Felipe finalmente chegou ao local onde ele e sua mãe iriam morar. Era um elegante apartamento, moderno e bem decorado, com móveis minimalistas e uma paleta de cores neutras que transmitia uma sensação de tranquilidade. Não era tão grande, pois só havia ele e sua mãe. Felipe pegou as chaves que estavam em seu bolso e, com um suspiro profundo, abriu a porta. Ao entrar, ele começou a olhar ao redor, percebendo que o lugar estava vazio e silencioso. Karen e Bela não estavam lá.Com um olhar preocupado, Felipe pegou as coisas de sua mãe e levou para um dos quartos, enquanto ela o observava com um olhar triste e cansado. Assim que ele retornou à sala, ela pegou no braço dele, apertando levemente, e olhou diretamente em seus olhos, com uma expressão séria e determinada.— Você traiu a Karen, Felipe? — perguntou ela, com uma voz firme que exigia a verdade. — Quero a verdade.Felipe sentiu um nó na garganta, mas respondeu com convicção:— Não, mãe! — afirmou ele, balançando a cabeça. — Eu real
Felipe acordou cedo, os olhos pesados e a mente ainda turva pela falta de sono. A noite havia sido longa e inquieta, marcada pelo grande problema que o atormentava. Ele abriu os olhos lentamente, sentindo o calor suave da coberta sobre seu corpo. Os primeiros raios de sol penetravam pelas frestas da cortina, iluminando o quarto com uma luz dourada e suave.Ainda meio adormecido, Felipe estendeu a mão para o lado oposto do colchão, um gesto automático que fazia todas as manhãs. Mas, desta vez, seus dedos encontraram apenas o vazio do lençol frio. A ausência de Karen ao seu lado era um golpe silencioso. Ele sentiu o colchão macio sob sua mão, mas a falta do calor dela era palpável.Virando-se lentamente para o outro lado da cama, Felipe olhou para o espaço vazio onde Karen costumava estar. Ele passou a mão novamente pelo lençol, como se pudesse trazê-la de volta com um simples toque. A lembrança dos dias em que acordava ao lado dela inundou sua mente, trazendo uma onda de saudade e tris
Rebeca saiu da casa já havia um tempo, dirigindo o carro com raiva. Seus dedos apertavam o volante com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos. Ela engolia a saliva, como se estivesse tentando sufocar o próprio veneno. Assim que chegou ao seu destino, saiu do carro, batendo a porta com força, o som ecoando na noite silenciosa. Caminhou a passos largos até uma casa grande e luxuosa, mas que exalava uma sensação de solidão.Rebeca bateu na porta duas vezes, cada batida carregada de impaciência. Um homem alto e elegante, com cabelos castanhos e olhos pretos penetrantes, abriu a porta. Era Ricardo.— Por que demorou tanto? — Perguntou ele, irritado, seus olhos fixos em Rebeca como se quisessem perfurá-la. — Fale logo, a Karen se separou definitivamente daquele traste?Rebeca entrou na casa sem pedir permissão, jogando a bolsa no sofá antes de se sentar. Ela respirou fundo, tentando controlar a raiva que fervia dentro dela.— Eu estava na casa do Felipe... — Respondeu, sua voz car
Felipe dirigia o carro com uma expressão serena, enquanto Flôr Bela, sentada ao seu lado, sentia-se envolvida por uma sensação de felicidade e segurança na presença dele. O clima, no entanto, estava um pouco melancólico devido à recente separação de Felipe e Karen. Flôr Bela estava completamente dividida entre os sentimentos de tristeza e esperança.— Pai... Eu confio em você, mas quero ouvir da sua própria boca. — murmurou a mocinha, com os olhos fixos no pai. — Você foi infiel com a minha mãe?Felipe parou o carro lentamente, estacionando à beira da estrada. Ele virou-se para a filha, seus olhos refletindo uma mistura de dor e ternura. Com um sorriso suave, ele respondeu:— É claro que não, minha pequena. Eu amo a sua mãe. Amo a Karen, assim como amo você. — disse Felipe, estendendo a mão para fazer cócegas em Bela, tentando aliviar a tensão.Bela soltou uma risada leve, seus olhos brilhando com um misto de alívio e alegria.— Vamos tomar um sorvete? — perguntou ela, com um sorriso
Felipe diria seriamente, enquanto pensava na confusão que havia tido no restaurante momentos antes. Ele não conseguia acreditar na atitude de um homem que agia de forma tão cruel com a própria filha. Mas estava satisfeito por ter colocado o tal homem no lugar que merecia. Felipe olhou para o banco ao seu lado e percebeu que Bela estava dormindo profundamente. Já era noite, então ele tirou seu casaco e cobriu a mocinha, dirigindo com cuidado para não acordá-la. As luzes da cidade passavam rapidamente pelas janelas, criando um jogo de sombras no rosto sereno de Bela.Assim que ele chegou até a casa de Karen, desceu do carro e caminhou até a outra porta para acordar Bela, que ainda estava adormecida. Ele a sacudiu levemente, sussurrando seu nome com carinho. Bela abriu os olhos lentamente, piscando contra a luz do poste que iluminava a entrada da casa.Ao tocar a campainha, Karen fez questão de abrir a porta. Ela estava inquieta, esperando no sofá, e ao ouvir o som, correu para a entrad
Felipe aproximou-se de Karen, seus olhos ardendo de desejo. Ele envolveu sua cintura com os braços, puxando-a para perto.— Você está deslumbrante, — sussurrou Felipe, seu hálito quente no ouvido dela. — Sempre foi uma mulher maravilhosa...Karen sentiu um arrepio. Seus olhos se encontraram, faíscas de paixão ainda presentes. Ela tentou se afastar, mas Felipe a segurou firme.— Já chega, Felipe. É melhor você ir agora, — disse Karen, sua voz tremendo levemente enquanto pronunciava as palavras. Felipe sorriu, seu olhar penetrante. — Não posso ir embora agora, respondeu, sua voz baixa e sedutora. — Não quando estou tão perto de você.Ele inclinou-se, seus lábios roçando o pescoço de Karen. Sua língua passou suavemente pela pele dela, enviando arrepios pelo corpo. Karen gemeu baixinho, seu corpo tremendo.— Não faça isso, sussurrou ela, tentando resistir.Mas Felipe continuou, sua língua explorando o pescoço, subindo até a orelha. Karen sentiu seu coração acelerar, seu desejo intenso.
Felipe voltou a dirigir pela cidade, os faróis do carro iluminando as ruas desertas e silenciosas. A tensão no ar era palpável, e Matheus podia sentir o coração batendo mais rápido a cada quilômetro percorrido. Quando finalmente chegaram ao local, Matheus pegou seu estetoscópio e sua mala do banco de trás com mãos ligeiramente trêmulas. Ele lançou um olhar rápido para Felipe, que assentiu em silêncio antes de seguir para estacionar o carro.Matheu desceu do carro, sentindo o ar frio da noite envolver seu corpo. Ele respirou fundo, tentando acalmar os nervos, enquanto observava Felipe manobrar o carro para uma vaga próxima. Assim que Felipe estacionou o carro, ele saiu rapidamente e se juntou a Matheu. Os dois caminharam lado a lado em direção à entrada da balada. A balada estava agitada e movimentada, com luzes coloridas piscando ao ritmo da música alta que reverberava pelas paredes. O cheiro de perfume misturado com o aroma de bebidas alcoólicas preenchia o ar, enquanto pessoas dan
Karen acordou cedo para trabalhar. O sol ainda estava nascendo, lançando uma luz suave e dourada pela janela da cozinha. Ela já estava na cozinha, onde o aroma do café fresco preenchia o ar. Sentada à mesa, ela tomava seu café da manhã, uma xícara de café quente em uma mão e um pedaço de torrada na outra. De repente, Flor Bela apareceu na porta da cozinha. Seus olhos profundos e expressivos estavam fixos em Karen, transmitindo uma mistura de ansiedade e determinação. Ela se aproximou lentamente e se sentou ao lado de Karen, suas mãos inquietas brincando com a borda do copo de suco de laranja que estava sobre a mesa.Karen, percebendo o olhar preocupado da filha, colocou a xícara de café sobre a mesa e perguntou com uma voz suave, mas preocupada:— O que foi, filha? — Seus olhos se estreitaram com preocupação. — É o Ricardo? Eu te prometo que aquele canalha não vai mais encostar um dedo em você.Flor Bela mordeu os lábios, suspirou fundo e respondeu, sua voz tremendo levemente:— Não,