Natalie Hartmann White
2 Dias depois do sequestro
Já fazem quarenta e oito horas desde o desaparecimento do meu bebê, e não temos notícias, nenhum telefonema, absolutamente nada. Há quarenta e oito horas que sangro sem parar e cada vez mais uma quantidade maior.
Dois dias que eu não sei o que é comer, dormir, tudo o que eu faço é respirar, e ás vezes para ser bem sincera eu nem queria estar respirando, eu praticamente não vivo, e também não faço questão de continuar viva sem meu filho. Minha casa se transformou em um entra e saí de pessoas desconhecidas com seus uniformes da policia, m
Natalie Hartmann White1 semana depoisAssim passou a pior semana da minha vida, sem noticias, cada vez mais minha esperança diminuindo, restando apenas o doloroso sofrimento. O delegado Albert, disse que as duas pessoas que estavam sendo investigadas foram dispensadas após provarem que não teriam nenhum evolvimento com o ocorrido. Ou seja, Brian e Brianna, restando apenas dúvidas de quem fez isso com a minha família.Confesso que fiquei confusa do porque fariam isso comigo, quem poderia ter tanta raiva de nós dois a ponto de fazer algo desse extremo, sequestrar nosso filho, uma criança.
— A pessoa que sequestrou a criança, pode estar ligada diretamente com o roubo em sua loja, pois, coincidência, não foi. — Comenta interessado — Os eventos estão muito perto um do outro para ser somente coincidência, o sequestrador planejou te manter longe e planejar todos os seus passos, você comentou que no primeiro incidente, você viajou com seu filho — Aceno que sim — Provavelmente ele observou sua rota de embarque, e soube agir no momento certo dessa vez.— Isso eu já sabia. — Fala Sebastian — Observamos diversas vezes um carro nos seguindo, ou até mesmo seguindo a Natalie— Eu sei que já falei, mas o que temos aqui é muito pouco, eles conseguiram não deixar rastro algum e praticamente sumiram do mapa com a criança. — Diz fazendo com o que restava de mim ruir como um monte de areia, o detetive se desculpa logo em seguida devido as palavras que usou. — Porém essa informação nova nos ajudou bastante, vamos ficar de olhos atentos, eles irão começar a dar as caras para ficarem por
— Vamos sim — Respondo. Seguimos para a garagem e entramos na suv preta de Sebastian pois os vidros são mais escuros que os do meu carro. Com a liberação do segurança ele começa a dirigir e paramos novamente para tentar passar pelos paparazzi que novamente estão no meu portão. Logo os flashes começam a serem disparados em nossa direção, viro meu rosto e meus olhos se enche de lágrimas ao ver o carinho das pessoas que mesmo não nos conhecendo, gostam de nós e da nossa família.O muro da minha casa com diversas flores e algumas pessoas com cartazes dizendo "Força Natalie e Sebastian" "O Noah vai voltar" "Estamos orando por vocês". Limpo minhas lágrimas que caíram e aceno para essas pessoas ali em nosso portão agradecida por estarem orando por nós, Sebastian desce um pouco o vidro e pego um ursinho de um fã que diz que tudo vai ficar bem, agradecemos e logo meu amor parte com o carro e segura minha mão, respiro fundo tentando controlar minhas lágrimas e fazemos a viagem em silêncio rumo
— Então com um segurança apenas fomos para o aeroporto, pedi para que ele comprasse um café para mim apenas para se distanciar de nós e quando a senhora Natalie se afastou, eu fingi que estava distraída no jornal e a criança foi levada, já havia comunicado o horário do nosso voo. — Fala friamente como se não estivesse arrependida — Eu fiz tudo isso para salvar o meu filho, eu não posso perder meu pequeno—Você viu o rosto do sequestrador? — Pergunta— Você o conhece?.—Não, ele estava com um capuz e boné e em momento algum olhou em minha direção — Diz — Não é só ele, uma coisa que eu descobrir é qu
3 semanas depois do sequestroTrês semanas se passaram, três semanas sem meu filho nos meus braços, sem ouvir sua respiração, sem sentir suas mãozinha em meu rosto me fazendo acordar quando dormia comigo, sem sua gargalhada.Três semanas que sinto meu coração sangrar, tudo que faço é olhar seu berço vazio, sem a razão da minha vida dormindo nele. Estou cansada de ouvir que tudo vai ficar bem, sendo que não vai, depois da morte da Maria eu tive certeza que ele não vai voltar, eu perdi meu filho.Eu perdi meu bebê para sempre, eu não sei o que fiz de tão ruim
— Ela vai ficar bem, ela é forte, meu filho. — Diz seu avô sentado no banco em minha frente, mesmo tentando me tranquilizar, vejo o quão apreensivo ele também está, Natalie é a sua garotinha.— Vocês não viram como ela estava, ela estava pálida, gelada. Ela tomou o frasco todo de remédio... — Falo me lembrando daquela triste imagem. — Ela estava indo tão bem, começávamos a voltar a acreditar que tudo ficaria bem, que iríamos encontrar nosso pequeno, mas quando o delegado falou que o Noah poderia estar morto, nosso mundo desabou. Não temos respostas a semanas, ela não se alimenta direito, eu tento me dobrar mais não consigo ficar em quatro lugares ao mesmo tempo. — Finalizo voltando a chorar.
Ouvir minha mulher justificando sua tristeza e o que a motivou de tentar o suicidio é o que mais me matou, ver a sua dor, o quão difícil está sendo e ainda mais com ela sendo mãe, nós perdemos o nosso bem mais precioso, nosso filho.— Tudo bem... — Falo acariciando seus dedos— Não Bastian, não está nada bem, por isso que por esse bebê eu vou tentar ser forte, nem você e nem nosso filho merecem minha fraqueza. Vamos procurá-lo todos dias por nossa conta, vou voltar ao meu trabalho pois se como o detetive disse que provavelmente estariam fazendo isso para nos separar, vou mostrar pra eles que somos fortes e vamos achar o Noah. — Fala decidida me fazendo esboçar um sorriso de orgulho.
Depois da minha primeira consulta com a psicóloga ainda no hospital eu vi o quanto eu estava precisando daquilo e realmente foi um divisor de águas para mim, agora uma semana depois da minha alta, tendo um acompanhamento de Trace mais de perto vejo o quanto está me ajundando e essa evolução é perceptível para todos.Minha mãe ainda passa boa parte do dia comigo sempre inventando coisas para fazer e consequentemente me tirar de casa, o que deixa Sebastian feliz sabendo que estou me permitindo voltar a sair, e isso me deixa aliviada e sem aquela sensação de ser um fardo na vida da minha família, as vezes esse sentimento insiste em voltar, mas agora já sei que preciso respirar fundo, me concentrar em minha família e no amor que eles tem por mim, e que tudo vai ficar bem, Deus está no controle.Outra coisa que me ajudou muito foi a fé, algo que sempre tive comigo, mais neste momento se tornou meu foco principal, sem Deus eu não estaria nem aqui, e eu sei que onde meu filho estiver, sei qu