Diogo Minha mudança para Los Angeles está completa, me aceitou morar comigo e também a se casar, confesso que fiquei bem nervoso e considerei que não aceitasse. Besteira da minha cabeça! Mas dessa vez não deixei que os pensamentos intrusos me atrapalhasse a fazer algo que tenho certeza na minha vida.Amo minha ruivinha. — Esse ficou bom? — me olho no espelho.— É o mesmo do último que usou. — Erick fala irritado. — Ei, moça? — chama a mulher que nos atende, erguendo o copo de whisky no ar. — Pode me trazer mais um copo desse? É que a donzela está com dificuldade de escolher o terno para o casamento, mas ele já usou a mesma opção três vezes e a mesma cor.Revira os meus olhos com a insensibilidade de Erick.— Havia detalhes diferentes. — falei minha defesa. — Sim, a gravata. — Logan se intromete. — Primeiro verde, depois de branco e agora preto.Olho para eles indignado com a falta de companheirismo.— Não sei porque chamei vocês para me ajudar…— Porra, Diogo! — Logan passa a mão p
Mia SalazarNão acredito que Diogo desmaiou. Quando o vi caído no chão entrei em desespero, porque por um segundo pensei que fosse me abraçar e do nada parecia um tapete estirado no chão.— Confessa, Mia. — Logan passa os dedos pelos lábios. — Não está mais aguentando ele e quis exterminar.Diogo resmunga insatisfeito, mas não diz nada. Liguei para Alana pouco depois de chamar o médico. O pequeno Daryl olha curioso para o tio dele, aposto que falasse entraria na onda do pai e atazanaria o meu noivo.— Logan, não fala assim. — Alana chama a atenção do marido e se aproxima de nós com Daryl em seu colo. — Mas agora que o médico foi embora, pode dizer por que desmaiou?Observo tudo em silêncio, Diogo está deitado com a cabeça em meu colo, deslizo meus dedos pelos seus fios macios.— Nervoso para o casamento, aposto! — Logan dar um soco no ar. — Diogo, você está frouxo demais.Recebendo o olhar severo de Alana, ele se cala.— Hum, não é nada disso. — Defendo meu futuro marido.Diogo se sen
DiogoMinhas mãos soa, minha cabeça dói. Respiro fundo, a menina ao meu lado me olha com julgamento discreto. Digo discreto porque está sendo gentil em só olhar e não dizer em palavras, mas seu rostinho é bem expressivo. Olho de canto de olho, ela não disfarça, mesmo minhas pernas me sentindo nervoso e não quero ser indelicado com ela em dizer que é feio olhar desse jeito para os outros.Mas ela sabe.Valentina foi muito bem criada e sabe ser respeitosa como ninguém, só que parece que quis vir com o espírito do irmão mais novo.— Dar para parar? — Peço.— Só se você parar de mexer suas pernas, padrinho.Algo impossível no momento, me levanto e respiro fundo. Estamos na sala de espera de um hospital da cidade vizinha, minha querida menininha Antonella resolveu nascer uma semana antes. Tudo estava preparado para sua chegada, o hospital, o quarto e sua bolsa. Ah, essa bolsa anda comigo para cima e para baixo desde que Mia completou oitavo mês de gestação. Pelo menos essa bendita bolsa e
Erick PetersonSer herdeiro de um homem perverso que tem mais inimigos do que aliados se tornou meu maior tormento. Não imaginava o quão perverso Éden era, ele é pior do que um dia imaginei que fosse. Cedi as suas manipulações, não posso dizer que não fui errado nessa história, sabia que era um erro e fiz.Foi difícil e todas as noites tenho que lidar com as escolhas que fiz. É apenas uma das coisas.Mas há algo bom no meio disso tudo, minha irmã, Alana está e é o que importa. Meu maior medo era o que Éden poderia fazer com ela, ele está morto, não é mais um problema, mas o que deixou nessa terra não é de extrema felicidade.Me recuso a abandonar esse império, recuso que acabe o que doei boa parte da minha vida para que se tornasse o sucesso que é hoje. Éden me treino para ser um homem de negócios, o superei e obvio que não gostou.— Deveria descansar. — Cecilia comenta, passando as mãos pelo meu ombro e começando uma massagem.Fechos meus olhos instantaneamente, apreciando a sensação
Cecília WestUma parte boa de ser a amiga do dono da empresa que trabalho e a agilidade de resolver os problemas do qual vai beneficiar a ele mesmo. Gael é um empresário de respeito e uma visão para negócios admiráveis. Ele confiou em mim, um cargo sem experiência alguma na época e hoje sou a melhor no que faço.Respiro fundo, desligando a ligação. Preciso de um tempo para pensar em mim, o dia foi longo e preciso dormir um pouco.Não demoro para chegar em casa, gosto de dirigir e foi uma curta viagem para casa, o trânsito estava a meu favor.Deixo a pasta em cima da cama, tomando cuidado com o notebook. Fui para cozinha, coloco meu celular no balcão e pego uma coisa qualquer na geladeira para comer, meu celular toca.Mordo o lábio inferior, seria Erick? Ah, por que estou pensando nesse hoje?! Deveria me afastar dele como meus pais tanto quer. É o certo a fazer, olho o nome na tela e infelizmente puxo como uma bola que acabou de ser estourada. Não era Erick.Engoli qualquer requisito
Cecília WestSenti o ar frio de Los Angeles em meu rosto, é um sinal de poder voltar a respirar novamente, o clima estranho persegue mesmo tendo saído do restaurante. A leveza do ar me permiti me acalmar, mas não me deixa esquecer. Erick está ao meu lado. As mãos no bolso da frente de sua calça, o olhar sério e a mandíbula travada mostra que toda a tensão da conversa de segundos atrás ainda o persegue. — Estava pronta para brigar com você e dizer que não precisa me salvar de encontros arranjados. — Olho a rua movimentada. — Mas obrigada.Sinto seu olhar em mim.— É boa em conhecer pessoas, talvez não devesse desconsiderar só porque não gosta de mim e minha família.Dou um sorriso fraco. — Não apareceu aqui para depois me empurrar novamente para ele, foi? — O olho desafiando.É a primeira vez que Erick faz algo desse tipo.— Não. — fixa o seu olhar em um ponto qualquer a sua frente. — Você não quer estar nesse encontro fajuto, vir para agilizar e terminar logo.— Bom, fez um ótimo tr
Erick Peterson Arrumo Daryl em meu colo para dar a sopa dele. Escolhi fugir um pouco do trabalho e a casa de Alana foi o meu refúgio da vez. Valentina me entrega o pano para limpar a boca do seu irmão.— Obrigada. — Agradecia a ela.A menina é linda, sorrindo, ela volta correndo para cozinha. Me sinto estranho em conversar ou até mesmo estar perto, lembro que não sentiu medo quando a coloquei no carro para levá-la de volta ao seu pai. Era como se me conhecesse e sempre estive no seu convívio.Agora que sou, me sinto mais culpado pelas escolhas do passado.Alana no sofá, dobrando as pernas e abrando o braço no encosto. Daryl é obediente e quando o assunto é comida fica bem concentrado, nem tudo são flores, Diogo pode sofrer com as risadas e olhares julgadores. O loiro só não sabe que ele não é o único, eu mesmo não escapo.— É muito bom te ver aqui.A olho, erguendo uma sobrancelha.— Você não vai me visitar.Ela manda língua.— Não vou entrar naquela casa, sem chance.E não a culpo.
Alana PetersonOuço as batidas na porta do meu quarto e as ignoro mais uma vez. Arrumar minhas malas está vendo mais útil do que perder o meu tempo discutindo com o meu irmão. Erick pode ser o mais velho, mas estou cansada de mais das suas tentativas de fazer a minha cabeça. Chega de tentar me manipular para fazer seus joguinhos, sei quanto meu irmão me ama, no entanto, sou adulta e posso tomar minhas próprias decisões.Tenho que aproveitar que meus pais estão fora do país e dar um rumo para a minha vida. Rumo esse que está quase fazendo meu irmão derrubar a porta.— Alana! Abra essa porta agora. — Grita. — Temos que conversar!Nossa quanto estresse!Com as minhas três malas finalmente prontas para minha viagem, decidi finalmente dar atenção ao meu querido irmãozinho. Irmãozão, Erick é um homem de quase dois metros de altura. Ao abrir a porta me arrependo amargamente, a expressão do seu rosto está tão severa que chego a tremer. Porém, são 23 anos do qual esse ser me conhece e sabe que