KIRONQuando Aisha me conduziu até aquele sofá e sentou-se sobre mim daquela maneira, lutei internamente para controlar meu lycan. Eu sabia que marcar Aisha como minha era um passo inevitável, mas queria que isso acontecesse com o consentimento dela.Enquanto fazíamos amor, meu desejo de marcá-la se intensificava. Eu sentia minhas presas ameaçando sair, a necessidade primal de cravar meus dentes no pescoço de Aisha quase insuportável.Mas, com uma força de vontade tremenda, eu me segurei. Cada vez que o impulso surgia, eu lembrava ao meu lycan o que ela representava para nós dois, e que talvez, se fizéssemos isso antes de revelar toda a verdade para ela, Aisha nunca nos perdoaria.Sabia que ela podia sentir que nossa conexão era palpável, mesmo que ainda não tenha se transformado em sua loba e não sentisse plenamente o vínculo predestinado entre nós.Eu precisava revelar para ela minha verdadeira identidade. Eu não era apenas um lycan comum. Era o rei dos lycans. Isso significa que, a
Aquele lobo ofegava, claramente assustado, mas não sentia pena alguma. A imagem de Aisha, sua dor, seu sofrimento, passava pela minha mente como um filme torturante. Eu sabia que precisava encontrar uma maneira de ajudá-la a superar isso, de fazê-la sentir-se segura novamente.— Se eu souber que qualquer outro colocou as mãos nela de novo, vão desejar nunca ter cruzado meu caminho. — Disse, minha voz baixa e ameaçadora. — Eles terão o mesmo fim que você, lento.Antes de deixar aquela sala, chutei aquele lobo idiota algumas vezes, até quebrar algumas de suas costelas. Sabia que dentro de algumas horas ele estaria recuperado devido à sua condição de lobo, mas faria questão de voltar aqui ou enviar um dos meus homens para causar o mesmo estrago nele novamente.— O que você pretende fazer agora? — Petrus perguntou.— Preciso descobrir quem sabia disso. E espero que seja um grupo restrito, porque estou disposto a acabar com aquela alcateia se todos estiverem envolvidos.— Uma coisa na fala
Ele pareceu desnorteado por um momento, lutando contra aquela ordem. O ar estava carregado de tensão e expectativa. Maximus caiu de joelho, tremendo enquanto lutava contra a loucura que o dominava. Meus olhos fixaram-se nele, intensos e determinados.— Maximus, escute-me bem… — disse, minha voz ganhando uma firmeza inquebrantável. — Como seu rei, eu ordeno que você volte à sua humanidade.Maximus estremeceu, os olhos piscando em confusão enquanto ainda resistia. Meu comando, impregnado de autoridade régia, era uma força que nenhum lycan podia resistir. Era uma ordem que vinha do mais profundo laço de lealdade e submissão que unia todos os lycans ao seu líder supremo.— Você é mais do que a besta que a dor tentou criar. — Continuei, minha voz tentando penetrar a mente de Maximus. — Volte para nós. Volte para sua humanidade.Maximus rosnou, tentando lutar contra o poder irresistível da minha ordem. Mas era inútil. Meu comando ressoava dentro dele como um eco profundo, chamando a parte d
Observei-o dar a ordem para outro garçom me servir, e logo em seguida ele entrou em uma área restrita para funcionários. Provavelmente, alertaria aquela loba que alguém a estava procurando no restaurante.Cerca de meia hora depois, senti a fragrância de pêssego com mel chegando até mim. Ela voltou de seu intervalo. Meu olhar percorreu o salão até cruzar com o dela, que conversava com o tal gerente que também me olhava. Ele disse algo para ela que a fez sorrir, e após trocar algumas palavras, ela se dirigiu até minha mesa.— Não posso acreditar que você veio até meu trabalho, Kiron. Isso pode ser caracterizado como assédio pelas leis humanas.Isso me fez sorrir.— Não teria vindo até aqui se você não tivesse fugido mais uma vez do meu apartamento. Sem mencionar que você sabe muito bem que as leis humanas não se aplicam a nós, doce Aisha.— Você precisa melhorar mais a segurança do seu apartamento se sua intenção era me manter presa lá. — Ela disse, o que me fez sorrir ainda mais aberta
Quando entramos no meu carro, puxei-a para o meu colo. O percurso não era longo, então pedi ao motorista para dar uma volta antes de deixá-la em casa. Eu precisava de um tempo com ela. Precisava acalmar meu lycan após o que aconteceu.Se ela carregasse minha marca, não haveria chance alguma de ficar longe de mim depois do que houve. Eu a manteria ao meu lado até descobrir quem foi o infeliz que causou aquele estrago no carro dela.Nos beijamos, mas tanto eu quanto meu lycan queríamos muito mais do que isso. Meu carro não era uma limusine, mas era adaptado, então tínhamos espaço na parte de trás, além do vidro que separava a parte traseira do motorista.O que não facilitava era ela estar de calça. Meus beijos buscaram seu pescoço, minhas mãos deslizaram por baixo de sua blusa, alcançando seus seios, enquanto eu podia ouvir a respiração de Aisha mais audível.Ela pressionou seu quadril contra o meu, buscando mais atrito. No instante seguinte, minhas mãos ergueram sua blusa, enquanto min
Ela pareceu constrangida com o que falei, e tinha ideia do motivo, mas eu queria ter certeza de que ele foi o idiota que a rejeitou.— Estou certo disso? — Perguntei, analisando-a. Ela se manteve em silêncio por um momento, e quando imaginei que ela não fosse mais falar…— Não… ele encontrou sua luna, mas me rejeitou.Agora tudo fazia sentido. Realmente, eu estava certo em meus pensamentos. Só não conseguia entender porque ela não aceitava nossa ligação. Será que ainda nutria sentimentos por aquele idiota?— Você está me rejeitando por ele? — O rosnado escapou antes que eu pudesse me conter, uma sombra de raiva me atravessando ao imaginar aquele tolo partindo o coração de Aisha. Eu não permitiria que outra pessoa a deixasse sentir-se assim.— Não, Kiron. Se eu sentisse algo por ele, nunca teria me envolvido com você dessa forma. Eu gosto realmente de você.— Qual o problema, então, Aisha?— Se até Martín achou que eu era… insignificante, como posso acreditar que sou digna de alguém co
Aisha abaixou o olhar, mordendo o lábio, como se tentasse esconder uma tempestade de emoções. Seus olhos brilhavam com dúvidas, enquanto suas mãos tremiam ligeiramente. Era como se ela estivesse presa entre querer confiar em mim e o medo de se machucar novamente.Observei a hesitação dela, compreendendo que minhas palavras haviam mexido profundamente com ela. Me aproximei lentamente, respeitando seu espaço, mas sem deixar de expressar minha determinação.— Eu sei que é muita coisa para absorver, mas vou estar ao seu lado, Aisha, em cada passo. E não tenho a menor dúvida de que você é exatamente o que preciso. Nada mudará o que eu sinto.Aisha ergueu os olhos para encontrar os meus, ainda cautelosa, mas algo dentro dela reconhecia a verdade em minhas palavras.— Eu… eu não sei se consigo… — Disse ela, as palavras saindo como um sussurro carregado de incertezas.Aproximei-me mais dela e a abracei.— Você não precisa temer, meu amor, darei o tempo que você precisar para absorver tudo iss
Quando chegamos ao local, todos olhavam para nós sem saber o que estava acontecendo. Além de meu carro, havia mais dois nos seguindo. Paramos diante da casa que indicaram ser a do alfa, e logo aquele idiota do Martín e seus pais saíram de lá.— O que aconteceu para essa visita tão inesperada, rei Kiron? — Ele perguntou, surpreso.— Queremos falar com Aisha, Martín. — Disse. Ele olhou para seus pais, que o encaravam sem entender o que estava acontecendo.— Aisha não aparece em nossa alcateia faz algum tempo. Ela encontra-se morando no apartamento de uma amiga da faculdade.— Como assim, Martín? O que aconteceu com a garota? — Seu pai perguntou. Apostava que ninguém sabia que ele a havia rejeitado.— Nada, papai. Ela apenas resolveu morar com uma amiga. Como ela é uma loba defeituosa…Meu lycan não aceitou aquilo. Com um simples passo, estava com o pescoço daquele alfa em nossa mão, e meu lycan rosnou para ele.— Nunca mais repita isso dela, você entendeu? — Perguntei calmamente, mas ca