Petra estava diferente; aquela menina submissa e triste dava lugar a uma mulher enigmática, justa e forte em todos os sentidos. Seu coração pertencia ao Leif, mas sua insignificância em tratar dos assuntos referentes ao fim das guerras a deixava em dúvida se deveria cultivar esse amor. Pensar muitas vezes enviar ao reino de Ásbjorn uma mensagem ao velho pai,ela o amava mesmo após ter sido enviada aos lobos de Áxteron, mas certamente ele sequer leria a mensagem. Além do mais, isso a condenaria por traição: Leif não a perdoaria. Com o passar dos dias, a Sacerdotisa Irsa retorna ao reino. Ela está decidida a derrotar Petra de uma vez. Assim que pudesse as mãos na prova da traição da filha de Ásbjorn, ela a escoltaria pessoalmente ao bispo Duprê para sua prisão. Tudo estaria sob controle. —Jovem Rainha, vejo que já está de pé tão cedo, o sol ainda não raiou.—Onde estava todo esse tempo Irsa? Não a vi nas redondezas.—Informei ao Rei ao meu destino, jovem rainha.—Mas ainda não respondeu
Petra, Leür e Vinnie retornam para a fortaleza Vinking; na grande sala, Leif encontrava-se inquieto dando voltas sem parar. Irsa a Sacerdotisa, estava calada sem esboçar nenhuma reação que pudesse irritar o Rei que estava muito agitado. —POR ODIM,ONDE ESTÃO TODOS??-Leif gritava no meio da sala.—Senhor se me permite...—CALE-SE IRSA! NÃO LHE AUTORIZO A DAR CONSELHOS.-Irsa sai da sala rapidamente.—Mas que gritaria foi essa, ouvimos desde a entrada?- Petra questionava o marido pondo as mãos na cintura.—Petra, você está bem?-Leif se aproxima a sacudindo pelos ombros.— Pare de me chacoalhar, estou ferida, solte-me!!—Ferida, onde?? Deixe-me ver!!Leif contorna a esposa buscando encontrar os ferimentos notando que suas costas estão sangrando. —O que houve Petra, porque está machucada? Diga logo para que eu comece arrancar cabeças de cima dos ombros! – Leif está espumando de ódio.— Se acalme! Não há um responsável. Agora deixe-me ir para meu quarto, Preciso de um banho Leif.- Petra s
Reino ÁsbjornFrida estava inclinada a destruir qualquer um que se pusesse diante dos seus planos; sua ambição desmedida causaria uma desordem sem controle. Seu intuito era eliminar a todos, inclusive sua irmã Irsa, para isso faria o feitiço virar contra a feiticeira. Sendo assim, O rei de Áxteron a mandaria para forca. Frida tinha tudo calculado, nada poderia sair errado; sem a intrometida da irmã no caminho ditando regras,ela poderia agir com suas magias minando a força do reino e da rainha Híbrida.Rei Asborj—Amada Marjorie preciso viajar, não me demorarei. Cuide do seu reino bela rainha, creio que em duas luas retorno.—Sentirei saudades meu rei. Nosso leito de amor estará a te esperar. Não se demore, ou morrerei de amor.—Sou um homem de sorte. Fui agraciado com uma mulher que me fez viver de novo. Não sei o que seria de mim sem você! A minha filha, mostrou-se uma traidora implacável quando rejeitou matar nosso inimigo. Ela não cumpriu com nosso acordo.—Esqueça os traidores
ÁxteronO Rei Leif estava desconfiado, mas precisava manter sua postura diante da Sacerdotisa e de sua esposa. Qualquer um poderia ter posto aquele lenço entre seus pertences, mas a única pessoa que se ausentou por alguns dias foi a Irsa. Se Vinnie confirmasse que ela não esteve na floresta sombria para os sacrifícios ao Deus Tyr, Irsa estaria em apuros. Durante o jantar, Leif convida Irsa para juntar-se a ele e sua esposa.—Jovem Rainha, o Jantar está a seu gosto?- Irsa pergunta enquanto serve o vinho.—Sim, a mesa está farta com tudo que aprecio, mas a função de servir-nos não é sua, Sacerdotisa.—Eu sei, jovem senhora. Mas gosto de estar servindo, isso não diminui em nada minha função de sacerdotisa.—Petra, não se preocupe. Irsa sempre gostou de mostrar serviço.- Ele se mostra irônico; Irsa não entende o motivo.—Meu Rei, sabe que sua mãe era zelosa, ela mesma conferia tudo antes do jantar; me a seguir seus passos provando as iguarias antes do Rei Áxteron, para ver se estava a
Vinnie finalmente chega ao reino, ele segue direto para a casa real. De portas fechadas, conta tudo o que viu no altar na floresta sombria. Não havia indícios de ofertas recentes pelo menos há duas estações. Irsa, havia mentido sobre sua viagem, o cavalo que sequer saíra do estábulo; restava saber o que fizera com os corvos reservados aos sacrifícios e o cabrito.—Está certo que ela não esteve na floresta?- Leif questiona mais uma vez por duvidar da confiança de sua conselheira.—Sim meu senhor. Vasculhei tudo ao redor. Não havia vestígios de fogueira, sacrifícios no altar. Tudo parecia abandonado desde a última vez que a levamos com as iniciadas. —Ela também mentiu sobre isso. Disse que o cavalo havia fugido quando perguntei pelo paradeiro. Não levou nenhuma iniciada para não presenciar o ritual, mas isso não procede. Tem algo de estranho nisso tudo Vinnie. Onde ela teria colocado os corvos e o cabrito?—Senhor, se realmente ela esteve em outro local, deve ter soltado os corvos, e
Áxteron Após o jantar, Leif reúne os membros do conselho para o interrogatório no caso da Sacerdotisa. Ela ainda não está sendo considerada uma traidora, precisará provar que é inocente das acusações para não ser presa. Se ficar provada que caiu em contradições, aguardará seu julgamento na prisão como qualquer um.Enquanto ela fazia oferendas no templo aos Deuses; sua serva Alda vem avisar-lhe que o Rei a espera na sala do conselho. Ela sente seu peito apertar, mas continua firme como se nada devesse, então diz para a serva:—Estarei indo assim que terminar meu ritual. Pode avisá-los – Alda percebe que ela vai rogar aos Deuses que a livre.“Meus guardiões a quem tenho sido devotada desde sempre. Rogo que me livre de qualquer condição imposta neste conselho. Meu coração diz que algo de ruim está prestes acontecer, não permita que sua serva veja a escuridão eterna.”Irsa sai do templo confiante que sua proteção está garantida. Ela chega na sala do fingindo não entender o motivo da sua
Reino de ÁxteronApós ter saído da sala do conselho muito preocupada, Petra andava de um lado para o outro em seu aposento. Ela se questionava como o lenço do seu pai poderia ter ido parar lá; o reino estava mais seguro do que antes, qualquer que tentasse passar pelo portão sem se identificar seria mirado pelo flecheiro na torre. Se o lenço fora enviado por seu pai, certamente teria sido entregue em suas próprias mãos. Isso só poderia ser uma armadilha. Leif não havia comentado nada antes da reunião, talvez já estivesse suspeitando dela; já que sua sacerdotisa era mulher de confiança do reino desde que nascera. Petra senta aos pés da cama e chora compulsivamente maldizendo ter sido entregue ao Rei Leif. Ele entra no quarto e vê sua esposa aos prantos, então fala:—Por que chora?- Leif se aproxima e dá a mão para a esposa levantar.—Não tenho motivos para ter alegria desde que pisei meus pés aqui neste reino.—Sendo assim, confirma que sente falta do seu reino e do seu pai.—Sinto falt
ÁxteronRei Leif passou o resto do dia cuidando de assuntos do Reino. As estratégias de batalha estavam suspensas até que Ásbjorn terminasse seu período de lua de mel que havia de se cumprir, enquanto isso, Lord Kelpbür e seu cunhado buscavam um modo de por as mãos na filha do Ásbjorn. Leif não suspeitava que eles faziam jogo sujo querendo acabar com ambos os reinados se aliando a igreja.Era um período de expectativas para todos. Ninguém podia confiar em ninguém. Petra estava vulnerável diante de personalidades tão bem informadas e dispostas acusa-la de bruxa. Os Elfos estavam extintos daquele território, não se sabia ao certo se habitavam em outras regiões. Petra seria a única que poderia dar continuidade a espécie, tendo um Híbrido dotado de fortes poderes . Leif ainda estava um tanto indignado com a possibilidade de sua esposa querer apaziguar seu reino com seu inimigo Ásbjorn. Ele sabia que Petra não o mataria, após quatro anos juntos podia ter feito em algum momento. Petra tin