspirando, Clair se levantou e olhou no espelho.— Você está brincando com fogo… — sussurrou para si mesma.E o pior de tudo…Ela sabia que queria se queimar.Cedrick saiu do banheiro já vestid
Cedrick a puxou com firmeza, sua mão grande envolvendo a cintura de Clair de um jeito possessivo. Os olhares curiosos ao redor não pareciam incomodá-lo, mas o fato de todos os homens estarem desejando sua assistente o deixava impaciente.— Você não para de atrair atenção, não é? — sussurrou no ouvido dela enquanto guiava os passos na pista de dança.Clair engoliu em seco. O tom de Cedrick era baixo e rouco, e a proximidade entre os dois a fazia perder um pouco do equilíbrio.— Eu… eu só estou aqui a trabalho — respondeu, sentindo-se inquieta.Ele soltou uma risada baixa, os lábios perigosamente próximos do rosto dela.— E ainda assim está conseguindo enlouquecer metade dos homens deste salão.Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O perfume amadeirado de Cedrick invadia seus sentidos, e o calor de sua mão pressionada contra sua cintura queimava através do tecido fino do vestido.— Você está… com ciúmes? — arriscou perguntar, sem encará-lo diretamente.Cedrick a girou devagar ant
Após uma conversa envolvente durante o jantar no tapete do quarto do hotel, Cedrick não conseguiu mais conter seus sentimentos e se inclinou para dar um beijo suave em Clair. Ele se afastou ligeiramente, olhando nos olhos dela, e perguntou com sinceridade:— Posso continuar? Não consigo mais resistir.Clair, surpresa pela súbita demonstração de afeto, sentiu seu coração acelerar. Ela buscou nos olhos de Cedrick a confirmação de que aquilo era real e, ao perceber a intensidade de seus sentimentos, assentiu levemente, permitindo que ele prosseguisse.Após o beijo intenso, Clair afastou-se, visivelmente abalada.— Cedrick, eu sou sua funcionária. O que as pessoas vão pensar se descobrirem? — disse ela, preocupada.Cedrick segurou suavemente as mãos dela, olhando-a nos olhos.— Clair, estamos longe de tudo e de todos. Por que não aproveitamos este momento? — sugeriu ele, tentando tranquilizá-la.Clair respirou fundo, ainda hesitante.— Eu entendo, mas não posso ignorar as possíveis conseq
Cedrick a olhou nos olhos, surpreso e ao mesmo tempo encantado.— Clair… você é…? — sua voz saiu mais baixa, como se temesse quebrar aquele momento.Ela assentiu, envergonhada, mordendo o lábio.— Eu nunca… estive com ninguém antes.Cedrick deslizou os dedos pelo rosto dela, como se estivesse tocando algo precioso. Um sorriso satisfeito surgiu em seus lábios.— Então eu serei o primeiro… e o único. — Sua voz era cheia de promessa.Clair sentiu um arrepio percorrer sua pele.— Cedrick, eu… eu não sei como…Ele a silenciou com um beijo suave.— Não precisa saber de nada, meu anjo. Eu vou cuidar de você. Vou ser carinhoso.Ela viu a sinceridade nos olhos dele e soube que poderia confiar. Cedrick não era apenas um homem imponente e arrogante. Ali, naquele momento, ele era alguém que a queria de verdade.Ele a pegou no colo com facilidade, levando-a para a cama, seus olhos escuros prometendo que aquele momento ficaria marcado para sempre na memória de ambos.- e ficaria mesmo! Clair desc
Clair subiu rapidamente para o quarto, sentindo o peso das emoções da viagem junto com o cansaço do voo. Colocou as malas no canto, trocou de roupa para algo mais confortável e respirou fundo antes de voltar para a cozinha.Denise a esperava com um sorriso curioso e uma panela borbulhando no fogão.— Agora me conta tudo! — ela disse, servindo dois pratos e se sentando à mesa com Clair.Clair pegou o garfo e ficou mexendo na comida, tentando organizar seus pensamentos.— A viagem foi… intensa — ela começou, escolhendo as palavras com cuidado.Denise arqueou a sobrancelha.— Intensa? Isso tem nome?Clair suspirou, olhando para a tia.— Cedrick.Denise sorriu, como se já soubesse.— Eu imaginei. E o que aconteceu entre vocês?Clair desviou o olhar, mordendo o lábio inferior.— Eu não sei bem… Ele é diferente do que imaginei. Às vezes, é frio e mandão, mas em outros momentos, parece querer me proteger de tudo. E então… — Ela parou, hesitante.— E então? — Denise a encorajou.— Nós nos apr
Clair achava que estava conseguindo manter tudo sob controle, mas, no fundo, sentia falta da presença intensa de Cedrick. Ele não fazia mais investidas, não a chamava para almoçar, não a segurava pela cintura em eventos… Era como se a viagem à Espanha nunca tivesse acontecido.Porém, o que ela não sabia era que Cedrick a observava sempre. Disfarçadamente, acompanhava seus passos pelas câmeras de segurança, como se precisasse confirmar que ela estava ali, que ainda era dele de alguma forma.Certa noite, quando Clair estava terminando de revisar um relatório, recebeu um e-mail curto e direto de Cedrick:“Preciso falar com você. Sala de reuniões, agora.”Seu coração acelerou. Fazia tempo que eles não ficavam sozinhos em um ambiente fechado. Respirando fundo, pegou seu bloco de anotações e foi até lá.Quando entrou, ele estava de pé, com as mãos nos bolsos da calça social e a expressão indecifrável.— Feche a porta, Clair.Ela hesitou, mas obedeceu.— O que foi, senhor Lorenzze?Ele estre
Denise sabia que algo estava acontecendo com sua sobrinha. Clair sempre foi uma menina doce, mas ultimamente estava distante, com um olhar perdido e pouco apetite.Suspirou, olhando para a panela no fogão. Queria ajudar, mas sabia que Clair só falaria quando estivesse pronta.— Essa menina está diferente… — murmurou para si mesma.Decidida, preparou um chá de camomila e bateu levemente na porta do quarto de Clair.— Filha, posso entrar?Clair, que estava deitada olhando para o teto, demorou um instante antes de responder:— Pode, tia.Denise entrou, colocou a xícara de chá na mesinha ao lado e se sentou na beira da cama, olhando para a sobrinha com carinho.— Querida, sei que algo está te incomodando. Você quer conversar?Clair engoliu em seco. Parte dela queria desabafar, contar tudo o que estava sentindo, mas a outra parte…O que ela poderia dizer? Que estava confusa porque seu chefe, um homem arrogante e lindo, a beijou e despertou nela sentimentos que nem ela sabia que tinha?— Eu