92. Amedrontada

Luciana

Eu estava sem chão. Lacrimejei, pressionando meus olhos com angústia e uma raiva insana. Como ela ousava sugerir que matou meu pai só para me meter medo?

— Do que está falando? — Meu tom foi odioso. Ela não podia estar falando sério.

— O seu pai, com toda a importância dele, até hoje não foi vingado, querida. Por que será? — Amélia disse com uma amarga frieza, mas ela queria ser convincente na ameaça. Era um jogo.

— Não pode ser verdade. — Assimilei, apertando meus olhos com os dedos. — Está blefando para me amedrontar! Você é baixa!

Eu senti culpa por falar assim com a mulher que me pariu, mas existem limites para a loucura, e um deles é o crime.

— Ama mesmo esse rapaz? — Ela indagou, num tom agressivo. Ela também

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