Chegando no trabalho, Julia me perguntou o porquê de minha expressão séria e eu apenas a respondi com um sorriso amarelo.
Fui para minha sala e o telefone tocou, me dando um belo susto ao ver na tela o número de Enrico.
— Alô? — eu disse.
— Oi Hope. Está no trabalho? — ele disse.
— Sim, estou. O que houve?
Chamam-se de tudo e me mantenho à margem. Não tenho forças nem para falar.Harry evita olhar para mim.Uma enfermeira entra para saber o que está acontecendo. Harry pede que ela nos expulse, mas Enrico, usando todo o seu charme, fala gentilmente com a mulher e consegue tirá-la do quarto.Harry e eu estamos sozinhos. Me armo de coragem e, diante da sua expressão de assombro, me levanto e declaro: Estava a caminho da Itália, casada e realizada. Harry me explicava todo itinerário que faríamos quando chegássemos lá. E nossa primeira parada após o hotel, seria a ponte Vecchio, onde prenderíamos nossos cadeados a fim de eternizar nosso amor.Havíamos procurado por hotéis perto dos maiores pontos turísticos daqui. E até encontramos umas boates de swing pelos arredores. Faríamos uma visita mais tarde e eu não sei o que esperar dos italianos e em como essa boate deve ser diferente da Delusions.O avião planava suavemente e eu podia ouvir o barulho forte do ar condicionado que gelava meu corpo enroscado ao de Harry. Sentindo sua respiração compassada com a minha, me lembro de nosso casamento. Em como eu estava nervosa e em como nossos votos foram originais em comparação aos outros.Assim como consegue tudo a jato, Roger oFinal
Um momento que era pra ser prazeroso, chegou ao ponto que mais parece rotina. Em pensar que quando começamos o namoro, toda aquela tensão que pairava sobre nós me dava tanto tesão, e agora não sinto mais isso. Sinto como se fosse acordar de manhã e escovar os dentes. Apenas obrigação.Lembro da nossa primeira vez como se fosse ontem. Foi tudo tão perfeito, tão caloroso, tão prazeroso, que eu não consigo entender o porquê, de agora ser tudo tão monótono e rotineiro.Era um daqueles raros dias quentes em Londres, quando meus pais decidiram sair &agr
No quarto rolava de tudo. Desde o oral com sua barba rala e sexy por fazer, roçando em minhas coxas, até o sexo em si, no meio das cobertas recém arrumadas.Depois almoçamos juntos e quando eu tentava arrumar qualquer coisa, Mateo vinha até mim e praticamente me jogava em cima da mesa, para que pudéssemos desfrutar da maravilha que é morar junto com quem se ama.Estava tomando banho e ele aparecia, para me fazer companhia. Arrumava o quarto e Mateo me jogava na cama, desarrumando tudo de novo. Cozinhava e Mateo me puxava pelo avental porque achava sexy e acabava queimando a comida.
— Desculpas não vão pagar o conserto do meu carro!— Eu pago, me dá seu telefone e a gente vê um mecânico aqui perto. — ele disse, sendo educado até demais.— Não, não precisa, quer saber? Só preciso que você me leve para onde eu estava indo, não estou em condições de dirigir.— Ok, vou estacionar meu carro e te levo com o seu. Entramos em umas cinco lojas de sapatos e por mais que eu insistisse em experimentar sapatos pretos ou cores neutras, Roger sempre pedia os mais coloridos e chamativos. Por fim, me apaixonei por um vermelho altíssimo, que eu tinha pavor de andar, mas logo me acostumaria.Voltamos para casa e eu estava terminando de me arrumar, mas Roger já estava pronto há meia hora e continuava a me apressar. Fiz uma maquiagem escura, com bastante sombra preta e marrom esfumada nos cantos dos olhos, dando ênfase ao azul profundo que eles contêm, e passei uma quantidade razoável de rímel. E como sou adepta da frase 'olho tudo, boca nada', passei um batom marrom fraquinho e deixei a atenção toda nos olhos. Coloquei um brinQuatro
Assinei alguns contratos e estava tudo negociado. O aluguel não era caro e conseguiria arcar com as despesas da casa de acordo com meu pequeno salário mais o dinheiro que recebo dos meus pais.Passei no banco e consultei a possibilidade de um empréstimo. Pouca coisa, apenas para comprar alguns móveis necessários e decorar meu novo apartamento de acordo com meu gosto. Consegui dez mil de crédito e estava mais do que suficiente. Dava até mesmo para pagar o conserto do meu carro, que por sorte, não ficou tão caro quanto eu esperava.
Acordo em mais um dia frio e chuvoso em Londres. Reviro os olhos, mesmo que eles ainda estejam fechados e me levanto a caminho do banheiro.Acordar todos os dias às sete da manhã, era algo que eu definitivamente não gostava de fazer. Mas não tenho a vida ganha e preciso trabalhar se quiser sobreviver.Tomo meu café da manhã, nada mais que uma tigela de cereal com leite, já que não sinto fome de manhã. Visto uma saia lápis preta, uma blusa de cetim branca, pego minha bolsa e sobretudo, saindo rapidamente para o trabalho. Minha chefe já havia me ligado e pediu para eu me apre