— Ela vai ficar bem, ela é forte, meu filho. — Diz seu avô sentado no banco em minha frente, mesmo tentando me tranquilizar, vejo o quão apreensivo ele também está, Natalie é a sua garotinha.
— Vocês não viram como ela estava, ela estava pálida, gelada. Ela tomou o frasco todo de remédio... — Falo me lembrando daquela triste imagem. — Ela estava indo tão bem, começávamos a voltar a acreditar que tudo ficaria bem, que iríamos encontrar nosso pequeno, mas quando o delegado falou que o Noah poderia estar morto, nosso mundo desabou. Não temos respostas a semanas, ela não se alimenta direito, eu tento me dobrar mais não consigo ficar em quatro lugares ao mesmo tempo. — Finalizo voltando a chorar.
Ouvir minha mulher justificando sua tristeza e o que a motivou de tentar o suicidio é o que mais me matou, ver a sua dor, o quão difícil está sendo e ainda mais com ela sendo mãe, nós perdemos o nosso bem mais precioso, nosso filho.— Tudo bem... — Falo acariciando seus dedos— Não Bastian, não está nada bem, por isso que por esse bebê eu vou tentar ser forte, nem você e nem nosso filho merecem minha fraqueza. Vamos procurá-lo todos dias por nossa conta, vou voltar ao meu trabalho pois se como o detetive disse que provavelmente estariam fazendo isso para nos separar, vou mostrar pra eles que somos fortes e vamos achar o Noah. — Fala decidida me fazendo esboçar um sorriso de orgulho.
Depois da minha primeira consulta com a psicóloga ainda no hospital eu vi o quanto eu estava precisando daquilo e realmente foi um divisor de águas para mim, agora uma semana depois da minha alta, tendo um acompanhamento de Trace mais de perto vejo o quanto está me ajundando e essa evolução é perceptível para todos.Minha mãe ainda passa boa parte do dia comigo sempre inventando coisas para fazer e consequentemente me tirar de casa, o que deixa Sebastian feliz sabendo que estou me permitindo voltar a sair, e isso me deixa aliviada e sem aquela sensação de ser um fardo na vida da minha família, as vezes esse sentimento insiste em voltar, mas agora já sei que preciso respirar fundo, me concentrar em minha família e no amor que eles tem por mim, e que tudo vai ficar bem, Deus está no controle.Outra coisa que me ajudou muito foi a fé, algo que sempre tive comigo, mais neste momento se tornou meu foco principal, sem Deus eu não estaria nem aqui, e eu sei que onde meu filho estiver, sei qu
— Smith Point Country Park fica aproximadamente uma hora e cinquenta minutos de Manhattan, como no aeroporto não tivemos pista, seu marido apresentou uma hipotese de que os sequestradores não poderiam te pego o avião, já que o passaporte da criança estava com a senhora, o que nos leva a crer que fugiram de carro, e até mesmo para sair do país de carro nessecita de passaporte, não podem ir muito longe.— Não é um local muito frequentado por turista, apenas pessoas locais conhecem essa praia, até porque a cidade é bem pequena e vocês sabem bem, cidade pequena todos se conhecem e a relatps de que essa "pequena família" se mudou a pouco tempo e o bebê se parece apenas com o pai — Diz— Disponibilizei uma equipe policial para estar averiguando e assim que me derem certeza
Cozinhar está sendo a única coisa que vem me distraindo e não me deixar pensar tanto na operação policial, hoje decidir fazer as panquecas em formatos de corações pois os favoritos de Noah, queria homenagea-lo de alguma forma, coloco o creme de chocolate pra mergulhar a panqueca e uma vitamina de cereja, desejo de grávida. E para o amor da minha vida um café bem forte acompanhado de bolos de laranja, chocolate, seus favoritos.— Caiu da cama, vida. — Tomo um susto ao sentir os braços de Bastian em volta da minha cintura.— Quer me matar do coração?. — Me viro dando um tapa em seu braço fazendo-o rir com a mão em cima do meu peito sentindo os batimentos acelerados do meu coração vejo meu homem com a aparência pela primeira vez em muito dias leve e relaxada.Após ficarmos aos beijos e conversando, decidimos ir tomar café, seguro a mão de Bastian indo para a mesa que se encontra, nos sentamos e começamos a comer, Bastian está lendo um jornal enquanto comentamos sobre o que faremos durant
Ouço o vibrar do seu celular, em modo automático ele atende — Alô? — Ele escuta, enquanto eu mal consigo processar o que está apostando. A voz do delegado é clara, ainda que distante para mim. — Fiquem calmos, não façam nenhum movimento brusco — ele diz. — Estamos perto. Mantenham a calma.Minhas pernas quase falham ao ouvir essas palavras. Minha cabeça gira, até que meu olhar se fixa em Brianna, sentada à distância. Ela está com o cabelo curto, totalmente diferente do que eu lembro. Usa óculos escuros grandes, como se estivesse tentando se disfarçar, mas o ódio e a dor que eu senti nos últimos meses se tornaram inconfundíveis.Meu bebê, nosso Noah, está a poucos metros de nós. Ele está ali, de pé, agora está andando sozinho, o mesmo cabelo desordenado pelo vento, a mesma carinha inoc
Ainda não estava conseguindo acreditar que meu pequeno estava ali na minha frente, quanto tempo sonhei com isso, em vê-lo novamente, tocá-lo, sentir seu cheiro. Quando levaram ele para fazer os exames de corpo de delito a procura de alguns possíveis maus-tratos tive uma crise de ansiedade, e por esse motivo a cada exame feito a policial relata se foram encontrados alguns machucados ou não, sei que o que ela está fazendo é contra as regras, mas não posso deixar de sentir gratidão por este atoForam encontrados algumas marcas que condizem com marcas de beliscões, e infelizmente marcas de cintos, a vagabunda da Brianna bateu no meu filho de cinto. A minha vontade foi ir até a sala de depoimento onde ela está com o delegado e fazê-la sentir toda a dor que meu pequeno sentiu
— Pra que? — Pergunto — Você não gosta do Sebastian, e depois do ocorrido no aniversário da minha mãe, eu não quero ver você — Informo— Eu quero ver se você está bem — Diz — E também se tem alguma notícia do Noah — Fecho minhas mãos com raiva, é nesse momento que tenho a certeza que ele está envolvido, a aflição em sua voz é muito suspeita.— Não precisa Bryan, eu tô bem — Falo — E ainda não temos notícia, continuamos procurando.—Mesmo assim eu vou aí. — Fala persistindo
— Isso tudo é culpa daquele pirralho. — Falo com raiva andando de um lado para o outro, sentindo esse lugar imundo me sufocar, imagina quanta gente pobre e suja passou por este lugar— Se você não estivesse insistido para ir pra praia, nada disso estaria acontecendo, e aquela sua mãe ridícula não teria descoberto. — Falo sozinha extravasando minha raiva— Eu vou matar ela, e você não vai ter mais mamãe — Falo sorrindo — Aquele momento família será meu — Me lembrando do abraço deles com nojo.❤Natalie Hartmann WhiteUm mês após o resgate de NoahChego na casa da minha mãe, decidimos passar o dia com ela hoje, esse mês foi muito apreensivo para todos nós, Brian me liga todos os dias e praticamente de hora em hora, tive que comprar outro celular pois o delegado me orientou a não bloquea-lo para não levantar suspeitas. Estamos morando na casa de Sebastian que é uma verdadeira fortaleza e o melhor, Bryan não sabe onde fica e isso me tranquiliza, nesse mês começamos também a procurar uma c