Ouço o vibrar do seu celular, em modo automático ele atende — Alô? — Ele escuta, enquanto eu mal consigo processar o que está apostando. A voz do delegado é clara, ainda que distante para mim. — Fiquem calmos, não façam nenhum movimento brusco — ele diz. — Estamos perto. Mantenham a calma.
Minhas pernas quase falham ao ouvir essas palavras. Minha cabeça gira, até que meu olhar se fixa em Brianna, sentada à distância. Ela está com o cabelo curto, totalmente diferente do que eu lembro. Usa óculos escuros grandes, como se estivesse tentando se disfarçar, mas o ódio e a dor que eu senti nos últimos meses se tornaram inconfundíveis.
Meu bebê, nosso Noah, está a poucos metros de nós. Ele está ali, de pé, agora está andando sozinho, o mesmo cabelo desordenado pelo vento, a mesma carinha inoc
Ainda não estava conseguindo acreditar que meu pequeno estava ali na minha frente, quanto tempo sonhei com isso, em vê-lo novamente, tocá-lo, sentir seu cheiro. Quando levaram ele para fazer os exames de corpo de delito a procura de alguns possíveis maus-tratos tive uma crise de ansiedade, e por esse motivo a cada exame feito a policial relata se foram encontrados alguns machucados ou não, sei que o que ela está fazendo é contra as regras, mas não posso deixar de sentir gratidão por este atoForam encontrados algumas marcas que condizem com marcas de beliscões, e infelizmente marcas de cintos, a vagabunda da Brianna bateu no meu filho de cinto. A minha vontade foi ir até a sala de depoimento onde ela está com o delegado e fazê-la sentir toda a dor que meu pequeno sentiu
— Pra que? — Pergunto — Você não gosta do Sebastian, e depois do ocorrido no aniversário da minha mãe, eu não quero ver você — Informo— Eu quero ver se você está bem — Diz — E também se tem alguma notícia do Noah — Fecho minhas mãos com raiva, é nesse momento que tenho a certeza que ele está envolvido, a aflição em sua voz é muito suspeita.— Não precisa Bryan, eu tô bem — Falo — E ainda não temos notícia, continuamos procurando.—Mesmo assim eu vou aí. — Fala persistindo
— Isso tudo é culpa daquele pirralho. — Falo com raiva andando de um lado para o outro, sentindo esse lugar imundo me sufocar, imagina quanta gente pobre e suja passou por este lugar— Se você não estivesse insistido para ir pra praia, nada disso estaria acontecendo, e aquela sua mãe ridícula não teria descoberto. — Falo sozinha extravasando minha raiva— Eu vou matar ela, e você não vai ter mais mamãe — Falo sorrindo — Aquele momento família será meu — Me lembrando do abraço deles com nojo.❤Natalie Hartmann WhiteUm mês após o resgate de NoahChego na casa da minha mãe, decidimos passar o dia com ela hoje, esse mês foi muito apreensivo para todos nós, Brian me liga todos os dias e praticamente de hora em hora, tive que comprar outro celular pois o delegado me orientou a não bloquea-lo para não levantar suspeitas. Estamos morando na casa de Sebastian que é uma verdadeira fortaleza e o melhor, Bryan não sabe onde fica e isso me tranquiliza, nesse mês começamos também a procurar uma c
— Não se preocupe, seu noivo nos informou que a senhorita está priorizando seu filho, e está certa, foi muito tempo longe dele — Diz sorrindente ao ver Noah brincando com Bob no tapete— Querem algo para beber? — Pergunta minha mãe — Estamos esperando nosso advogado chegar.— Um café seria maravilhoso, obrigado. — Pede sendo seguido pelos demais.❤Em questão de minutos nosso advogado chega e por fim podemos começar o assunto, pois já estava ficando ansiosa sem saber o real motivo da visita de todas essas pessoas.— Bom, senhorita Natalie — Começa o delegado — Como a senhora bem sabe o caso do sequestro do Noah, é algo delicado, por se tratar de um menor e envolver epísodios de possíveis agressões — Diz e eu aceno — Sabemos que ele fala bem pouco, então precisaremos de sua ajuda pa
Não sei quanto tempo aproximadamente demoramos para chegar no aeroporto, estava tendo uma crise de ansiedade, uma crise de raiva, não sabia distinguir qual estava pior, só queria ver aquela safada, estou com tanta raiva que acabei com meus dedos de tanta pele tirei rente a unha.Sebastian não está diferente, chegamos no aeroporto feito um jato, de tão rápido que ele dirigiu pelas pistas, saimos do carro e logo minha atenção se fixa em Brianna dentro da viatura algemada. A pilantra tentou fugir do presídio com ajuda de um policial, porém não conseguiu ir longe. Me sobe uma felicidade mais ao mesmo tempo revolta, pois relembro as marcas no corpo do meu filho e vem um ódio.Ao vê-la sair do carro, não penso duas vezes em me ap
Saio do carro, começo a observar a propriedade da minha sogra enquanto dou a volta no carro para abrir a porta de Natalie, aceno para alguns seguranças, ajudo minha mulher sair do carro segurando a mão em sinal de apoio aperta minha mão, ao entrar na casa da minha sogra somos recebidos pelo nosso advogado Dr. Allan.— Senhor e Senhora Parker. — Nos cumprimenta — Temos ótimas notícias, a clinica já nos enviou o resultado após muita insistência do delegado e sua também senhor Parker, o resultado do DNA do Noah deu positivo. Ele é o filho de vocês e caiu por terra essas argumentações infundadas de Brianna Gosly — Responde, nunca cheguei a congitar que aquela criança não era meu filho, mais por alguma razão o delegado provavelmente estava acreditando na loucura daquela mulher, nos pediu um exame d
Natalie Hartmann WhiteOlhar para o meu pequeno hoje uma criança saudável e feliz, me faz lembrar que eu tomei a melhor decisão da minha vida.Bom, deixa eu me apresentar primeiro. Sou Natalie Hartmann White, tenho vinte e quatro anos, sou uma socialite e empresária, neta e filha de empresário e advogado muito famosos que estão entre os dez mais ricos do mundo, sou brasileira mais moro em Manhattan á vinte anos e.... Sou mãe.Sim, á um ano e cinco meses tive a maior surpresa da minha vida que foi a descoberta do meu pequeno, não fiquei preocupada com a questão financeira pois tenho condições suficientes para bancar meu filho e até meus tataranetos, mas tive medo pois ele seria fruto de um amor de verão como nos filmes adolescente, sabe!.Tudo aconteceu em uma viagem á Paris, tinha feito uma viagem para comemorar o sucesso que minha empresa de moda estava tendo e resolvi ir á paris com minhas amigas e lá foi onde eu conheci o pai de Noah, o Sebastian Horn.Estava em uma balada quando c
— Mah, ele vai pra empresa comigo hoje, então veste uma roupa confortável, uma calça, de moletom, uma blusa confortável e um tênis e pega também aquele gorro pode fazer frio mais tarde.— Claro — Ela fala pegando a roupa do Noah enquanto coloco ele no berço que faz um biquinho lindo para chorar.Noah sempre foi assim, logo que me vê e vem para o meu colo é um amor, mas quando coloco-o no berço já era ele começa a chorar.— mama mama — Ele me chama com aquela voz de bebê lindo.Noah está naquela fase que está aprendendo a falar, andar, ele é tão esperto que me deixa espantada as vezes a forma que ele entende as coisas.— A mamãe já volta, a vovó Mah vai ficar com você — Dou um beijo em seus cabelos escuros e saiu.Chego na cozinha e tomo meu café calmamente, quando termino vou escovar meus dentes e vejo a Mah saindo do quarto com o Noah limpando sua boca.A Maria foi como um anjo para mim, quando tive o Noah eu estava expandindo minha empresa para outros países e estava tudo uma loucur