KIRONNão estava muito animado para aquela noite. No entanto, não podia cancelar aquela reunião com o alfa. Meu humor não era dos melhores. Já havia levantado toda a ficha daquele garoto.Ele havia assumido o lugar do pai recentemente, e três dos seus lobos foram mortos por Maximus. Participaria daquele encontro apenas como uma forma de cortesia para demonstrar estarmos empenhados em capturar aquele lycan.Ao entrar no restaurante Le Faux, fui imediatamente atingido por um aroma familiar e intoxicante: era ela, minha Aisha. Meu coração acelerou e meus olhos começaram a varrer o ambiente em busca dela, mas não a vi em canto algum.Fui conduzido à mesa dos nossos anfitriões e, ao me aproximar, finalmente a encontrei. Ela não fazia parte do grupo, mas sim da equipe de funcionários daquele restaurante. Aisha estava deslumbrante, mesmo que em seu uniforme. Cada gesto seu parecia puxar meus sentidos, impossibilitando-me de me concentrar em outra coisa.Meu lycan ansiava por tê-la em meus br
AISHAEu estava entre a perplexidade e a hesitação enquanto Kiron me segurava gentilmente em seus braços. Meus olhos encontraram os dele, buscando respostas que eu ainda não tinha certeza se queria encontrar.Ele me encarava com uma intensidade que fazia meu coração acelerar e, ao mesmo tempo, uma calma reconfortante que me fazia questionar minhas próprias dúvidas.Quando ele disse que eu era a outra metade dele, com uma voz suave, mas carregada de convicção, eu não sabia mais como agir.Senti sua mão acariciar delicadamente meu rosto, enviando um arrepio suave pela minha pele. Eu queria acreditar nele, queria me permitir acreditar naquelas palavras, mas como explicar minha ligação com Martín? Kiron seria o milagre da segunda chance?Nunca vi isso acontecer. Kiron inclinou-se para mais perto, seus lábios quase tocando os meus, mas ele hesitou, dando-me espaço para decidir. Meus olhos se fecharam involuntariamente, meu coração batendo forte enquanto esperava pelo próximo movimento.Sen
KIRONQuando Aisha me conduziu até aquele sofá e sentou-se sobre mim daquela maneira, lutei internamente para controlar meu lycan. Eu sabia que marcar Aisha como minha era um passo inevitável, mas queria que isso acontecesse com o consentimento dela.Enquanto fazíamos amor, meu desejo de marcá-la se intensificava. Eu sentia minhas presas ameaçando sair, a necessidade primal de cravar meus dentes no pescoço de Aisha quase insuportável.Mas, com uma força de vontade tremenda, eu me segurei. Cada vez que o impulso surgia, eu lembrava ao meu lycan o que ela representava para nós dois, e que talvez, se fizéssemos isso antes de revelar toda a verdade para ela, Aisha nunca nos perdoaria.Sabia que ela podia sentir que nossa conexão era palpável, mesmo que ainda não tenha se transformado em sua loba e não sentisse plenamente o vínculo predestinado entre nós.Eu precisava revelar para ela minha verdadeira identidade. Eu não era apenas um lycan comum. Era o rei dos lycans. Isso significa que, a
Aquele lobo ofegava, claramente assustado, mas não sentia pena alguma. A imagem de Aisha, sua dor, seu sofrimento, passava pela minha mente como um filme torturante. Eu sabia que precisava encontrar uma maneira de ajudá-la a superar isso, de fazê-la sentir-se segura novamente.— Se eu souber que qualquer outro colocou as mãos nela de novo, vão desejar nunca ter cruzado meu caminho. — Disse, minha voz baixa e ameaçadora. — Eles terão o mesmo fim que você, lento.Antes de deixar aquela sala, chutei aquele lobo idiota algumas vezes, até quebrar algumas de suas costelas. Sabia que dentro de algumas horas ele estaria recuperado devido à sua condição de lobo, mas faria questão de voltar aqui ou enviar um dos meus homens para causar o mesmo estrago nele novamente.— O que você pretende fazer agora? — Petrus perguntou.— Preciso descobrir quem sabia disso. E espero que seja um grupo restrito, porque estou disposto a acabar com aquela alcateia se todos estiverem envolvidos.— Uma coisa na fala
Ele pareceu desnorteado por um momento, lutando contra aquela ordem. O ar estava carregado de tensão e expectativa. Maximus caiu de joelho, tremendo enquanto lutava contra a loucura que o dominava. Meus olhos fixaram-se nele, intensos e determinados.— Maximus, escute-me bem… — disse, minha voz ganhando uma firmeza inquebrantável. — Como seu rei, eu ordeno que você volte à sua humanidade.Maximus estremeceu, os olhos piscando em confusão enquanto ainda resistia. Meu comando, impregnado de autoridade régia, era uma força que nenhum lycan podia resistir. Era uma ordem que vinha do mais profundo laço de lealdade e submissão que unia todos os lycans ao seu líder supremo.— Você é mais do que a besta que a dor tentou criar. — Continuei, minha voz tentando penetrar a mente de Maximus. — Volte para nós. Volte para sua humanidade.Maximus rosnou, tentando lutar contra o poder irresistível da minha ordem. Mas era inútil. Meu comando ressoava dentro dele como um eco profundo, chamando a parte d
Observei-o dar a ordem para outro garçom me servir, e logo em seguida ele entrou em uma área restrita para funcionários. Provavelmente, alertaria aquela loba que alguém a estava procurando no restaurante.Cerca de meia hora depois, senti a fragrância de pêssego com mel chegando até mim. Ela voltou de seu intervalo. Meu olhar percorreu o salão até cruzar com o dela, que conversava com o tal gerente que também me olhava. Ele disse algo para ela que a fez sorrir, e após trocar algumas palavras, ela se dirigiu até minha mesa.— Não posso acreditar que você veio até meu trabalho, Kiron. Isso pode ser caracterizado como assédio pelas leis humanas.Isso me fez sorrir.— Não teria vindo até aqui se você não tivesse fugido mais uma vez do meu apartamento. Sem mencionar que você sabe muito bem que as leis humanas não se aplicam a nós, doce Aisha.— Você precisa melhorar mais a segurança do seu apartamento se sua intenção era me manter presa lá. — Ela disse, o que me fez sorrir ainda mais aberta
Quando entramos no meu carro, puxei-a para o meu colo. O percurso não era longo, então pedi ao motorista para dar uma volta antes de deixá-la em casa. Eu precisava de um tempo com ela. Precisava acalmar meu lycan após o que aconteceu.Se ela carregasse minha marca, não haveria chance alguma de ficar longe de mim depois do que houve. Eu a manteria ao meu lado até descobrir quem foi o infeliz que causou aquele estrago no carro dela.Nos beijamos, mas tanto eu quanto meu lycan queríamos muito mais do que isso. Meu carro não era uma limusine, mas era adaptado, então tínhamos espaço na parte de trás, além do vidro que separava a parte traseira do motorista.O que não facilitava era ela estar de calça. Meus beijos buscaram seu pescoço, minhas mãos deslizaram por baixo de sua blusa, alcançando seus seios, enquanto eu podia ouvir a respiração de Aisha mais audível.Ela pressionou seu quadril contra o meu, buscando mais atrito. No instante seguinte, minhas mãos ergueram sua blusa, enquanto min
Ela pareceu constrangida com o que falei, e tinha ideia do motivo, mas eu queria ter certeza de que ele foi o idiota que a rejeitou.— Estou certo disso? — Perguntei, analisando-a. Ela se manteve em silêncio por um momento, e quando imaginei que ela não fosse mais falar…— Não… ele encontrou sua luna, mas me rejeitou.Agora tudo fazia sentido. Realmente, eu estava certo em meus pensamentos. Só não conseguia entender porque ela não aceitava nossa ligação. Será que ainda nutria sentimentos por aquele idiota?— Você está me rejeitando por ele? — O rosnado escapou antes que eu pudesse me conter, uma sombra de raiva me atravessando ao imaginar aquele tolo partindo o coração de Aisha. Eu não permitiria que outra pessoa a deixasse sentir-se assim.— Não, Kiron. Se eu sentisse algo por ele, nunca teria me envolvido com você dessa forma. Eu gosto realmente de você.— Qual o problema, então, Aisha?— Se até Martín achou que eu era… insignificante, como posso acreditar que sou digna de alguém co