Maria Eduarda
E fiquei mais uma noite sem dormir. Acho que isso está virando rotina mesmo. Aqui estou, sentada na cama com os joelhos dobrados tentando relaxar, mesmo sabendo que não iria conseguir.
Olho para o relógio do criado-mudo e reparo que já são quase cinco da manhã. Resolvo me levantar, sigo para a cozinha e começo a fazer o café da manhã. Logo a Vanessa iria acordar, com uma baita fome.
Às vezes eu tenho uma grande inveja dela. Minha irmã é perfeita em tudo. Tem um corpo de dar inveja. Lindos cabelos negros e compridos. Somos completamente diferentes, eu sou ruiva de cabelos ondulados.
Vanessa sempre fala que puxei à nossa mãe — que Deus a tenha em um bom lugar. Às vezes é difícil pensar que nossos pais acabaram morrendo em um acidente de avião alguns anos atrás.
Faço um café não muito forte e começo a tomar, sentindo logo o seu sabor maravilhoso. Fico ali mergulhada em pensamentos profundos, quando dou de cara com a Vanessa.
— Você está aí parada há muito tempo? — pergunto, curiosa.
— Na verdade não. Perdeu o sono?
— Sinceramente, nem dormi ainda.
— Você teve pesadelos novamente?
— Sim.
— Duda, você precisa procurar ajuda novamente.
— Eu não acho que preciso — desconverso. Não me sinto bem em ficar falando da minha vida para um desconhecido.
— Duda, minha irmã, é claro que precisa!
— Melhor mudarmos de assunto.
— OK, por ora vamos deixar quieto — ela cede, e dou graças a Deus.
— Me conta sobre a festa do trabalho, vai me trazer chocolate? — pergunto, não vendo a hora de comer aqueles chocolates maravilhosos.
— Então, já fechei o Buffet, e as cestas estão preparadas com chocolates, fora a nossa cesta de Natal.
— Oh, delícia, Vane, eu amo aqueles chocolates.
— Eu sei, e estava falando com o meu chefe sobre você — ela diz, sem me olhar.
— Vane! — alerto-a, e olho feio para ela, que me olha como se não tivesse falado nada.
— Fique tranquila, eu não estou querendo juntar vocês dois, não!
— Isso é muito bom — fico mais tranquila.
— Então, deixa te contar, ele pediu para te convidar para ir à festa dos funcionários.
— Ah, é claro que você disse que eu não iria, né?
— Então… — ela demora para responder, e volto a olhar feio para ela.
— Droga, Vane! — desde que fui violentada, peguei um tipo de trauma, ou melhor, vários, e um deles é sair de casa para ir a alguma festa.
— Ei, não falei nada, só disse que eu precisava te perguntar — ela se defende.
— Hum, sei — olho-a desconfiada.
— Mas é verdade, e, sinceramente, eu acho que está na hora de você começar a sair.
— Vane, eu ainda não me sinto pronta.
— Duda, se você não sair de casa, nunca vai achar que está pronta!
Eu sei que o que ela está dizendo é verdade. O único problema é que toda vez que sou convidada para ir a alguma festa ou mesmo um barzinho eu tenho algum tipo de bloqueio.
— Duda, acorda! — Vane me chacoalha.
— O que houve? — pergunto, sem entender nada.
— Parecia que você estava em transe — ela brinca.
— Estava pensando no que você estava dizendo.
— E aí, você vai? — ela pede, toda esperançosa.
— Ainda não decidi.
— Duda, vamos fazer o seguinte, que tal a gente ir ao shopping depois do trabalho? — Vane pergunta, toda animada, e não quero estragar a alegria dela, então decido ceder por ora.
— Eu te encontro lá no shopping, o que acha?
— O que acha de você ir me encontrar lá no serviço?
— Bom… não sei.
— Ora, vamos, ninguém vai morder você! — ela brinca, e fico com a sensação de que isso poderia acontecer.
— OK, OK! Eu te encontro lá — respondo, já me arrependendo de ter concordado com esse passeio.
— Ótimo! Eu quero comprar uma roupa bem bonita para sair com o meu doutor — Vane fala, bem sonhadora.
Minha irmã acabou mesmo namorando o meu médico. É claro que isso não podia acontecer quando eu estava internada. Mas isso não foi empecilho para o meu ex-médico, que agora é meu cunhado e amigo.
Ele é o único homem que eu deixo se aproximar de mim. Sei que ele não me faria mal. Eu devo muito ao doutor Lucas Leão, meu futuro cunhado.
— Vane, está na hora de vocês dois oficializarem a união, não? — brinco, sabendo que ela sempre fala nisso.
— Sim! — ela concorda, toda emocionada.
— Graças a Deus!
— Então, ele me convidou para jantar amanhã, acho que ele vai me fazer a proposta.
— Você merece tanto, minha irmã! — falo, com sinceridade.
— E você também, Duda, é só deixar o amor bater à porta.
Olho para o relógio e vejo que são seis horas da manhã.
— Bom, vamos mudar de assunto, preciso tomar um banho e me arrumar, daqui a pouco eu tenho que ir para o curso — desconverso, me levantando e indo em direção às escadas, quando a ouço me chamando. Finjo que não a ouço, mas quando já estou no primeiro degrau escuto o grito dela.
— Duda! — percebo a advertência em sua voz.
— O que foi? — me faço de desentendida.
— Você sabe que não pode fugir para sempre!
Eu sei que não, e só respondo:
— Sim, eu sei! — e subo correndo, não querendo responder a mais nada.
LeonChego à fábrica e logo sinto o aroma de chocolate vindo em minha direção. Gemo de prazer. Amo chocolate. Nossa, e ele usado no meu pau fica perfeito!Entro no elevador e logo ouço um grito pedindo para segurar a porta. Como todo-cavalheiro que eu sou, seguro-a. Logo vem, praticamente descabelada, a minha secretária.— Oh, não acredito que é você — brinco.— Quem você achava que era? A Branca de Neve? — ela ironiza.— Nossa, o que deu em você? — eu tenho que a tratar bem, senão é bem capaz de ela colocar veneno no meu café.— Mal dormi — ela resmunga.— Bom, isso dá para ver na sua cara — brinco, e recebo um olhar mortal. Fico em silêncio.— Não começa, Leon!— Você não quer me contar por que não dormiu?
Maria EduardaDepois que minha irmã sai para ir ao trabalho, eu fico em casa pensando no que ela disse. Ligo para o meu cunhado.— Oi, Duda, como está?— Bem, Lucas, graças a Deus! Está ocupado?— Para minha cunhadinha, nunca! Em que posso ajudar?— Lucas, estava pensando no que a minha irmã falou.— O que ela disse?— Que eu tenho que sair de casa e me divertir, e também falou que já passou da hora de eu procurar ajuda.— Duda, a sua irmã está certíssima, eu mesmo já tinha comentado com ela sobre isso. E então, você está disposta a se ajudar?Eu penso, e sim, está na hora de me curar, mesmo que poderia demorar um pouco, mas eu logo ficaria bem.— Alô, Duda?— Desculpa, e, respondendo à sua pergunta, sim, estou querendo me curar.&m
Leon A melhor maneira de terminar uma noite é estar com um pau dentro de uma bucetinha. Ouço o gemido da puta, e não sinto nada daquela emoção que meus amigos dizem sentir quando estão fodendo, ou melhor, quando estão fazendo amor com as suas mulheres. A emoção de que falam, eles chamam de amor, e isso eu não sei o que é! — Esse pau é tão gostoso, Leon! — fala a puta. — Eu sei que é! — concordo com ela. Eu sei muito bem que as mulheres desejam o meu corpo. Desde que eu era adolescente, sabia chamar atenção. — Você não quer me foder? — ela me pergunta, com voz de queixa. É claro que eu iria foder ela. Afinal, um homem como eu sabe como foder. Não precisava nem tocar nela para saber que ela já estava excitada o bastante para enfiar o meu pau dentro da sua bucetinha. — Você é uma putinha que está desesperada pelo meu pau, não? — pergunto, já sabendo a resposta. Tiro o meu pau de dentro da boca dela e pego o preservativo que se encontrava
LeonEla é a mulher mais linda que já conheci. Nunca fui ligado em ruivas, e agora sei que tenho preferência, ou melhor, por ela. Que corpo é esse? Nunca fui ligado em mulher cheinha, e agora posso dizer que amo mulher gordinha e fofinha, com carne onde posso segurar para poder foder bem gostoso.Mal conheci essa mulher e não vejo a hora de tê-la em minha cama e fazer amor com ela, tão delicado e ao mesmo tempo foder seu corpo com gosto. Como não a conheci antes?— Ei, está tudo bem? — pergunta Vanessa, e, com um esforço sobre-humano, paro de olhar essa bela rainha e me concentro em sua irmã. Vanessa está me olhando com curiosidade.— Sim, estou bem! — respondo, e me aproximo delas, e a minha rainha se afasta, como se estivesse com receio. Acho isso estranho e olho novamente para ela, percebendo que está com sinais de que tinha chorado. Aquilo
Maria EduardaEu não sabia onde enfiar a cara, tamanha era a vergonha que tinha passado. Minha irmã passou completamente dos limites me oferecendo para o chefe dela. OK, o chefe dela não era de se jogar fora.— Por que você está em silêncio? — Vane me pergunta.— Pensando sinceramente se você não enlouqueceu.— E por que você acha isso?Olho para ela sem acreditar no que acabou de falar.— Vane, tem certeza de que não sabe do que estou falando? — pergunto, pedindo a Deus a paciência que não estou tendo.— Sinceramente, eu não sei!— Vanessa, puta que pariu, tinha que agir daquele jeito? — explodo com ela, que nem se abala.— Agir como?— Me jogando nos braços do seu chefe! — elevo a minha voz.— Eu não sei do que está falando
LeonA forma como a Duda estava querendo me dispensar chegava até a ser cômica. Ela ainda não me conhecia bem o suficiente para saber que eu, Leon Vitorino, nunca desisto do que quero, e como eu quero essa menina!Quando chegamos a tal clínica que a Vanessa comentou, coloco a minha rainha sentada na cadeira e dou uma última olhada nela, que está me olhando feio. Deu vontade de pegá-la no colo novamente e beijá-la até ficarmos sem ar, para ver se desmanchava a sua linda carranca.Faço o pagamento da consulta, enquanto a Vanessa vai pegar a bolsa da Duda com a sua documentação. Sou levado com a minha rainha para dentro do consultório, e não demora muito a Duda está sendo examinada pelo médico.Duas coisas que me chamaram atenção: a Duda não queria deixar o médico examiná-la, ficou até mesmo pálida, c
Maria EduardaEstou querendo jogar alguma coisa na cabeça do Leon. O filho da mãe teve a ousadia de vir nos acompanhar para nos fazer segurança. Ah, como tive vontade de tirar o sorrisinho daquele babaca bonito. A vontade é tanta, que chego até a abrir um sorriso de satisfação.— Duda, que sorriso é esse? — Vane pergunta.— Ah, nenhum interessante.— O que você achou do Leon?— Eu não achei nada!— Como assim? Você não achou nada? — ela pergunta, espantada.— É isso mesmo, eu não achei nada! — eu não vou lhe dizer que o achei lindo e que ele me deixa confusa com os meus próprios sentimentos.— Sei! — ela me olha desconfiada.— Vane, ainda não te perdoei sobre o seu chefe — resmungo.— Ah, qual é?
LeonDois anos antes…Eu já me encontrava logo cedo acordado. Quero dizer, mal dormi essa noite. Estava tão preocupado com a minha rainha, que mal consegui pregar o olho.Ouvir seu choro me fez quase sair de casa e ir para a casa dela durante a madrugada. Como eu queria saber o que estava acontecendo com ela!A minha vontade foi ligar para a Vanessa assim que a minha rainha desligou a chamada. Mas não achei certo acordá-la sendo que o problema tinha que ser resolvido entre a minha rainha e eu.Mesmo que ela não queira falar comigo, eu a tenho que procurar, e é o que vou fazer assim que terminar de amanhecer. Levanto-me da cama e sigo para o chuveiro para tirar o cansaço que estava em meu corpo.A forma como ela ficou em meus braços foi perfeita, e logo a imagino aqui em minha casa e em nossa cama. Ela chamou minha atenção não só pelo seu