Assim que o primeiro raio de sol atravessou a copa das árvores, Felipe começou a despertar. Ele olhou para Karen, que dormia tranquilamente ao seu lado, e deu-lhe um beijo suave na testa. O ar da manhã estava fresco, e o som dos pássaros começava a preencher o silêncio do acampamento.Minutos depois, uma doce risada vinda de fora da barraca chamou sua atenção. Ele reconheceu imediatamente a voz de Flor Bela. Preocupado, Felipe se levantou rapidamente, vestiu um casaco e saiu da barraca. Ao verificar a outra barraca, viu que apenas sua mãe e a mãe de Karen ainda dormiam lá.Seguindo o som das risadas, Felipe caminhou em direção ao rio. O orvalho da manhã ainda brilhava nas folhas, e o cheiro da terra úmida era reconfortante. Ao chegar perto do rio, ele avistou Flor Bela sentada em uma pedra, com os pés descalços tocando a água cristalina.— Pequena flor... — disse ele, se abaixando para ficar à altura dela, com um sorriso carinhoso. — O que está fazendo aqui? Não pode ficar sozinha.Fl
Finalmente, o dia do casamento havia chegado. Felipe estava no altar, nervoso e ansioso, esperando por Karen. O salão estava lindamente decorado com flores brancas e lilases, e os convidados murmuravam em expectativa.Depois de um tempo que pareceu uma eternidade, a música começou a tocar e todos se voltaram para a entrada. Karen apareceu, deslumbrante em um vestido branco de renda que parecia ter sido feito para ela. O vestido tinha um longo véu que flutuava atrás dela enquanto ela caminhava lentamente pelo corredor. Seus olhos brilhavam de emoção e um sorriso radiante iluminava seu rosto.Flor Bela, entrou logo atrás, segurando as alianças em uma almofada de cetim. Ela estava tão feliz e orgulhosa de sua importante missão que mal conseguia conter a alegria, e seus passos eram leves e saltitantes.Os convidados estavam encantados com a cena. A mãe de Karen, com lágrimas nos olhos, segurava um lenço enquanto observava sua filha caminhar em direção ao altar. A mãe de Felipe, ao lado de
Karen entrou no escritório, cercada pelo aroma de café e pelo murmúrio de colegas. Seu sorriso iluminou o ambiente enquanto acenava para os funcionários e amigos da empresa. Seu coração estava cheio de expectativa, pois sabia, que assim como os anos anteriores, algo especial a esperava.Felipe já a aguardava na sala, com um enorme buquê de rosas vermelhas que pareciam dançar ao ritmo do amor. Para ele surpreender ela ainda mais, encomendou um colar com uma foto deles, uma caixa de chocolates em formato de coração, seus favoritos, ele cuidou de cada detalhe, demonstrando o quanto ele se esforçou para tornar esse dia inesquecível. Afinal, era o aniversário de três anos de casamento, e Felipe queria celebrar com estilo.Karen entrou na sala e foi envolvida por uma atmosfera mágica. Seu coração parou ao ver nas mãos do homem que ama o imenso buquê de flores. Lágrimas de felicidade brilharam em seus olhos.Karen colocou a bolsa em cima da mesa do escritório e foi em direção a Felipe, abraç
Karen se aproxima com os olhos marejados de lágrimas. — Amor, eu posso explicar.— Felipe diz enquanto tenta se aproximar.—Como pode fazer isso com a gente? Você me prometeu...— Ela sussurrou enquanto tentava espantar as lágrimas que insistiam em cair— Karen... — começou ele, dando um passo hesitante em sua direção, a voz trêmula, tentando explicar. — Não... — sussurrou Karen, sua voz tremendo. — Como você pôde, Felipe? Depois de tudo que passamos juntos...Felipe se aproximou dela lentamente, os olhos suplicantes. Ele estendeu a mão para tocar o braço dela, mas Karen se afastou bruscamente, como se o toque dele a queimasse. Felipe insistiu, tentando segurar a mão dela, mas dessa vez Karen afastou o braço dele com força, quase derrubando uma planta decorativa ao lado.— Deixe-me explicar, Karen. — exclamou ele desesperado, enquanto Rebeca estava encostada na parede com um sorriso cínico no rosto, os braços cruzados como se estivesse assistindo a uma cena de teatro. — Foi ela que m
Depois de Karen ter presenciado uma traição, ela saiu do trabalho mais cedo. Sua mente estava um turbilhão de pensamentos e emoções, tornando impossível continuar trabalhando. Desceu todos os andares do prédio, se despediu dos colegas e funcionários com um sorriso forçado e foi em direção ao seu carro.Enquanto dirigia, Karen tentava manter a calma, mas a cena que havia presenciado minutos antes não saía de sua cabeça. Ela olhava para o lado, esperando ver Felipe ao seu lado, mas a realidade era outra. Pensava em como seria sua vida sem ele e, mais doloroso ainda, como Flor Bela reagiria a essa situação.Assim que chegou em casa, Karen estacionou o carro, pegou a bolsa e abriu a porta, entrando na casa com passos pesados. Foi recebida por um abraço caloroso de sua filha Flor Bela, que agora era uma linda moça de treze anos. Antes de Karen chegar, Flor Bela estava no computador, estudando modelos e estilos de vestidos, sonhando com seu futuro na moda.— Mãe! — exclamou Flor Bela, solta
Karen estava sentada no sofá da sala de estar, um ambiente acolhedor, mas que naquele momento parecia frio e vazio. As paredes, decoradas com quadros de momentos felizes, contrastavam com a tristeza que ela sentia. Seus olhos estavam fixos na sacola que continha as fotos de Felipe, e ela segurava o objeto com força, como se aquilo pudesse impedir a dor de escapar.Perdida em pensamentos, Karen mal notou o som da campainha. A empregada, uma senhora de meia-idade com um semblante preocupado, foi atender. Minutos depois, para a surpresa de Karen, sua mãe, dona Cíntia, entrou na sala. Dona Cíntia, uma mulher de aparência elegante e olhar compassivo, colocou uma das mãos sobre o peito, sentindo uma profunda pena da filha. Ela deixou sua bolsa de couro sobre a bancada e caminhou até Karen.Sentando-se ao lado da filha, dona Cíntia a envolveu em um abraço caloroso, tentando transmitir todo o seu amor e apoio. — Oh... Minha filha... — murmurou, enquanto beijava o rosto de Karen com ternura.
Felipe finalmente chegou ao local onde ele e sua mãe iriam morar. Era um elegante apartamento, moderno e bem decorado, com móveis minimalistas e uma paleta de cores neutras que transmitia uma sensação de tranquilidade. Não era tão grande, pois só havia ele e sua mãe. Felipe pegou as chaves que estavam em seu bolso e, com um suspiro profundo, abriu a porta. Ao entrar, ele começou a olhar ao redor, percebendo que o lugar estava vazio e silencioso. Karen e Bela não estavam lá.Com um olhar preocupado, Felipe pegou as coisas de sua mãe e levou para um dos quartos, enquanto ela o observava com um olhar triste e cansado. Assim que ele retornou à sala, ela pegou no braço dele, apertando levemente, e olhou diretamente em seus olhos, com uma expressão séria e determinada.— Você traiu a Karen, Felipe? — perguntou ela, com uma voz firme que exigia a verdade. — Quero a verdade.Felipe sentiu um nó na garganta, mas respondeu com convicção:— Não, mãe! — afirmou ele, balançando a cabeça. — Eu real
Felipe acordou cedo, os olhos pesados e a mente ainda turva pela falta de sono. A noite havia sido longa e inquieta, marcada pelo grande problema que o atormentava. Ele abriu os olhos lentamente, sentindo o calor suave da coberta sobre seu corpo. Os primeiros raios de sol penetravam pelas frestas da cortina, iluminando o quarto com uma luz dourada e suave.Ainda meio adormecido, Felipe estendeu a mão para o lado oposto do colchão, um gesto automático que fazia todas as manhãs. Mas, desta vez, seus dedos encontraram apenas o vazio do lençol frio. A ausência de Karen ao seu lado era um golpe silencioso. Ele sentiu o colchão macio sob sua mão, mas a falta do calor dela era palpável.Virando-se lentamente para o outro lado da cama, Felipe olhou para o espaço vazio onde Karen costumava estar. Ele passou a mão novamente pelo lençol, como se pudesse trazê-la de volta com um simples toque. A lembrança dos dias em que acordava ao lado dela inundou sua mente, trazendo uma onda de saudade e tris