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Capítulo 6

Quando Eduardo abre a porta da casa dou um passo para dentro e o mesmo passo que dei, eu dou para trás pronta para ir embora. Ele me olha intrigado. Eu não posso entrar ali dentro. Se ele tem amor pelas coisas dele, ele não deixará eu entrar aí dentro.

- O que foi?

- Quero escolher outra opção: ir para minha casa.

- Mas já estamos aqui.

Olhei mais uma vez para dentro da sua casa. Quando Eduardo entrou em um dos muitos condomínios luxuosos de Nova York. Eu ainda fiquei com esperança de que o imóvel não fosse tão chique assim. Abrindo a porta você via uma grande sala composta com quatro sofás e uma poltrona de canto, uma mesa de vidro no centro. Mais para frente um mini bar com repletas bebidas. Tirando o grande espelho que tem na parede que dá acesso a outro cômodo.

- Você lembra que eu sou desastrada, não lembra?

Meu medo é entrar ali e quebrar alguma coisa mesmo não querendo. Só esse chão desse ter custado uma fortuna, estou quase podendo ver meu reflexo perfeitamente. Nessa casa tem vidro demais e eu só vi a sala. Eduardo sorri e segura a minha mão.

- Pode ficar tranquila.

Não sei como ele consegue confiar tanto em mim. Entramos de mãos dadas.

- Eu quero que fique à vontade. - Ele aponta para a escada. - lá em cima fica os quartos. - Ele aponta para o corredor do lado da parede de vidro. - Fica a cozinha.

Perto do mini bar tem uma porta de vidro escuro.

- Por ali temos acesso à piscina.

Ainda olhando ao redor eu comento:

- Você tem uma casa muito linda.

- Obrigado.

Ele solta minha mão indo até o mini bar.

- Você quer beber alguma coisa?

- Estou liberada? - Brinco.

- Um copo. - Ele entra na brincadeira. - Se for comer mais alguma coisa posso liberar até dois copos.

Revirei os olhos e fui até ele. Eduardo pegou dois copos com whisky e me entregou um.

- Você mora aqui sozinho?

Essa casa é grande demais para uma pessoa só. Eu me sentiria muito sozinha se morasse aqui.

- Estou em busca de uma colega de quarto. - Ele bebi seu whisky. - Você quer ocupar essa vaga?

Me aproximo dele e escorei no balcão ao seu lado.

- Eu acho que o vinho que você tomou e esse whisky não está fazendo bem para sua cabeça.

- Ou... - Eduardo deixa seu copo de lado. Ele fica na minha frente apoiando seus braços no balcão atrás de mim e inclinando seu corpo para frente. - Talvez esteja me fazendo muito bem.

O que ele está fazendo? O que ele está fazendo? Eu comecei a entrar em pânico.

- Eu... É... Talvez...

- Kelly...

Eu preciso me acalmar. Sou uma mulher e estou parecendo uma menininha não sabendo lidar com as coisas. Por impulso acabei levantando e bati a minha cabeça com a dele. Volto a sentar sentindo vontade de chorar. Que vergonha! Por que eu sou assim?

- Você é muito desastrada.

- Sim, eu sou. - Choramingo.

Fechei meus olhos desejando voltar no tempo.

- Gosto disso em você.

Abro meus olhos, olhando para ele surpresa.

- Gosta?

- Sim. - Ele pega o copo na minha. Fico confusa. - Esse meu terno é bastante caro, então é melhor não corrermos esse risco.

Faço um gesto de cabeça concordando. Seus ternos são sempre impecáveis. Eduardo colocou o meu copo ao lado do seu no balcão.

- Sabe mais do que eu gosto?

- O que?

Ele se aproximou um pouco mais.

- Seu jeito humilde, a forma como quer ajudar mesmo que seja um desconhecido. - Eduardo está bem perto. - A sua lerdeza te deixa fofa. 

Eu iria dizer alguma coisa e Eduardo aproveitou esse momento para me beijar. Não corresponde de imediato, mesmo sabendo que iria acontecer eu ainda não estou acreditando que está acontecendo. Levei a minha mão em seu rosto e continuei beijando ele.

Eduardo afasta minha perna uma da outra se encaixando. Ele é tão alto que ainda fica meio curvado para me beijar. Sorte que cadeira é alta e me deixa mais perto da sua altura. Eduardo me abraça pela cintura e envolvo meus braços em volta do seu pescoço. Um beijo calmo aproveitando aquele momento íntimo de nós dois.

Nosso primeiro beijo.

Nos conhecemos há pouco tempo, na semana passada e nesse curto tempo estando com ele parece que nos conhecemos há anos. Ok, ainda temos muito que saber um do outro, mas gosto de estar com ele. Gosto de ouvir sua voz. Gosto do seu abraço. Gosto do seu beijo. Não sei se ele tem essa mesma sensação. Gosto de conversar com ele mesmo que às vezes seu humor seja insuportável. Acredito que ele esteja acostumado a ser assim, mas eu sei que ele tem um outro lado muito bom de se conviver.

Quero muito conhecer e estar perto dele. Seja em momentos bons ou ruins.

Eduardo não precisa de alguém que b**e de frente com ele. Acho que as pessoas estão tão acostumadas com seu jeito que não corrigem mais. O que deveriam fazer, porque o jeito que ele trata algumas pessoas é muito errado. E quem b**e pode esquecer, mas quem apanha nunca esquece. Eduardo morde meu lábio inferior de leve finalizando o beijo.

- Desculpa.

- Pelo que? - Ele roçou seus lábios contra o meu.

- Não ter correspondido o beijo na hora. - Coloco minhas mãos em meu colo e abaixei a minha cabeça. - Estou um pouco nervosa.

Eduardo é um homem lindo. Falar com ele por si só já me deixa nervosa. Faz um tempo que eu não tenho contato com um homem. Então a qualquer momento eu posso fazer alguma coisa errada como bater a minha cabeça na dele. Eduardo segura meu queixo com sua mão e levanta meu rosto para olhá-lo.

- A sua preocupação não deveria ser essa.

Olhei para ele apreensiva.

- Eu fiz alguma coisa de errado?

- Não, Kelly. - Ele sorriu. - Deveria se preocupar se eu deixarei você sair dessa casa depois desse beijo.

Eu sorri sem graça.

- Sinto informar, mas você terá que deixar. Está ficando tarde.

Eduardo acariciou meu rosto.

- Dormi aqui hoje. - Ele pediu. - Mesmo querendo dividir o quarto com você. Tem mais cinco quartos, pode escolher qual quer ficar.

- Terei que recusar o seu convite. Não estou com roupa na bolsa e não quero ter que usar um dos seus ternos. - Faço piada.

Eduardo sorrir e segura na minha mão.

- Vem comigo.

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