O dia passou voando e logo chegou a hora de Kate encontrar Austin. Ela ajeitou o vestido, um modelo floral branco e rosa de manga comprida que terminava no meio da coxa, e jogou os cabelos ondulados sobre os ombros. Deslizou os pés para dentro dos saltos e retocou a maquiagem enquanto aguardava a chegada de Austin. Um momento depois, ouviu uma batida suave na porta. Kate a abriu e apreciou enquanto os olhos cor de safira de Austin escureceram ao varrê-la com os olhos.

"Kate, você está...", ele parou, deu um passo à frente e lhe depositou um beijo na bochecha. "Incrível."

“Obrigada”, ela murmurou, pegando sua bolsa e saindo para o corredor. “Você também não está nada mal.”

A porta do apartamento de Colton se abriu quando eles estavam começando a descer as escadas, a mão de Austin deslizando nas costas de Kate, baixo demais para o gosto de Colton. Ela tentou se afastar sob os braços dele, mas sua mão permaneceu firmemente no lugar. Kate franziu as sobrancelhas, observando o sorriso de Austin quando ele olhou para Colton por cima do ombro.

Kate optou por não olhar para trás, evitando ouvir comentários espertinhos sobre seu vestido ou sua escolha para um encontro. Foi só quando eles estavam no segundo lance da escada que ela permitiu que seu olhar se desviasse para cima. Os olhos negros olhavam para ela, seu corpo apoiando-se sobre o corrimão enquanto ele dava uma tragada profunda em um cigarro. Seus dedos correram pelos cabelos pretos, e Kate sentiu o calor se espalhar entre suas coxas. A maneira como ele havia pegado a mão dela, enroscado os dedos dela nas mechas macias de seus cabelos pretos e gemido com cada puxão, a deixava em chamas. Ela engoliu o gemido que ameaçou escapar, voltando os olhos para a escada de ladrilhos. Podia sentir o olhar dele queimando sobre ela e se perguntou se concordar em tomar uma bebida com Austin tinha sido uma boa ideia.

O casal saiu do prédio, com Austin liderando o caminho pelo quarteirão. Ele falou sobre seu trabalho, explicando por que esteve fora nos últimos dias, mas foi só quando ele olhou para Kate com a expectativa de uma resposta que ela percebeu que não havia nada além de Colton em sua mente.

“Desculpe, o que você disse?”, ela sussurrou, envergonhada.

"Eu perguntei o que você faz da vida", ele riu, guiando-a pelas portas duplas de um pequeno pub na esquina da rua. O lugar já estava fervilhando, com pessoas lotando o bar e sujando as mesas.

Austin apontou para uma mesa vazia nos fundos, perguntando o que ela queria beber antes de desaparecer na multidão que esperava no balcão do bar. Kate se sentou, lambendo os lábios enquanto esperava Austin voltar. Ele chegou pouco depois, uma cerveja em uma mão e um coquetel de frutas na outra. Ela tentou dizer que aquela não era a bebida que ela havia pedido, mas ele não lhe deu chance, desandando a falar e mais uma vez perguntando com o quê ela trabalhava.

“Sou assistente social”, ela sorriu. “Trabalho com vítimas de violência doméstica.”

“Ah, legal”, Austin assentiu, tomando um grande gole de sua cerveja. "Estou surpreso que você e Colton não se deem bem", ele murmurou baixinho, antes de mudar de assunto para sua própria profissão.

A situação estava desconfortável, a conversa meio travada, mas depois de alguns drinques, o papo começou a fluir, e Kate relaxou um pouco. Os olhos dela desceram para os lábios rosados ​​de Austin, os dentes dele mordiscando a carne macia. Ela reparou que era algo que ele fazia com frequência, e, por um instante, o imaginou fazendo aquilo com os lábios dela. O álcool estava afetando seu juízo, e quando Austin se inclinou, descansando sua palma macia na pele nua da coxa dela, Kate não queria nada mais do que levá-lo para casa e apagar completamente Colton James de sua mente.

Terminando sua bebida, Kate olhou para ele por baixo de seus cílios escuros. Ela podia sentir a mão dele deslizando mais para cima e não sabia quanto mais seria capaz de aguentar.

Seus lábios roçaram a orelha dele, seu peito descansando contra os músculos firmes do braço de Austin. “Acho que devíamos voltar para a minha casa.”

Os olhos de Austin se arregalaram, repletos de desejo, e ele concordou. Kate se levantou, tropeçando ligeiramente em seus saltos. Ela deveria ter parado de beber muito antes. Não conseguia pensar com clareza e, enquanto voltavam para casa, não pôde evitar que as mãos percorressem os músculos tonificados do peito dele. Austin gemeu, prendendo-a contra a parede de tijolos e pressionando-se contra ela. Kate ofegou, permitindo que a boca dele explorasse a dela e que as mãos dele deslizassem por baixo de seu vestido e brincassem com a delicada renda de sua calcinha.

Agarrando sua mão, ela o puxou pela rua, irrompendo pelas portas de seu complexo de apartamentos e tropeçando escada acima. O som de seus saltos nos ladrilhos era alto, ecoando pela escadaria silenciosa. As mãos de Austin agarraram seus quadris enquanto ela andava, e ele gemeu.

Chegando ao quarto andar, Kate lutou para abrir a porta da frente, rindo quando Austin decidiu que não podia esperar mais e a pressionou contra o batente de madeira, atacando sua boca com a língua.

Após enfim conseguir abrir a porta, ela tombou para dentro, a boca de Austin na dela, enquanto cambaleavam para sua cama. Um gemido escapou de sua garganta, os dedos de Austin lentamente tateando sua calcinha. A boca dele deslizou mais para baixo, beliscando a carne sensível de seu pescoço até a clavícula. Ele puxou o tecido macio de seu vestido, empurrando o bojo do sutiã para baixo e chupando vorazmente seu mamilo enrijecido. Ela gemeu, jogando a cabeça contra o travesseiro.

“Deus, você é tão gostosa”, ele rosnou, seus dentes raspando contra o peito dela, arrancando um gemido suave de Kate.

O calor do corpo dele se afastou dela por um momento, o som de papel alumínio rompendo o som de sua respiração irregular. Ela observou enquanto ele rolava a borracha ao longo de sua ereção e mordeu o lábio, antecipando o que viria a seguir.

Um flash do rosto de Colton, com lábios umedecidos e cabelos bagunçados, tomou sua mente e lhe causou arrepios na espinha. Ela sentiu uma pontada de culpa por aquele pensamento, tentando se concentrar no homem incrivelmente gato em cima dela. A boca dele devorou ​​a dela, a ponta fria da camisinha pressionando contra sua entrada úmida. Seus dedos agarraram as costas dele, e ela choramingou quando Austin se empurrou para dentro dela. Suas pernas envolveram o corpo musculoso dele, seus quadris levantando para encontrar os dele com cada impulso poderoso.

“Puta merda, Kate”, Austin gemeu, sua cabeça enterrada na curva do pescoço dela enquanto ele ganhava velocidade.

O som de uma porta se abrindo do outro lado da parede do quarto de Kate interrompeu sua subida até o clímax. Ela pôde ouvir a voz rouca de Colton, rosnando, antes que outra voz, mais suave, ecoasse pelo ar. Era de uma mulher. Kate fechou os olhos, forçando-se a se concentrar nas sensações de seu corpo.

Austin desacelerou, afastando a cabeça do pescoço dela. "Isso parece…"