Nicole Um sorriso brota em meu rosto ao ouvi-lo falar, e eu concordo rapidamente, aceitando toda a responsabilidade. — Muitíssimo obrigado! O senhor não vai se arrepender! O abraço no calor da emoção, e ele parece estranhar um pouco, sei que o conheci agora mas ele parece ser uma ótima pessoa, tenho certeza que esse emprego vai ser um grande passo na minha vida. — Certo moça, então qual o seu nome mesmo? Ele pergunta meio sem jeito por conta do abraço repentino. — Nicole! Nicole Lopez, senhor! Estou tão animada quando cheguei que nem mesmo havia perguntado o nome do senhor. — E o senhor? Qual seu nome? Me desculpe, estou tão animada que acabei me esquecendo de perguntar anteriormente, peço desculpas. Ele dá um sorriso vendo o quão feliz eu estou. — Tudo bem criança… meu nome é Hugo, é um prazer conhecê-la! Ele dá um aperto em minha mão, me parabenizando pela a vaga. — Isso são currículos? Eu preciso de uma pasta para colocar na planilha de administraç
Nicole— Senhorita, isso ao seu lado é seu uniforme, sinta-se à vontade para colocá-lo no banheiro.Ele fala ainda mexendo no armário, retirando um enorme caderno, então ele se senta à mesa, ficando de frente para mim.— Sobre o pagamento...Ele fala colocando um óculos e mexendo nas folhas do caderno vagarosamente.Enquanto ele mexe nas folhas, pego a sacola e olho o que havia dentro.É um uniforme de garçonete, muito bonito por sinal, ele é branco e também preto, a parte de baixo é uma saia meio longa, ela bate um pouco a baixo do joelho, a blusa é branca de mangas longas e tem uma gravata também, na cor preta.Fico admirada com a roupa e acabo me perdendo na conversa com o senhor Hugo.— Desculpe, eu não consegui ouvir direito, pode repetir?Falo sem graça, esperando que ele repetisse o que havia dito.Ele me olha meio confuso e volta a falar.— Como estava falando, o seu pagamento será quinzenal, e você passará por um período de testes, onde receberá 20% até passar.Entendi, conco
NicolePessoas entram, e se sentam às mesas, havia pessoas bem arrumadas e outras que pareciam bem normais, como no dia a dia.Alguns vestem ternos e vestidos aparentemente caros, não sei se são fregueses mesmo, mas parecem se sentir à vontade.Eu estou no momento trabalhando como ajudante de cozinha, então ficarei mais na parte interna no restaurante.Vejo os garçons chegando com comandas para os chefes, tudo está uma correria na cozinha, pessoas carregando alguns utensílios, outras organizando pratos, assando, fritando, tudo parece uma desordem, totalmente contrário ao momento anterior.Até mesmo eu fiquei perdida, mas foco e tento colocar minha cabeça no lugar, para que tudo corra perfeitamente.— Senhorita! Preciso que pegue algumas coisas na dispensa!Ouço um dos chefes gritando, ele rapidamente me entrega um papel com uma lista, para que buscasse alguns ingredientes que faltavam. Melhor eu fazer isso rápido, quero
NICOLE Ao desviar o olhar de Edgar, em sua volta, havia algumas pessoas que eu nunca havia visto antes, eram dois caras, com tatuagens e três garotas. Uma delas esta agarrada ao braço dele, e me encara de baixo para cima, usa roupas curtas e uma maquiagem pesada no rosto, tirando isso seu corpo e bonito, só não entendo o porquê daquele silêncio todo. Me senti um pouco estressada ao ver aquela cena, mas eu nuca tive nada com ele mesmo, é melhor assim, ele vivendo a vida dele e eu a minha, não irei deixar isso estragar meu primeiro dia no trabalho! Mas mesmo me sentindo mal por essa cena, não vou deixar ele perceber isso. Olho fixamente para ele, ignorando os olhares das pessoas ao redor, e repito a pergunta, meio impaciente. — Posso ajudar? Percebo que ele parece recobrar a consciência e então finalmente fala algo. — Nicole? Desde quando trabalha aqui? Ele perguntou meio confuso, mas parece não gostar muito de me ver aqui.
EDGAR. Adoro pilotar minha moto em alta velocidade, a viseira do capacete está levantada, sinto o vento gélido em meu rosto, é tão bom essa sensação, faço uma curva rápida na estrada e aumento a velocidade seguindo em frente, estou indo para a Express Libre. Tenho uma reunião importante hoje, bom, não é tão importante, mas o chefe da máfia a qual eu trabalho estará lá, o Luciano, e eu preciso ser pontual e participar de tudo, e mesmo meu interior dizendo que é hora de sair disso, mas por hora preciso continuar fazendo isso. Assim que avisto o restaurante, estaciono a moto e tiro o capacete e já tranco o mesmo no guidão da moto. Arrumo meus cabelos que bagunçaram um pouco e ajeito meu casaco de couro preto, checo meu celular antes de entrar e olho algumas mensagens… Geovana me mandou mensagens, disse que já está me esperando lá dentro, na nossa mesa reservada, ela está com Larissa e Mariana, e meus parças estão lá, Fernando e Vagner, o F
Nicole Na cozinha, ajudo de todas as formas, lavo as panelas e talheres, organizo os pratos, limpo as bancadas, e vagarosamente tudo começa a voltar ao normal, já se passau algum tempo, e a movimentação no restaurante começa a diminuir, foi um dia muito corrido, não vejo a hora de voltar logo para casa, só de imaginar que tenho que ir para a faculdade amanhã, fico meio desanimada… Mas não posso pensar assim! Preciso focar bem.Terminando de ajudar na cozinha, volto para o salão, não sei porque, mas Edgar não sai da minha cabeça. Só de lembrar me sobe uma mistura de nervoso com tristeza, uma parte minha se atrai por ele, mas outra o quer distante. Não sei como reagir com esses sentimentos. Respiro profundamente e tento não olhar muito para a direção da mesa de Edgar.No salão, reparo que muitas pessoas já foram embora e os únicos que permanecem são as pessoas mais velhas, eles bebem e fumam, o cheiro saboroso que ant
NicoleAndo até a mesa, percebo apenas o homem lá, ele está bem arrumado, usa uma roupa social e mesmo com todo aquele cheiro de cigarros, consigo sentir o cheiro de seu perfume.Edgar estando próximo se vira toda hora para ouvir e ver o que acontece na mesa em que eu atendo.— Boa noite senhor! Posso anotar seu pedido?Falo sorrindo, naquele momento, como já se haviam passado algumas horas da abertura do restaurante, já me sinto bem cansada, mas tento manter a pose de simpática para que o atendimento ser bom.— Pode me chamar de Sebastian, não sabia que nesse restaurante havia uma garçonete tão linda.Ele fala olhando de cima para baixo, não sei bem o que ele pensa, mas sinto que não é nada bom.Fico desconfortável e não consigo pensar em nada para respondê-lo, então apenas não falo nada, apenas continuo com o sorriso, torcendo para que ele fizesse o pedido logo.— Entendo… Você é tímida! Eu adoro as quietinhas.Ele continua, agora mordendo seus lábios, ao ouvir isso, meu sangue ferv
Nicole.Dia seguinte.Depois de um dia cheio e cansativo na faculdade, chego na kitnet e me arrumo para mais um dia de trabalho. Mesmo estando exausta, me mantenho firme e me arrumo rapidamente, tomo um banho apressada e arrumo meus cabelos e passo um leve perfume. Ao terminar, pego minha bolsa, um casaco, pois está frio na hora de voltar. Saio da kitnet e caminho pelo canto da rua, até o restaurante.*****Depois de um tempo... Já estou no restaurante e já comecei o meu trabalho.Estou ansiosa aguardando os clientes lerem o menu e fazerem seus pedidos, diferente da noite anterior, hoje está mais quieto, a menos pessoas e o clima está menos tenso.Percebo que as pessoas da noite anterior não estão presentes, Edgar também… ele não veio hoje.Não sei porque fico pensando nele. Reviro os olhos e foco no trabalho. Aquele sem vergonha... não quero ficar pensando nele. Edgar não está nem ai pra mim. Sinto o estresse esquentar meu corpo e sou tirada de meus pensamentos por um dos clien