Hanna Cooper.Cheguei em casa um pouco mais cedo hoje para preparar um jantar para mim e para o Heitor, estamos saindo a um tempo e confesso que gosto da companhia dele.Ainda não transamos, mas sinto que breve iremos, ele me faz bem, é gentil, paciente, acredito que seja um cara que vale a pena ficar na lembrança. Não vou ficar virgem para sempre.Quando cheguei do trabalho, vestir um conjunto confortável de moletom e vim direto para cozinha, onde comecei a preparar uma lasanha de molho branco. Termino, de colocar a última fatia de queijo e coloco no forno mas não o ligo.Heitor chegará em breve, então decido tomar um banho e quando saio visto um vestido florido soltinho.Enquanto eu espero meu convidado, vou para sala com meu caderno de desenho, eu amo desenhar, modéstia a parte, sou muito boa é um passa tempo atrativo que descobrir quando era mais nova, sento-me no sofá. Eu não estava com inspiração parar desenhar algo diferente agora, por isso começo a desenhar o que tenho em ment
Hanna Cooper. Eu envio uma mensagem de volta para Heitor, dizendo-lhe que precisava desmarcar hoje. Disse que estava indisposta por conta do longo dia de hoje com meus sobrinhos. Era óbvio que eu não diria a ele que o motivo era que Murilo resolveu vir até aqui e não vai sair. Eu não queria explicar o porquê dele está na minha casa. Não agora. Heitor me enviou um “Você está se sentindo mal?” Em seguida, “Eu posso te levar um remédio ao algo assim”. Eu gemi olhando para o celular, chateada comigo mesma por mentir para ele. Levanto meu olhar para Murilo e o vejo sentado no meu sofá, com prato enorme de lasanha, que ele mesmo esquentou e se serviu. Na mesinha de centro da sala há dois copos com refrigerante e um prato com lasanha para mim, ele foi gentil em me servir também. Nós nunca tivemos um tempo assim, juntos, depois que cresci, porque ele sempre foi apenas o amigo do meu irmão, não meu. - A lasanha está esfriando - avisa. Estreito, meus olhos para ele. Eu estava nervosa e a
Murilo Lewis.Inclino-me um pouco para o lado, sobre o braço da minha poltrona e abro a última gaveta da minha mesa do escritório. Levanto alguns papéis importantes, que eu guardo ali e, no fundo da gaveta, retiro um envelope azul, com um adesivo preto o mantendo fechado.Logo abaixo do adesivo há "Para Murilo." escrito com letras de forma. E um pouco mais embaixo, bem próximo ao final do envelope há "Ana".Certo dia, quase dois meses depois que ela me deixou, eu estava tentando me concentrar no trabalho, quando sua mãe ligou para meu escritório e me chamou para um rápido café.Eu ainda estava com raiva dela e de sua filha, mas, ao mesmo tempo, eu tinha saudades e estava louco para ter notícias dela, apesar de tudo que sofri, uma vez que ela me proibiu de procurá-la. Eu deixei tudo que estava fazendo e me apressei para encontrá-la no Café da Esquina.Ela me passou esse envelope sobre a mesa, seus olhos tristes, vermelhos, e sem vida. “Ela se foi há uma semana.” ela disse. “E entregá-l
Hanna CooperEu assisto deitada enquanto Flora separa em cima da cama os produtos de cabelos que ela irá usar hoje. Há mais de dez produtos em seu colchão, e ela parece está decidindo se precisa de mais algum. Olho para cima, para seus cabelos soltos.Eles são do comprimento de seus ombros, e estão de uma forma como se alguém tivesse pegado uma faca de cozinha e repicado ele.Eu não digo isso a ela. Iria magoá-la mais do que ela já se magoa quando se olha no espelho.- Como está Maicon ? - pergunto para puxar um assunto. Ela desvia os olhos de seus produtos e quando encontra os meus, há um brilho triste.- Eu ia te contar - suspira e senta na beira da cama.Eu imediatamente fico em alerta e me sento, esperando para saber o que aconteceu para deixá-la dessa forma.- Nós terminamos têm dois dias - diz com um soluço baixo.- Oh, não! - inclino para frente e alcanço sua mão.Flora sempre foi muito apaixonada pelo Maicon, tão apaixonada que isso me fazia sentir medo por ela. Eu mais do
Hanna Cooper.Sigo Murilo por entres os carros que estão parados no estacionamento do hospital, ainda não faço a mínima ideia do que ele quer comigo.Murilo me faz segui-lo até o seu carro.- Entre! - pede - Quero levá-la a um lugar.Concordo e sem dizer uma palavra sento no banco do carona, observo ele dar a volta e tomar seu lugar no banco do motorista. Meu corpo começa a sentir a presença do corpo grande ao meu lado, da sua proximidade, do seu cheiro. Cada nervo está em alerta, assim como os cabelos da minha nuca. Eu arrisco uma olhada para seu perfil e me arrependo no mesmo instante.Murilo colocou um óculos escuro de estilo aviador, todo preto fosco, quando saímos do elevador para garagem. Sua barba está maior que da última vez que o vi, e isso o deixa com um ar mais... não sei, másculo, talvez?Ele é o verdadeiro significado da palavra másculo, em todos os sentidos da palavra, no corpo, na expressão, no olhar, na fala em tudo. Mas, de alguma forma, ele consegue intensificar isso
Hanna Cooper.Sinto sua respiração quente em meu cabelo me deixando mole em seus braços. Ele aperta mais suas mãos em minha carne, deixando nossos corpos mais próximos.Fecho meus olhos fortemente, na esperança que me ajude a controlar a respiração. É o melhor abraço que eu recebi de um homem em toda a minha vida.- Eu sinto muito - repito com minha boca próxima ao seu ouvido.Ele aperta minha carne mais forte em resposta.Porém congelo quando noto que seu aperto não foi sua única resposta.Algo duro e grande está pressionando bem em minha barriga.Eu desfaço meu abraço e seguro seus ombros, afastando-me dele e olhando em seus olhos.Não é o mais indicado, uma vez que seus olhos são a porcaria dos olhos mais quentes que eu já vi, neste momento.Eu passo as mãos pelo meu cabelo, arrumando-o. Estou sentindo todo o meu rosto quente e entre minhas pernas está tão molhado, que eu não quero me sentar nem tão cedo.Eu não sabia que poderia sentir tanto desejo assim, sinto todo o meu corpo qu
Hanna Cooper. Murilo: Aquele cara está com você agora? Encaro a tela bloqueada do meu celular, meu cenho franzido em confusão. Rolo de costas na cama, mordendo a ponta não feita do meu lápis, enquanto penso no que responder e o motivo dele estar me perguntando isso. Eu: Aquele cara tem nome, mas não está. Porquê? Murilo: Vista uma roupa confortável, uma que não te deixe passar frio. Chego por aí em vinte minutos! O que? - exclamo para mim mesma. Eu: Para onde pensa que vai me levar? Murilo: Apenas esteja na portaria em vinte minutos, por favor, ursinha. Sento-me na cama, meu dedo polegar paira sobre a tela do celular. São quase dez horas da noite. Olho pela janela do meu quarto e a tempestade castiga Salvador nessa noite. Para onde ele quer ir a essa hora da noite, debaixo de chuva? Eu não mando essa pergunta para ele, apenas sigo com seu pedido. Retiro o lápis da minha boca, o jogo de lado e vou até meu closet. Me livro do meu pijama das meninas superpoderosas e visto um c
Hanna Cooper.Essa última me pegou de jeito, e eu não sabia o que responder. Mastiguei lentamente, foi todo um processo para engolir a massa adocicada, minha garganta fazendo um movimento difícil com o processo.Heitor me atraiu desde o dia em que nos vimos pela primeira vez, naquele dia eu bebi mais do que deveria e quase me entreguei para ele. Mas ele foi tão cavalheiro, me respeitou e desde então me trata tão bem que foi impossível não dá uma chance.Seus olhos brilhantes e seu sorriso bonito atrai qualquer mulher em sã consciência, e eu sou uma mulher, afinal de contas. Mas, se eu for parar para comparar a forma que meu corpo fica quando estou perto dele com a forma que meu corpo fica quando estou diante do Murilo, eu vou ver que há uma diferença gritante.Não desaprendo a respirar perto de Heitor e minhas pernas não ficam bambas. Eu não fico molhada apenas com o seu olhar por mais lindos e atraentes que eles sejam. Minha boca não fica seca e meu coração não dispara com a menção d