KIRONQuando recebi o recado de Aisha informando haver saído com Maitê, tive a certeza de que nossa conversa na noite anterior a assustou. No entanto, como lycan ela sabia que, para nosso animal, procriar era tão importante quanto encontrarmos nossa companheira. Era algo da nossa natureza, um instinto do qual não poderíamos fugir.Até entendia todo o receio que ela poderia estar sentindo, mas não tinha como lutar contra isso. Meu lycan tentaria todas às vezes que tivesse a oportunidade de estar com ela e isso era inevitável.As horas foram passando e, quando se tornou impossível suportar aquela distância, entrei em contato informando que ela precisava voltar. Sei que talvez ela pudesse ficar incomodada por ter interrompido o momento dela e de sua amiga, mas eu precisava dela, meu lycan sentia o mesmo.Assim que ela chegou diante de nossa porta, meu lycan parecia ansioso por isso. Petros me olhou assim que ergui o olhar para a porta e um sorriso pareceu surgir em seu rosto, imaginando
Tentei aprofundar nosso beijo, mas não demorou muito para uma leve batida na porta nos trazer de volta para nossa realidade. Eu rosnei e ela sorriu para mim, se afastando, em seguida dei a permissão para um dos meus guerreiros entrar.— Senhor, o beta Petrus informou que anteciparam nosso voo, sairemos em trinta minutos.— Obrigado, Nick.— Acredito que precisamos nos organizar para nossa partida. — Ela disse, parecendo um pouco nervosa quanto aquilo. Esperei meu guerreiro sair e a encarei.— Preciso somente de vinte minutos desse tempo para me sentir um pouco mais relaxado. Vai ser rápido, mas precisa servir. — Disse.Olhei para minha mulher com um olhar predador. Eu precisava ser rápido, mas isso não queria dizer que seria ruim. Segurei sua mão e a puxei para mim, colocando-a na mesma posição de antes. Seu vestido facilitava as coisas, e em seguida meus lábios devoraram o seu.Minhas mãos seguraram sua bunda por baixo do vestido e Aisha gemeu com meu aperto ali. Quando minha boca de
AISHAO momento da viagem havia de fato chegado. Não sabia descrever exatamente como estava me sentindo. Era uma mistura de tudo ao mesmo tempo. Ansiedade e medo, sentia uma espécie de confiança, mas, ao mesmo tempo, sentia-me insegura. Me sentia confusa e o único ponto de conforto que existia era que poderia contar com as pessoas em quem eu confiava.Assim que entrei na aeronave, me encontrei com Maitê, que me ofereceu um sorriso amigável, além de um abraço confortante. Meu pai também me cumprimentou com um beijo na testa, mas nem assim conseguia acalmar aquele turbilhão de emoções dentro de mim.Kiron sentiu exatamente isso, minha marca nele o permitia sentir minhas emoções, seu olhar estava atento a mim e, quando ele terminou de conversar com os pilotos, caminhou até mim.— Você não precisa ficar tão nervosa, meu amor.— Impossível não me sentir assim, Kiron. Você cresceu sabendo exatamente o que esperava por você, eu não tenho nem ideia do que me espera lá. A incerteza está me cor
Algo em mim despertou naquele instante. Uma sensação de propósito que eu não havia sentido desde que chegara aquele castelo. Curiosa, me aproximei e assim que entrei, fui recebida por uma professora que me olhou surpresa, mas com um sorriso acolhedor.— Olá! — Disse ela, com um tom caloroso. — Posso ajudar? — Ela não sabia quem eu era e não a culpava por isso.— Na verdade, eu queria saber se vocês precisam de ajuda. — Perguntei, sem pensar duas vezes. — Eu… sou nova por aqui e estava me sentindo um pouco… perdida. Vi as crianças brincando e pensei que talvez pudesse ser útil.A professora me olhou por um momento, até eu me acharia uma estranha naquele momento, mas ela não mencionou nada. Em vez disso, seu sorriso se alargou.— Claro, estamos sempre precisando de mãos extras. Hoje estamos com poucas pessoas na cozinha, então seria ótimo se pudesse ajudar por lá.Acompanhei a professora até a cozinha, onde duas outras mulheres já estavam ocupadas, preparando o almoço para as crianças.
Fazia muito tempo que não tínhamos um embate tão acalorado, medimos forças com nossos olhares, mas eu não baixaria a cabeça para Kiron, minha lycan nunca se submeteria a ele através da força. Quando ele percebeu que alguém teria que ceder ali, e esse alguém não era eu, ele caminhou até mim.— Me perdoe por estar tão distante. Fiquei preocupado quando soube que ninguém sabia onde você estava. Isso deixou meu lycan desesperado. Venha, vamos relaxar um pouco e ter um tempo somente nosso.Kiron me puxou para seu quarto e ali me fez sentir a mulher mais especial do mundo. Preparou um banho de banheira para nós dois, contou coisas sobre sua adolescência que me fizeram rir bastante. Aquele era o homem por quem eu havia me apaixonado e o qual havia seguido até aqui.Naquela mesma noite, fizemos amor e adormeci abraçada ao meu companheiro, me sentindo completa como há muito não me sentia. No entanto, quando acordei, o local ao meu lado já estava frio. Me perguntava como o lycan de Kiron ainda
Quando retornei ao meu quarto, aquelas mulheres já não estavam mais ali. Minhas roupas já estavam guardadas e nada parecia fora de lugar. Antes de deixar o palácio, resolvi passar na sala de reuniões, onde normalmente Kiron ficava, para avisá-lo que estava saindo, para que ele não ficasse pensando que havia acontecido algo.Ao chegar à sala de reuniões, uma comoção de pessoas já estava ali. Observei Kiron conversando com alguns conselheiros e parecia algo impossível chegar até ele. Respirei fundo, observando cada dinâmica daquela sala, imaginando como chegar até meu companheiro.— A senhora é a soberana, basta pedir um minuto com o rei. Eles não podem negar isso à senhora e tenho certeza de que o rei ficará grato por essa intromissão. — Escutei uma voz atrás de mim falar.Ao olhar para trás, observei ser a mesma mulher que estava em meu quarto. Ao perceber a dúvida em meu olhar, ela me incentivou a falar. Respirei fundo e dei um passo para dentro daquela sala e lentamente o silêncio s
Aquela mulher me olhou mais uma vez, analisando se eu estava bem, mas quando percebeu que eu não estava brincando, pareceu ainda mais surpresa.— Se a senhora me permitir, eu gostaria de acompanhá-la, rainha. — Sua resposta me fez sorrir, nunca era demais um par de mãos para ajudar.— Ficarei muito feliz com sua companhia, Paloma. Mas tenho uma condição para você. Lá, você vai me chamar somente por meu nome… Aisha.Imediatamente vi aquela mulher empalidecer e negar com a cabeça, como se eu tivesse pedido algo absurdo a ela. Qual o problema disso? Eu mesma gostaria de ser tratada informalmente, ainda mais porque não queria que ninguém soubesse quem eu era lá.— Eu não posso, rainha. Isso seria um desrespeito com a coroa. Eu poderia ser punida por isso. Meus pais precisam de mim e não posso ficar presa por algo assim.— Paloma, quem é responsável pela coroa aqui?— O rei e a rainha. — Ela me respondeu sem qualquer hesitação.— E quem está fazendo o pedido a você? — Perguntei, erguendo m
Estava disposta a fazer aquilo e a ensinar a elas como fazer, mas precisávamos de uma solução para o problema imediato. Somente uma ideia me veio à cabeça e para isso precisava revelar minha identidade.— Tereza, preciso falar com você em particular, pode ser? — Perguntei e ela me conduziu até sua sala.— O que houve, Aisha? — Ela questionou assim que entramos em sua sala.— Seu quintal tem um bom terreno e posso ensinar vocês a fazerem pequenos cultivos que podem ajudar aqui, mas isso não resolveria o problema de imediato.— Agradeço sua ajuda, minha filha, mas acredito que se não arrumarmos uma solução para o agora, talvez não tenhamos nem motivo para plantar.— Também tenho a solução para o problema imediato, Tereza. Todos os mantimentos necessários para vocês serão fornecidos pela mansão do rei.— Não posso aceitar isso, minha filha. Aquela mulher dará um jeito de ter tudo isso descontado do salário dos pais dessas crianças.— Isso não irá acontecer, Tereza, garanto a você.— Como