Enquanto conversávamos na mesa de Kiron, a atmosfera ao redor parecia mais leve e vibrante. Os olhares curiosos dos amigos dele logo se transformaram em sorrisos acolhedores quando começamos a interagir.Maitê, sempre extrovertida, logo se juntou à conversa, fazendo todos rirem com suas histórias engraçadas sobre algumas de nossas aventuras juntas.Eu me sentia estranhamente à vontade ao lado de Kiron, como se o conhecesse há muito mais tempo do que apenas algumas músicas de boate. Seu jeito confiante e atencioso era cativante, e eu me pegava cada vez mais interessada em conhecê-lo melhor.Conversamos sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo. Ele se aproximou mais e, por um momento, nossas conversas eram trocadas ao pé do ouvido, aproveitando a companhia um do outro e o clima descontraído da noite.Kiron mostrou-se genuinamente interessado em minha vida, fazendo perguntas que iam além da superficialidade das conversas de boate. No entanto, eu evitava as perguntas mais pessoais que não p
Ele afastou meus cabelos e beijou a lateral do meu pescoço, repetindo o gesto do lado oposto. Fechei meus olhos e suspirei com aquele contato, era muito bom. Ele tirou a taça da minha mão e a colocou no centro ali próximo, fazendo-me virar para ele. Voltamos a nos encarar e, em seguida, seus lábios envolveram os meus.Achei que ele tinha entendido meu recado quando me mantive em silêncio, eu não desejava falar sobre o futuro, eu queria viver apenas o momento.Seus beijos, que começaram lentos, agora estavam mais profundos, até mesmo necessitados. Ele colou seu corpo ao meu e logo estava pressionada contra aquela parede de vidro.Seu beijo desceu novamente pelo meu pescoço, enquanto sua mão subia até meus seios, fazendo-me gemer involuntariamente. Sua outra mão segurou minha bunda, puxando-me mais para ele, enquanto eu me entregava totalmente ao momento.— Você é irresistível para mim. Tenho que confessar que não aceitaria perder você para ninguém. — Kiron disse, suas mãos percorrendo
A sensação de vulnerabilidade misturada ao desejo me fez ofegar. Por um segundo, o quarto pareceu ficar em silêncio absoluto, como se o mundo ao nosso redor tivesse parado, e o único som fosse o de minha respiração entrecortada.Kiron não se mexeu de imediato. Ele simplesmente permaneceu ali, seus olhos intensos me observando com atenção. Sentindo a leve tensão que surgira, ele afastou a mão, deslizando-a gentilmente pela minha perna até alcançar meu joelho. Seu toque era tão suave que parecia acalmar o nervosismo que havia começado a crescer dentro de mim.— Está tudo bem. — Ele murmurou, sua voz rouca e carregada de cuidado. — Não precisamos continuar. Quero que você se sinta segura, Aisha.Mesmo enquanto o desejo me consumia, uma parte de mim ainda estava incerta. Mas, ao olhar para Kiron, seus olhos repletos de cuidado e devoção, soube que queria confiar nele. Meu corpo ansiava por ele, mesmo que meu coração ainda estivesse se ajustando à intensidade da experiência.Não era medo q
Cada movimento me levava para mais longe de tudo que eu conhecia. Era uma experiência completamente nova, que me fazia questionar não apenas meu corpo, mas também minhas emoções.Kiron investia em mim de forma quase animalesca, fazendo-me gemer e me levando ao limite novamente. Quanto mais ele percebia que eu me aproximava desse momento, mais rápido seus movimentos se tornavam. Seu corpo colou-se ao meu, mas seus movimentos não cessaram.— Consegue sentir isso, doce Aisha? Consegue sentir o quanto estou rendido a você? Você é totalmente minha. Apenas minha.Kiron dizia com a voz afetada pelos movimentos enquanto arremetia contra mim. Sua boca lambia o lóbulo da minha orelha e logo em seguida meu pescoço. Quando chegou na curva para alcançar meu ombro, ele mordeu levemente e fui novamente jogada no limbo.Ele arremeteu mais uma vez, grunhindo como um animal, os movimentos totalmente descontrolados, mostrando que também foi demais para ele, que também alcançou o seu prazer.— Argh — ros
KIRONQuando meus olhos encontraram aquela marcada pela Deusa da Lua exclusivamente para mim, uma corrente elétrica percorreu meu corpo. Cada passo que ela dava ao ritmo pulsante da música me desestabilizava, enquanto a fera dentro de mim rugia, impaciente. Era como se o mundo ao nosso redor desaparecesse, e apenas nós dois existíssemos naquela boate lotada.Havia perdido as esperanças de algum dia encontrar aquela destinada a mim pela Deusa. No entanto, quando me aproximei, algo nela não fazia sentido. Seu cheiro, doce e cativante, permanecia inalterado.Era como se estivesse presa no tempo, sem jamais ter atravessado o ritual da transformação. O que isso significava? Por que a deusa me levaria até ela, se seu destino como lycan parecia incompleto? Ela de fato era uma lycan ou apenas uma humana?Isso, na verdade, não importava para mim. Ela era minha e eu precisava tê-la, precisava conhecê-la e me apresentar, não apenas minha versão humana, eu precisava apresentar meu animal a ela, e
AISHAAo deixar o hotel, uma parte de mim hesitou. Queria voltar, ficar ao lado dele, mas sabia que as complicações do meu mundo não permitiriam isso. Precisava preservar meus segredos antes que fosse tarde demais.Tive que passar na boate para pegar meu carro e, em seguida, seguir para o apartamento de Maitê. Minha amiga já havia deixado na portaria a informação de que receberia uma convidada e a placa do meu carro. Dessa forma, o porteiro apenas confirmou os dados e permitiu minha entrada.Assim que o elevador chegou ao seu andar, Maitê me aguardava na porta. Ela me analisou dos pés à cabeça, como se quisesse comprovar que eu estivesse inteira.— Você me deu um baita susto. Eu mal consegui pregar os olhos depois que cheguei em casa. — Ela voltou a me analisar. — Em compensação, você parece muito mais do que bem. — Ela me encarou.— Sim, Maitê, eu estou muito bem, obrigada! — Disse, sorrindo para ela, com minha mala na mão.— Você é louca, Aisha… como você aceitou sair com aquele hom
No dia seguinte, acordei cedo e preparei nosso café da manhã. Precisávamos correr para não nos atrasarmos na faculdade. Durante os intervalos das aulas, comecei a me inscrever em algumas entrevistas de emprego, incluindo uma para hoje depois das aulas.Assim que as aulas terminaram, encontrei Maitê e avisei-a sobre a entrevista. Aquele emprego poderia ser o primeiro passo para a vida que eu queria construir.Eles estavam oferecendo a vaga de garçonete, mas para mim não importava o cargo. Desde que fosse honesto e significasse que eu estava traçando meu próprio caminho, longe das expectativas e julgamentos da alcateia.Nunca trabalhei na área, mas estava disposta a aprender, desde que me dessem alguma oportunidade. Naquele em especial, não tinha muita esperança de ser contratada, mas participaria da seleção.Fui informada, antes mesmo de chegar ao local, que o restaurante não estaria em funcionamento naquele momento, mas que eu poderia entrar para a entrevista. Quando cheguei, em sua e
KIRONPetrus não estava errado. Em momento algum disse que ela era minha companheira. Também não poderia marcá-la sem que ela soubesse o que era e o título que carregava. Queria ter a oportunidade de conquistá-la primeiro para apenas depois revelar tudo isso.— Preciso encontrá-la, Petrus. — Disse.— Ela lhe deu alguma informação? — Ele perguntou.— Ela fugiu de todas as perguntas pessoais que fiz. — Revelei, o que fez com que ele me encarasse novamente.— Por quê?— É isso que pretendo descobrir. Ela tinha um machucado no braço, algo causado por garras, pelo cheiro causado por algum lobo. E o mais estranho… meu lycan acredita que ela é uma de nós, mas ainda não passou pela transformação.— Uma lycan? — Confirmei. — Ela não aparentava ser menor de idade, Kiron. O que explicaria isso? Bruxaria?Era uma possibilidade. Em todos esses anos de minha vida, não ouvi muitas histórias de bruxas envolvidas com lobos ou muito menos lycans, mas nunca se sabe. Antes de afirmar qualquer coisa, prec