Durante o jantar, a conversa fluía fácil, como sempre. E depois que encerramos, levantei-me para tirar os pratos, mas Kiron segurou minha mão, puxando-me delicadamente para sentar com ele no sofá e em seu colo. Senti o calor do seu corpo e, sem precisar dizer nada, me aninhei contra ele.Ficamos assim por alguns minutos, só ouvindo nossas respirações, em silêncio. Ele passou os dedos pelos meus cabelos e, com um gesto suave, levantou meu rosto para me beijar.O beijo foi lento, aquele tipo de beijo que te fazia esquecer do mundo ao redor. Onde tudo o que importa era o momento presente. Senti suas mãos deslizarem por minhas costas, enquanto eu me perdia ainda mais nele. A intensidade de nosso beijo mudou e eu sabia que a noite estava somente começando.Kiron chupou meu lábio inferior, mordendo-o levemente. Passei minha língua pelos seus lábios, mas ele a mordeu levemente e a chupou em seguida. Rapidamente, aquele momento relaxante tomou outras proporções. Éramos apenas mãos e bocas, lí
MAITÊNunca se passou pela minha mente me apaixonar, ainda mais por ninguém menos que o pai de minha amiga. Tentei esconder esse sentimento, mas ele foi forte demais para eu resistir e, segundo Aisha, nem que eu tentasse, conseguiria.Maximus me explicou que o que temos é um laço de companheiros, um presente da Deusa da Lua, Selene. Confesso que não foi fácil quando Aisha me contou sobre o seu mundo, mas agora tudo parecia mais normal para mim, apesar de às vezes ser difícil ter que lidar com a possessividade do lycan de Maximus.Ele me disse que, por perder sua primeira companheira, parece que seu lycan não se distrai quando se trata de minha segurança, ele é obsessivo com isso. Maximus me explicou ainda que, quando eu carregar sua marca, talvez isso alivie um pouco e é com isso que estou preocupada. Assim que saí do quarto que estava dividindo com ele, encontrei Aisha.— Que bom te encontrar. Preciso de um momento de garotas com você. — Disse.— Acredito que preciso do mesmo também.
De fato, minha amiga estava certa, eu precisava conversar com Maximus, e precisava de um tempo com ele antes de partimos nessa viagem. Assim que adentramos o hotel onde estávamos hospedados, Maximus nos aguardava na recepção. Ele me analisou completamente, buscando algo em minhas emoções, o receio em seu olhar era nítido.— Aconteceu algo? — Ele perguntou ainda me analisando.— Sim, aconteceu. Precisamos conversar…Maximus me olhou nos olhos e, em seguida, seus olhos buscaram Aisha, que ergueu a mão, como se dissesse que não tinha nada a ver com isso.— Certo, temos algumas horas antes da partida.— Se ainda tínhamos algumas horas, por que recebi o recado para voltar imediatamente? — Aisha perguntou sem compreender.— Porque seu companheiro é muito impaciente para ficar tanto tempo longe de você. — Maximus respondeu, sorrindo.— O fato de você nos esperar aqui na recepção não demonstra que o seu também é? — Perguntei, erguendo minhas sobrancelhas para ele.— Isso é diferente…— Difere
KIRONQuando recebi o recado de Aisha informando haver saído com Maitê, tive a certeza de que nossa conversa na noite anterior a assustou. No entanto, como lycan ela sabia que, para nosso animal, procriar era tão importante quanto encontrarmos nossa companheira. Era algo da nossa natureza, um instinto do qual não poderíamos fugir.Até entendia todo o receio que ela poderia estar sentindo, mas não tinha como lutar contra isso. Meu lycan tentaria todas às vezes que tivesse a oportunidade de estar com ela e isso era inevitável.As horas foram passando e, quando se tornou impossível suportar aquela distância, entrei em contato informando que ela precisava voltar. Sei que talvez ela pudesse ficar incomodada por ter interrompido o momento dela e de sua amiga, mas eu precisava dela, meu lycan sentia o mesmo.Assim que ela chegou diante de nossa porta, meu lycan parecia ansioso por isso. Petros me olhou assim que ergui o olhar para a porta e um sorriso pareceu surgir em seu rosto, imaginando
Tentei aprofundar nosso beijo, mas não demorou muito para uma leve batida na porta nos trazer de volta para nossa realidade. Eu rosnei e ela sorriu para mim, se afastando, em seguida dei a permissão para um dos meus guerreiros entrar.— Senhor, o beta Petrus informou que anteciparam nosso voo, sairemos em trinta minutos.— Obrigado, Nick.— Acredito que precisamos nos organizar para nossa partida. — Ela disse, parecendo um pouco nervosa quanto aquilo. Esperei meu guerreiro sair e a encarei.— Preciso somente de vinte minutos desse tempo para me sentir um pouco mais relaxado. Vai ser rápido, mas precisa servir. — Disse.Olhei para minha mulher com um olhar predador. Eu precisava ser rápido, mas isso não queria dizer que seria ruim. Segurei sua mão e a puxei para mim, colocando-a na mesma posição de antes. Seu vestido facilitava as coisas, e em seguida meus lábios devoraram o seu.Minhas mãos seguraram sua bunda por baixo do vestido e Aisha gemeu com meu aperto ali. Quando minha boca de
AISHAO momento da viagem havia de fato chegado. Não sabia descrever exatamente como estava me sentindo. Era uma mistura de tudo ao mesmo tempo. Ansiedade e medo, sentia uma espécie de confiança, mas, ao mesmo tempo, sentia-me insegura. Me sentia confusa e o único ponto de conforto que existia era que poderia contar com as pessoas em quem eu confiava.Assim que entrei na aeronave, me encontrei com Maitê, que me ofereceu um sorriso amigável, além de um abraço confortante. Meu pai também me cumprimentou com um beijo na testa, mas nem assim conseguia acalmar aquele turbilhão de emoções dentro de mim.Kiron sentiu exatamente isso, minha marca nele o permitia sentir minhas emoções, seu olhar estava atento a mim e, quando ele terminou de conversar com os pilotos, caminhou até mim.— Você não precisa ficar tão nervosa, meu amor.— Impossível não me sentir assim, Kiron. Você cresceu sabendo exatamente o que esperava por você, eu não tenho nem ideia do que me espera lá. A incerteza está me cor
Algo em mim despertou naquele instante. Uma sensação de propósito que eu não havia sentido desde que chegara aquele castelo. Curiosa, me aproximei e assim que entrei, fui recebida por uma professora que me olhou surpresa, mas com um sorriso acolhedor.— Olá! — Disse ela, com um tom caloroso. — Posso ajudar? — Ela não sabia quem eu era e não a culpava por isso.— Na verdade, eu queria saber se vocês precisam de ajuda. — Perguntei, sem pensar duas vezes. — Eu… sou nova por aqui e estava me sentindo um pouco… perdida. Vi as crianças brincando e pensei que talvez pudesse ser útil.A professora me olhou por um momento, até eu me acharia uma estranha naquele momento, mas ela não mencionou nada. Em vez disso, seu sorriso se alargou.— Claro, estamos sempre precisando de mãos extras. Hoje estamos com poucas pessoas na cozinha, então seria ótimo se pudesse ajudar por lá.Acompanhei a professora até a cozinha, onde duas outras mulheres já estavam ocupadas, preparando o almoço para as crianças.
Fazia muito tempo que não tínhamos um embate tão acalorado, medimos forças com nossos olhares, mas eu não baixaria a cabeça para Kiron, minha lycan nunca se submeteria a ele através da força. Quando ele percebeu que alguém teria que ceder ali, e esse alguém não era eu, ele caminhou até mim.— Me perdoe por estar tão distante. Fiquei preocupado quando soube que ninguém sabia onde você estava. Isso deixou meu lycan desesperado. Venha, vamos relaxar um pouco e ter um tempo somente nosso.Kiron me puxou para seu quarto e ali me fez sentir a mulher mais especial do mundo. Preparou um banho de banheira para nós dois, contou coisas sobre sua adolescência que me fizeram rir bastante. Aquele era o homem por quem eu havia me apaixonado e o qual havia seguido até aqui.Naquela mesma noite, fizemos amor e adormeci abraçada ao meu companheiro, me sentindo completa como há muito não me sentia. No entanto, quando acordei, o local ao meu lado já estava frio. Me perguntava como o lycan de Kiron ainda