Observei-o dar a ordem para outro garçom me servir, e logo em seguida ele entrou em uma área restrita para funcionários. Provavelmente, alertaria aquela loba que alguém a estava procurando no restaurante.Cerca de meia hora depois, senti a fragrância de pêssego com mel chegando até mim. Ela voltou de seu intervalo. Meu olhar percorreu o salão até cruzar com o dela, que conversava com o tal gerente que também me olhava. Ele disse algo para ela que a fez sorrir, e após trocar algumas palavras, ela se dirigiu até minha mesa.— Não posso acreditar que você veio até meu trabalho, Kiron. Isso pode ser caracterizado como assédio pelas leis humanas.Isso me fez sorrir.— Não teria vindo até aqui se você não tivesse fugido mais uma vez do meu apartamento. Sem mencionar que você sabe muito bem que as leis humanas não se aplicam a nós, doce Aisha.— Você precisa melhorar mais a segurança do seu apartamento se sua intenção era me manter presa lá. — Ela disse, o que me fez sorrir ainda mais aberta
Quando entramos no meu carro, puxei-a para o meu colo. O percurso não era longo, então pedi ao motorista para dar uma volta antes de deixá-la em casa. Eu precisava de um tempo com ela. Precisava acalmar meu lycan após o que aconteceu.Se ela carregasse minha marca, não haveria chance alguma de ficar longe de mim depois do que houve. Eu a manteria ao meu lado até descobrir quem foi o infeliz que causou aquele estrago no carro dela.Nos beijamos, mas tanto eu quanto meu lycan queríamos muito mais do que isso. Meu carro não era uma limusine, mas era adaptado, então tínhamos espaço na parte de trás, além do vidro que separava a parte traseira do motorista.O que não facilitava era ela estar de calça. Meus beijos buscaram seu pescoço, minhas mãos deslizaram por baixo de sua blusa, alcançando seus seios, enquanto eu podia ouvir a respiração de Aisha mais audível.Ela pressionou seu quadril contra o meu, buscando mais atrito. No instante seguinte, minhas mãos ergueram sua blusa, enquanto min
Ela pareceu constrangida com o que falei, e tinha ideia do motivo, mas eu queria ter certeza de que ele foi o idiota que a rejeitou.— Estou certo disso? — Perguntei, analisando-a. Ela se manteve em silêncio por um momento, e quando imaginei que ela não fosse mais falar…— Não… ele encontrou sua luna, mas me rejeitou.Agora tudo fazia sentido. Realmente, eu estava certo em meus pensamentos. Só não conseguia entender porque ela não aceitava nossa ligação. Será que ainda nutria sentimentos por aquele idiota?— Você está me rejeitando por ele? — O rosnado escapou antes que eu pudesse me conter, uma sombra de raiva me atravessando ao imaginar aquele tolo partindo o coração de Aisha. Eu não permitiria que outra pessoa a deixasse sentir-se assim.— Não, Kiron. Se eu sentisse algo por ele, nunca teria me envolvido com você dessa forma. Eu gosto realmente de você.— Qual o problema, então, Aisha?— Se até Martín achou que eu era… insignificante, como posso acreditar que sou digna de alguém co
Aisha abaixou o olhar, mordendo o lábio, como se tentasse esconder uma tempestade de emoções. Seus olhos brilhavam com dúvidas, enquanto suas mãos tremiam ligeiramente. Era como se ela estivesse presa entre querer confiar em mim e o medo de se machucar novamente.Observei a hesitação dela, compreendendo que minhas palavras haviam mexido profundamente com ela. Me aproximei lentamente, respeitando seu espaço, mas sem deixar de expressar minha determinação.— Eu sei que é muita coisa para absorver, mas vou estar ao seu lado, Aisha, em cada passo. E não tenho a menor dúvida de que você é exatamente o que preciso. Nada mudará o que eu sinto.Aisha ergueu os olhos para encontrar os meus, ainda cautelosa, mas algo dentro dela reconhecia a verdade em minhas palavras.— Eu… eu não sei se consigo… — Disse ela, as palavras saindo como um sussurro carregado de incertezas.Aproximei-me mais dela e a abracei.— Você não precisa temer, meu amor, darei o tempo que você precisar para absorver tudo iss
Quando chegamos ao local, todos olhavam para nós sem saber o que estava acontecendo. Além de meu carro, havia mais dois nos seguindo. Paramos diante da casa que indicaram ser a do alfa, e logo aquele idiota do Martín e seus pais saíram de lá.— O que aconteceu para essa visita tão inesperada, rei Kiron? — Ele perguntou, surpreso.— Queremos falar com Aisha, Martín. — Disse. Ele olhou para seus pais, que o encaravam sem entender o que estava acontecendo.— Aisha não aparece em nossa alcateia faz algum tempo. Ela encontra-se morando no apartamento de uma amiga da faculdade.— Como assim, Martín? O que aconteceu com a garota? — Seu pai perguntou. Apostava que ninguém sabia que ele a havia rejeitado.— Nada, papai. Ela apenas resolveu morar com uma amiga. Como ela é uma loba defeituosa…Meu lycan não aceitou aquilo. Com um simples passo, estava com o pescoço daquele alfa em nossa mão, e meu lycan rosnou para ele.— Nunca mais repita isso dela, você entendeu? — Perguntei calmamente, mas ca
Não esperava por isso. Maximus permanecia ajoelhado no chão, os olhos fixos na pequena pulseira de ouro branco em sua mão. A tensão em seu corpo mostrava o quanto ele estava lutando contra a dor que parecia ressurgir das profundezas. Era como se cada detalhe da pulseira, cada contorno do pingente de lótus, trouxesse à tona memórias enterradas, mas nunca esquecidas.Eu observei a cena em silêncio, sentindo o peso daquele momento como se fosse meu também. A descoberta daquela carta, tão cuidadosamente guardada, trazia consigo um passado que nenhum de nós esperava encontrar.— Eles a salvaram, e eu os matei. — Maximus disse, seu lycan afundado em uma tristeza profunda.— Você não tinha como saber, Maximus. Seu lycan sentiu provavelmente o cheiro dela. O instinto do seu animal era caçar qualquer um que pudesse tê-la levado, e ele o trouxe bem próximo de sua filha.— E mais uma vez eu a perdi.— Vamos encontrá-la, meu amigo. Isso eu posso garantir a você. Nem que para isso precise colocar
AISHAQuando cheguei à universidade e notei um carro com dois lobos que não faziam parte do corpo estudantil, sabia que algo estava errado. Quando eles caminharam em minha direção e na direção de Maitê, sabia que estava encrencada.— Você precisa vir conosco. — Um dos lobos ordenou.— Ela não precisa ir com nenhum de vocês se ela não quiser. — Maitê disse, sem ter noção de quem eram aqueles homens, ou até mesmo sem noção do que eram capazes.— Maitê, não tente me ajudar, apenas se afaste e mantenha-se segura.— O que está acontecendo, Aisha?— Não tenho como explicar agora, só vai, por favor…Quando minha amiga deu os primeiros passos para se afastar, aqueles lobos me cercaram. Sentia seus olhares pesados sobre mim, cada um emanando uma tensão palpável. Um deles se aproximou ainda mais.— Por que preciso ir? O que está acontecendo? — Perguntei, tentando controlar o tremor na voz.— As ordens são para te levar apenas, não para responder seus questionamentos. Você pode caminhar com as p
Estava determinada a escapar do cativeiro sufocante onde estava sendo mantida contra minha vontade. No meio daquela discussão entre Kathy e James, vi a oportunidade perfeita para escapar.Com movimentos rápidos e silenciosos, me desvencilhei das amarras rudimentares que me prendiam. Meus olhos vasculhavam o ambiente em busca de uma saída. O coração batia descompassado em meu peito enquanto tentava manter a calma.Entretanto, antes que pudesse sair definitivamente correndo pela porta, Kathy segurou-me pelos cabelos. Seus olhos faiscavam de raiva enquanto me arrastava de volta para o quarto.— Acha que pode escapar de nós, sua cadela? — Kathy rosnou entre dentes, empurrando-me contra a parede com força suficiente para fazer-me gemer de dor.Tentei me debater, mas o agressivo domínio de Kathy sobre mim era implacável. Ela era mais forte e voltou a me agredir novamente, um golpe duro atingiu o meu rosto, e quando ela fez suas garras surgirem, realmente me assustei.— Kathy, pare com isso!