Capítulo 03

— Vamos fazer assim Lisa, amanhã te espero nesse endereço. Ele anota o endereço em um papel e me entrega.

— Vou te levar a um lugar e você vai dizer se quer continuar com tudo isso ou não.

Pego o papel da sua mão olhando o endereço e faço que sim com a cabeça, ele me dá um selinho e vai embora.

No horário combinado vou ao endereço que ele me passou, era um prédio de 4 andares, de aparência antiga com elevadores antigos, daqueles que tem grades sanfonadas para fechar. Vou até o andar indicado observando tudo, apartamento 202 é o que diz o papel, bato na porta e nesse momento estou me tremendo toda.

Ouço passos do outro lado da porta e sinto a porta se abrindo, dou de cara com ele todo informal, blusa de manga comprida branca e calça jeans preta, cabelo levemente bagunçado nada parecido com aquele diretor todo certinho.

— Oi! Digo toda tímida.

— Oi lisa, pode entrar. Ele me dá passagem.

Entro em uma sala não muito grande com um sofá preto, uma estante preta com uma tv grande e uma mesa de centro, havia uma cozinha americana bem pequena com uma geladeira, pia, microondas, um balcão com duas banquetas não havia fogão, estranhei mas não falei nada.

Me sento no sofá, cruzo minhas pernas e fico olhando ele que me parece tenso.

— Quer algo para beber Lisa?

— Não! Senhor diretor. Ele revira os olhos. — Vamos direto ao assunto Cristian, por que me mandou vir aqui?

— Ok! Ele respira fundo e começa. — Você já escutou falar em BDSM?

Sacudo a cabeça positivamente, nesse momento eu tenho certeza que meu coração vai parar.

— Você já praticou alguma vez? Ele me pergunta sem desviar o olhar, engulo seco e respondo.

— Não!

— Você estaria disposta a experimentar?

— Estou disposta a experimentar desde que seja com calma, você é dominador? Já havia lido sobre isso e confesso que ao mesmo tempo que ficava horrorizada com certos tipo de coisa com outras eu fica exitadíssima.

— Sim! Eu sou dominador.

Ele me leva até a porta de um quarto, para em frente e diz.

— Preparada?  Respirando fundo digo que sim. — Dentro desse quarto tem um closet e dentro dele tem uma roupa para você vestir, você tem 5 minutos para está pronta se não será punida! Os jogos começaram Lisa!

Engulo seco e entro no quarto fechando a porta, fico aliviada em vê que esse quarto até que é normal, cama, criado mudo, poltrona, cores claras, um closet enorme mas como nada é 100% perfeito as roupas que estavam penduradas nos cabides eram estranhas, todas pretas em látex. Optei por um vestido bem justo e curto tomara que caia e aberta na bunda com uma coleira no pescoço e várias correntes caídas, o que tinha de indecente tinha de ridícula, nunca me senti uma menina sexy e essa roupa baixou ainda mais minha autoestima, mas enfim vamos vê o que vai dar isso tudo!

Depois de pronta me sento na cama esperando Cris voltar e não demora muito ele abre a porta do quarto e quando me vê arrumada passa a mão no rosto 3x direto, já percebi que esse é o gesto que ele faz quando está nervoso. Me levanto e dou uma volta.

— O que achou? Ficou bom?

— Perfeita! Você está gostosa pra caralho! Eu rio de seu comentário.

Ele pega minha mão e me redireciona para um outro quarto esse sim me assusta.

O quarto era escuro com luzes vermelha, ele estava repleto de acessórios como chicotes, algemas, palmatória entre outras coisas que não sei o nome, um frio na barriga me consome e a vontade de sair correndo dali era enorme. Ele percebendo meu desespero diz.

— Comigo tudo é consensual, então se algo te incomodar e você quiser parar é só falar. Aceno que sim com a cabeça e continuo parada esperando suas ordens.

Ele caminha vagarosamente ao meu redor e depois de aproximadamente 3 voltas para atrás de mim, se afasta um pouco e ordena.

— Vire-se! Sua voz é forte e rude, isso mexe comigo não sou acostumada a receber ordens então por extinto eu permaneço parada na mesma posição.

Quando sinto uma chicotada em minhas pernas me fazendo cair de joelhos no chão.

— Filho da puta!! É o que saí da minha boca em sussurro.

Ele se abaixa ficando de frente pra mim, segura meu queixo e com os olhos negros parecendo possesso por não ter o obedecido ele diz.

— 1° regra: Nunca me responda, eu mando e você obedece!

— 2° regra: Só fale se eu te perguntar algo, caso contrário fique quieta!

Nesse momento sinto as cerdas da chibata penetrar em minha pele fazendo minha bunda arder e inevitavelmente uma lágrima escorre pelos meus olhos, mas permaneço ali firme e forte tudo bem que com uma vontade louca de enfiar essa chibata no seu... Vocês sabem aonde!!

Ele ordena que eu me levante e me direciona até a cama, já deitada nela ele prende meus braços de cada lado da cama, faz o mesmo com as pernas. Descendo da cama ele vai até um armário e pega dois acessórios, um era uma venda e o outro um vibrador, minha barriga desce e sobre como se eu tivesse corrido uma maratona. Ele levanta a parte de baixo do meu vestido me deixando totalmente exposta para ele, acaricia meu clitóris e depois leva o seu dedo até a boca sentindo o meu gosto.

Depois de colocar a venda em mim ele posiciona o vibrador entre minhas pernas especificamente em cima do meu clitóris e o liga, puta que pariu que sensação da porra, eu vou ao céu e volto em questão de segundos. Quando ele percebia que eu ia gozar ele desligava o aparelho me deixando frustrada, um “ filho da puta” saí da minha boca involuntariamente o fazendo me questionar.

— O que você disse? Eu não respondia nada só tentava fechar minhas pernas para ter mais contato com meu ponto G e tirar aquela sensação que me dominava. — Menina má, merece punição!

Sem esperar sinto a ponta de uma chibata tocar meu clitóris com força me fazendo gemer de dor mas ao mesmo tempo prazer, as lágrimas escorriam pelos meus olhos e eu sentia suas mão secarem minhas lágrimas, sinto sua boca nos meus lábios e ouço ele dizer em meu ouvido.

— Quer que eu pare?

Claro que eu queria, mas não ia para, não agora!! Quero ir até o final, sacudo a cabeça dizendo que não  e então ele continua...

Coloca o vibrador entre minhas pernas novamente e de novo aquela sensação me invade, tento me movimentar para ter mais contato com o aparelho e quando estou prestes a gozar ouço a campainha tocar. Ele levanta bruscamente da cama e mesmo vendada sinto o seu nervosismo.

— Lisa eu vou ver quem é e já volto, não faça barulho por favor. E ele saí do quarto escuto quando ele tranca a porta, como se estivesse me escondendo.

Como assim me trancou aqui?  Tudo bem que ninguém precisa me vê nesse estado, mas quem teria a intimidade de entrar nesse quarto sem a sua permissão?

Sou tirada dos meus pensamentos quando escuto voz de mulher, ela parecia alterada não dava para entender perfeitamente a discussão, mas ouvia palavras como puta, amante, você não presta... Mas na minha mente só ficava a palavra “amante”, será que ele tem namorada? Ai meu Deus a professora Abby? Sim, é a voz dela...

O desespero me b**e e o arrependimento também, que porra eu estou fazendo? Fico ali por cerca de 15 minutos até que ele entra no quarto e senta na cama novamente, ouço o barulho do vibrador ligar e na mesma hora eu digo.

— Quero parar!! O aparelho continua ligado por alguns segundos mas sem encostar em mim, até que ele é desligado e sinto meus braços e pernas serem soltos. Tiro a venda dos meus olhos e me levanto, ajeito o vestido e pergunto

— Era a professora? Ele faz que sim com a cabeça. — Você trás muitas mulheres pra cá? Ele faz que não com a cabeça. — Ok! Última pergunta. Nessa hora ele olha no meus olhos já esperando a bomba. — Ela é sua namorada? Ele pensa por um tempo mas diz.

— Ela é minha esposa! Mas poucos na escola sabe.

— Meu Deus Cristian!!! Eu estou surtada nesse momento andado de um lado para o outro daquele quarto, tudo bem que eu disse que queria ele de qualquer forma mas não casado neh. — Você traiu sua esposa, como vou ter cara de olhar para ela todos os dias nas aulas?

Saio do quarto e vou até o outro onde está minhas roupas, chorando me arrumo. Ele está em pé na porta do closet me observando quando enfim toma coragem de dizer alguma coisa.

— Porra Lisa, você queria tanto quanto eu!

— É eu realmente queria, mas não sabia que você era casado!! Você deve ter filhos Cristian!! Eu estou estragando uma família! Que porra!

— Filho! Eu tenho um filho de 4 anos.

— Puta que pariu, piorou tudo!! Já arrumada saio do quarto e vou até a sala pegar minha bolsa.

— Porra Lisa, para!! Vamos conversar...

— Não quero conversar, não vou conversar... Não se aproxima mais de mim, esquece tudo que aconteceu.

Saio daquele apartamento chorando e sem rumo, por que a ficha caiu que eu estava gostando daquilo e dele tão próximo de mim, saber que não o teria me deixava desesperada.

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