Luciana
Suspirei de angústia e tristeza todo o resto do tempo.
— Eu quero você. — Esclareci, caso ele não tenha percebido.
— Tem que querer só eu. — Ele fez uma expressão zangada. Talvez, só de lembrar que meus sentimentos não eram exclusivamente seus, tenha se chateado.
— Chris, eu… — Não completei a frase. Ele estava certo, estava sempre certo. — Eu só quero você.
Sua condição era legítima. Mesmo assim, como ele planejava ficar assim tão perto como estava propondo e não fazer nada?
Não fazia sentido para mim. Ele exigia que eu esquecesse Otávio... Mas, seria muito mais fácil se nossa relação desse um passo adiante.
— Eu vou te conquistar com meu amor, não com meu corpo. — Ele declarou. Fim de conversa.
Eu ache
LucianaVirei o rosto, ruborizada e sem palavras. A sala dele era diferente daquele ângulo. Como não falei nada, ele fechou a mão em meu queixo e me fez olhá-lo. Ele estava bem sério, e disse:— Eu juro que estou tentando te respeitar de todas as formas possíveis, então me ajude.Eu não queria que ele me respeitasse. Eu queria que ele continuasse me mostrando sensações novas e que me tocasse, que fizesse comigo qualquer coisa safada que ele quisesse fazer. Que azar ser justamente a pessoa de quem ele resolve gostar.Então, Christofer se afastou. Eu sei que ele estava fazendo realmente o que disse. Pelo que já aconteceu algumas vezes, ele tinha certa facilidade em ficar “empolgado”, digamos assim.Ele passou alguns minutos no quarto, fazendo algumas arrumações. Eu fui atrás dele um tempo depois para
Luciana— Não sei mais o que fazer para você parar de pensar isso... — Ele suspirou, bem chateado.— Você se incomoda que eu pense isso? — Indaguei.— É claro. Você nunca vai me levar a sério enquanto pensar isso de mim.— Ah, Chris… — Mordi o lábio inferior, preocupada com os pensamentos dele. — Eu levo você a sério, sim. Por isso estamos namorando.Christofer suspirou.— Tem um motivo pelo qual você sonhou tanto com Otávio. De alguma forma, ele pode te oferecer um amor mais maduro. — Christofer falava com o coração agora. — Eu pensei muito nisso. Você precisa de segurança e proteção. Eu sempre sofro algum tipo de assédio aonde quer que eu vá, e sei que isso te incomoda e te afasta de mim.— Eu
LucianaSe ele dormisse antes de mim, não haveria problema. A grande questão era de 3 às 6 horas da manhã, o horário que Alessandra já comentou que eu falava durante o sono.Comi meus pães de queijo e vi que, após muitas indagações internas, Christofer assentiu, derrotado.Eu passei a manhã toda colocando gelo no tornozelo. Estava desinchando tão depressa que Christofer já me achava capaz de ir para a faculdade por mais que eu negasse e dissesse que ia morrer com a perna doendo.Ele passava muito tempo rabiscando papéis e usava um óculos que o deixava super fofo. Eu deixava a porta fechada para não atrapalhá-lo e ficava assistindo Casos de família pelo Youtube na Smart TV do quarto dele. Insisti para ficar reclusa dessa vez, assim garantindo que ia atrapalhá-lo o mínimo possível.<
NarradorLuciana continuou sua aula normalmente. Suspirava, sem querer, enquanto ouvia algumas coisas a seu respeito.— Ela tem um namorado, mesmo.— Como ela conseguiu aquele cara tão bonito?— Ele é um tesão.— A Estela mentiu?— Ele não era acompanhante dela?Apesar de gostar do que ouviu, Luciana preferia ser invisível. Principalmente porque Alessandra não estava ali.Estela, de fato, não gostou nada da situação exposta e de passar por mentirosa. No intervalo, às 10 horas, ela pegou o celular e foi nervosamente trocar mensagens com o aluno fantasma: Renan.Ele não respondeu a nenhuma das mensagens dela, então ela teve que ligar. Com uma voz de sono, já que ainda faltavam 2h para ele acordar em seu horário habitual, Renan atendeu e disse:— O que vo
Luciana— V-V-Vo-Você me ama? — Perguntei, tão nervosa que meus joelhos tremulavam. Por que ele disse aquilo? Ele está apenas acalorado pelo momento.Amor é algo muito forte. Muito, muito sério.Eu pensava nesse sentimento como algo que se adquire após anos de casado.— Sim. — Ele disse, ruborizado, com os lábios já muito perto e se aproximando cada vez mais. Seus dedos insistentemente percorriam meus cabelos. — Eu te amo e nada vai apagar o que sinto.Pensei em ter um desmaio. Senti minha pressão descendo, meus antebraços se eriçando. Cada poro doeu agudamente.Eu nunca imaginei que poderia provocar o amor de alguém.Eu não sabia como reagir a uma declaração dessas, e não sabia como corresponder, mas quando fui ver era tarde demais. Os lábio
LucianaEu acordei muito bem. Tinha ido dormir cedo no dia anterior e meu corpo parecia completamente revigorado.Olhei para o despertador prateado de Christofer. Eram 6:10 ainda, um recorde. Eu me espreguicei e soltei um gritinho. Olhei para o lado, Christofer ainda dormia.Eu nunca o vi dormir, ele sempre acordava antes de mim. Ele dormia como se estivesse meditando, e isso me assustou um pouco, parecia morto. Toquei a veia do pescoço dele para sentir a pulsação e, graças a deus, estava lá. Christofer abriu os olhos quando o toquei e eu dei um pulinho.— Bom dia. — Ele sorriu e me puxou para um abraço. Eu me despejei sobre o peito dele, sentindo suas mãos acariciando meus cabelos.— Bom dia. — Respondi, sorridente.Bem, tinha uma coisa que eu sempre quis fazer e nunca tinha me dado a oportunidade. Agora que éramos namorados, e um
LucianaChristofer encontrou o caminho bloqueado. Simplesmente não entrava. Acredito que era normal, pelo fato de eu ser virgem. Eu mordi o lábio de dor devido a esta investida, ainda que não tivesse entrado. Contudo, parecia impossível de abrir caminho, e eu fiquei sem ar.Antes que pudesse reivindicar que não ia dar, Christofer ofegou e se preparou para empurrar. Os dedos dele se entrelaçaram aos meus, e ele lambeu os lábios. Acho que estava sentindo um prazer enorme desde já.Será que eu nasci sem buraco? Não é possível. Bem, eu pensei em tentar suportar mais um pouco. Ele sabia o que fazer.Christofer foi o mais delicado possível, mas não tinha jeito, o caminho era árduo. Seu pau entrou muito pouco, mas saiu me arrebentando. Senti como se ele tivesse me rasgado toda.Eu senti vontade de chorar. Dei um pulo invo
Luciana— Você quer beber aqui? — Ele perguntou, chegando até a mesa onde eu estava. Ele tinha comprado alguns donuts, mas eu não consegui ficar empolgada.— Não! — Falei um pouco rispidamente, e depois me corrigi. — Digo, eu quero sair daqui o mais rápido possível.— Você viu, não é? — Ele indagou, enquanto saíamos do estabelecimento.— Não sei do que está falando. — Suspirei, evitando olhar nos olhos dele. Christofer sabia quando eu mentia, e eu não queria outra conversa, já tínhamos falado mais cedo sobre isso. Ele ia falar que eu sou a única pessoa que importa e etecétera.— Ok. — Ele disse. Nós comemos em um restaurante e fomos embora. A noite não foi, necessariamente, agradável. Agora os olhares das mulheres em