- Uma balada? O endereço tá certo?
Ed olhou novamente o celular.
- Está certo sim Johnny. Esse é o endereço da Alexia. Pelo menos é o endereço que ela forneceu pra empresa, e depois confirmou.
- Iiihhh… isso tá me cheirando confusão. - comentou Sezão.
- Mas que tipo de gente
- Sua história é comovente; infelizmente não estou aqui para testar emoções, estou para uma discussão racional, e não entendi o que você quis argumentar com tudo isso. Diego percebeu que o sequestrador tinha ficado mexido com a história, mas estava longe de ser convido a libertá-lo. - Quis demonstrar tudo é questão de percepção. Eu sou o mesmo Diego para meu pai, para meus ex-vizinhos, para toda a sociedade, mas cada uma me interpreta de uma forma. Me julga conforme seus próprios critérios. Para alguns sou apenas um cara legal, para outros sou um pervertido, para outros sou exemplo de coragem… para a moça da cafeteria sou apenas o cara que todos os dias senta na mesa ao lado da janela e pede o mesmo tipo de café. Então não sou eu que tenho que ser “trabalhado”, são vocês que tem que entender porque uma escolha MINHA afeta tanto vocês. Diego se levantou, caminhou até o sequestrador e sentou-se ao lado dele, encarando-o. - Eu nunca sequestraria alguém.<
– Não acredito! - falou Diego.Em cima do sofá estava uma chave, que Diego concluiu ser de alguma porta. Sem pensar muito, pegou a chave e correu até a porta, que estava destrancada.“Ele ficou tão envolvido na conversa que esqueceu de trancar a porta”, pensou.Ao contrário do que imaginava, a porta daquele cômodo não dava para outra parte de uma casa, e sim saía diretamente na parte externa.Para seu espanto, tudo que ele enxergou foi um milharal.“Meus Deus, é por isso que eu não escutava barulho nenhum. Eu estou no meio do nada!”.Olhou para o local onde estava preso: era uma casinha minúscula, com aparência de abandonada, provavelmente para não chamar a atenção.“Se eu correr pelo milharal, posso ficar perdido, pode ter quilômetros de plantação”.Decidiu dar a v
- Ai minha Nossa Senhora dos carros velhos, me ajuda a ligar esse negócio!!!A caminhonete então ligou, para alívio de Diego. Porém, quando ia acelerar o carro, foi puxado pelo colarinho da camisa e bateu a cabeça na porta do carro.- ME SOLTA SEU MALUCO! - gritou, mas continuou sendo puxado.- NÓS AINDA NÃO TERMINAMOS!!! – rebateu o sequestrador.Num ímpeto de desespero, Diego desligou o carro, tirou a chave da ignição e falou:- Quem decide isso SOU EU!!!E rapidamente acertou um golpe com a chave no rosto do homem, que imediatamente o soltou e começou a urrar de dor.Diego voltou a dar partida e acelerou o carro, deixando o homem para trás cercado em uma nuvem de poeira.No GPS marcava 03:00 horas da madrugada.Diego sentiu um arrepio, mas seguiu sem olhar para trás.XXXXDesanimados por não tere
Diego contou tudo aos amigos, antes de qualquer um deles considerar que deviam avisar a polícia. Tão logo foi avisado, Allan chegou na mansão de Johnny e Alice, e Diego contou novamente toda a história, com todos os detalhes que sua memória ainda em choque e seu corpo exausto permitiram.- Isso é fascinante, meu caro! É digno de uma história de suspense. – falou Allan.- Está mais para história de terror. – comentou Wanda.- Isso tudo é uma loucura. Será que esse cara tem uma vida normal? Tipo, é professor em alguma escola, ou gerente de um banco ou, sei lá, caixa de um supermercado? Será que alguma de nós já cruzou alguma vez com ele por aí, sem saber que estava diante de um psicopata preconceituoso? – indagou Alice.- Olha – re
- Vocês estão proibidos de ir! Entenderam? PROIBIDOS!!! - gritou Allan, deixando o clima ainda mais tenso.- Você está louco se acha que eu não vou tomar nenhuma atitude! - gritou Johnny, em resposta.- Ahhhh, calem a boca vocês dois!!! - falou Sezão, irritado. - Até quando vocês vão agir como dois moleques mimados? Nós estamos na mesma equipe, droga! Aquilo parecia um labirinto. Cada vez que avançavam um pouco, chegavam numa rua sem saída e precisavam retornar. O clima de frustração do grupo era tão pesado que é quase como se pudesse ser sentido no ar.Johnny chegou em casa e não queria conversar, mas achou injusto não deixar Alice a par dos últimos acontecimentos. O clima entre eles não estava dos melhores, e a última coisa que ele queria agora é se afastar da pessoa que ele mais amava.Abriu um vinho, serviu uma taça para ela e outra para ele e, sentados no sofá da sala, conversaram sobre a morte de Eddie.- Eu sinto muito, amor. Sei o quanto isso está abalando você, e sei também que parece um beco sem saída, mas esses bandidos não são perfeitos, em algum momento eles vão dar algum deslize. SóEvidências
Johnny chega na recepção do hospital, aflito. Após receber informações, corre pelos corredores até o hall de espera do Centro de Tratamento Intensivo.Lá ele vê dois grupos: um era formado por Wanda e Ed, sentados no sofá, lado a lado; o outro formado pelo detetive Allan, três policiais militares e dois homens de terno e gravata. Allan parecia agitado e falava muito, enquanto os demais falavam calmamente. Porém, quando notaram a presença de Johnny, todos se calaram.- Onde está a Alice? – Perguntou Johnny à Wanda, deixando transparecer na voz o sentimento de desespero. – Ela está bem?Wanda levantou-se para encontra-lo, e logo puxou-o pelo braço, lhe conduzindo até o sofá.- Está fazendo alguns exames. Vem cá Johnny, sente-se. Fique calmo que eu vou te explicar tudo.- Eu estou bem Wanda. A últ
Johnny fechou os olhos e ficou alguns segundos parado; Wanda, que já o conhecia há bastante tempo, sabia que aquele era um mau sinal.- Desculpa Wanda, acho que eu me distraí... achei que tinha escutado você falar algo, mas entendi errado... você pode repetir?- Não Johnny, você não entendeu errado. A Alice estava na casa do Allan quando caiu... ou levou um tiro, não sei... Olha, eu sei que tudo isso é confuso e horrível, mas é tudo que eu sei. Ela estava na casa dele, algo aconteceu e ele chegou aqui no hospital com ela. Pelo menos essa é a versão que ele contou para mim e para os policiais.Wanda esperou Johnny responder raivosamente, mas ele não soltou uma sílaba. Em vez disso, ele olhou em direção ao detetive Allan, que ainda conversava com os policiais e com os caras de terno. No segundo que Wanda se deu conta do que iria acontecer, j&a