Hanna Cooper.Eram quatro horas da madrugada quando eu consegui dormir um pouco para poder trabalhar no dia seguinte. Quando deu meia-noite, Murilo me trouxe em casa.Eu pensei sobre minha conversa com ele, sobre como eu não tomo minhas decisões com o coração. Pensei sobre meus relacionamentos e o fato de que todos eles me fizeram mal. Pensei sobre como eu estou usando Heitor, porque apesar de que me sinto bem com ele, a maior parte do tempo e que ele é um cara bom para mim, o que eu sinto por ele não é algo grande. Não é algo que uma namorada deve sentir pelo namorado.Eu quero me sentir amada da mesma forma que eu amo. Eu quero ter um relacionamento que seja tão intenso, que me deixe sem fôlego. Principalmente, um que me deixe molhada apenas com um olhar, por mais inocente que ele seja.Murilo!.Ele me faz todas essas coisas, sem nem querer.Sacudo minha cabeça, espantando esses pensamentos e viro o corredor do segundo andar do hospital, para esbarrar com o corpo de Koni. Dou um pas
Hanna Cooper.A semana passou rápido, assim como o dia de hoje no hospital.Estou tão cansada, com os ombros pesados. No entanto, estou feliz porque amanhã já é o jantar de ação de graças, o dia em que minha família irá conhecer meu namorado.Resolvi que daria uma chance para Heitor. Talvez, com o tempo, eu aprenda a sentir por ele a mesma coisa que eu sinto pelo Murilo.O tempo cura tudo!Li essa frase em uma vitrine uma vez, e acredito que o tempo será capaz de curar o meu sentimento pelo melhor amigo do meu irmão.Dirijo para casa, com a chuva castigando o capô do meu carro. Eu havia enviado uma mensagem para Heitor, avisando que chegaria um pouco tarde, então provavelmente, ele já pediu o jantar.Quando as portas do elevador se abrem no meu andar, meu estômago ronca de fome. Busco pelas minhas chaves, dentro da bolsa e coloco na fechadura da porta. Quando ela se abre tomo um susto com cena em minha frente, meu coração começa a palpitar forte.Heitor, está de fato, em casa. Ele est
Murilo Lewis.Salvador é realmente uma cidade maravilhosa, principalmente, sendo observada durante a noite e de cima. As luzes da cidade parecem como uma festa, coloridas, de todos os tipos. Os carros fazendo seu caminho, provavelmente alguns voltando para casa depois um dia cansativo dia de trabalho, outros saindo de casa para curtir a noite antes do dia de ação de graças e outros apenas indo viajar para casa de familiares.Eu trabalho meus braços, levantando os pesos, na academia particular do meu apartamento, enquanto assisto a cidade lá fora através da parede de vidro, que cerca todo o cômodo. O suor escorre pela minha testa, pelo meu peito, minhas costas e minhas pernas sobre o calção térmico.Procuro esvaziar a minha mente, eu tenho feito muito isso. Ajuda-me a não cair em pensamentos nas coisas f.o.d.i.d.as da minha vida. Eu não posso pensar em Ana, e muito menos em Hanna.Então, eu apenas assisto minha cidade de cima. Como se estivesse em um camarote.O som do trânsito e buzi
Murilo Lewis.- Hanna, olha para mim - peço segurando seu rosto, acaricio suas bochechas com os meus dedos. Seu olhar encontra o meu e engulo em seco - Não há nada de errado com você, tudo bem? Você é linda, é perfeita, as pessoas que não merecem você. Eu não mereço você! Eu sou a p.o.r.r.a de homem quebrado.Queria poder beijá-la agora.E eu faria, se ela não estivesse tão bêbada.Queria coloca deitada na minha cama, para então beijar cada canto do seu corpo perfeito e mostrar a ela o quanto ela vale a pena.Que não há nada de errado com ela ou seu corpo.Minhas mãos coçam para tocá-la em todas as partes, meu membro dói só de imaginar como seria estar dentro dela, passar a noite fazendo-a se sentir bem.Ela, por fim, faz uma careta e se afasta do meu toque.- Eu só preciso dormir - se arrasta para cima da cama e cai de bruços.P.u.t.a que pariu! - praguejo quando vejo o fio dental preto entre suas nádegas perfeitamente arredondadas.Ela caiu em um sono pesado, então, eu afasto todo
Hanna Cooper.- Estou dormente - encolho os ombros- Totalmente dormente. É como se meu coração já estivesse acostumado com o sofrimento.Ele me olha em silêncio, por um instante.- Você sabe que só precisa dizer uma palavra, certo? Eu acabo com ele, com a sua carreira.. - Se você fizer alguma coisa por mim, eles saberão que eu me importo.- Mas você se importa, e isso não é vergonha nenhuma.- Discordo - suspiro cansada - Não me importo com o Heitor, de certa forma, eu já esperava isso dele - trinco meus dentes, irritada com minha ingenuidade - A questão toda é a Flora. Ela era minha melhor amiga. Eu não esperava isso dela - não choro, mas meu coração está quase explodindo com um aperto dolorido.- Vou deixar você terminar aqui - ele diz ao passar por mim - Estarei na cozinha, quando você terminar - avisa.***Murilo Lewis.- Que tal, você apenas se sentar e esperar que eu te leve seu café da manhã?Dou um sorriso para Mila e ela empurra meu braço em direção à ilha da cozinha, com
Hanna Cooper.O jantar de ação de graças foi bem tranquilo, apesar das inúmeras perguntas do meu irmão sobre os motivos da minha separação.Vicente chegou a dizer que estava entre duas opções.A primeira era que iria pessoalmente à casa de Heitor, lhe fazer essa pergunta.A segunda é que não perguntaria, apenas quebraria seu nariz com um soco.E eu nem contei qual o motivo do término. Mas, essa é a parte boa do meu irmão. Ele é protetor com quem ele ama, e ele faz de tudo para não ver essas pessoas tristes.Durante o jantar, eu me mantive sorrindo, conversando, mas ele me conhece muito bem, para saber que foi tudo fingimento. Eu não consigo mentir para ele. Nunca consegui na verdade.Quando o jantar terminou, todos sentaram na sala de estar e separaram-se em grupos para conversar. Eu fiquei com a minha cunhada, porém, eu não conseguia focar em nenhuma de suas conversas. Eu tentei brincar com meus sobrinhos, tentando me distrair de todo tormento que estava passando na minha cabeça.Sem
Hanna Cooper.Eu sempre tive curiosidade para saber como Murilo é na cama e dentro de uma mulher. Como ele age com suas mãos, sua boca e sua língua. Como ele toca. Das coisas que ele gosta na hora do sexo.Eu acho que não serei capaz de satisfazê-lo, sou inexperiente demais. Os vídeos que já vi não me tornam expert em sexo, não me deixam pronta para saciá-lo.Eu pensei sobre isso durante toda a noite e hoje mais cedo, quando treinei na academia do meu prédio, e enquanto tomava banho para vir ao trabalho.Ontem, eu falei pra ele me beijar e me ter nua. Eu estava falando sério, no entanto, agora que estou prestes a entrar em nosso escritório no hospital, consigo sentir meus nervos à flor da pele. Eu não estou preparada para olhar em seus olhos, depois da nossa rápida troca de mensagens. Eu não sou uma mulher tímida, eu sempre corri atrás dos meus desejos e sempre peguei aquilo que queria, mas parece que quando se trata deste homem, tudo que eu sou passa a ser apenas um grande e imenso n
Hanna Cooper.Uma coisa que acabei de aprender sobre ter uma amiga lésbica, é que ela vai saber ajudar na compra de lingerie.Eu não tinha a quem procurar, então, enviei uma mensagem para Koni antes de sair do hospital, pedindo a ela que me encontrasse na Victoria's Secret no Shopping.Ela disse que estava de folga e que me encontraria lá, mas quando cheguei ela já estava à minha espera dentro da loja bebendo champanhe. Mal entro e ela chega perto de mim, com um par de lingeries simples, porém, sexy. Segura primeiro a calcinha aberta para que eu possa vê-la.É uma peça minúscula, de renda preta, fio dental e com um pequeno lacinho de cetim na parte de trás.Ela muda para o sutiã e o abre, virando para trás e para frente, para que eu possa ver todos os detalhes.Não há bojo, apenas um ferrinho para sustentar os seios. Assim como a calcinha, ele é de renda também, mas na parte dos seios, a renda fica transparente e entre os seios há um pequeno lacinho de cetim.Eu me imagino vestida com