Hanna Cooper.Eu não conseguir pregar os olhos a noite inteira, atormentada pelas palavras do Murilo. Eu caminhei por toda casa às três horas da madrugada, peguei um suco na geladeira, e observei Heitor adormecido no meu sofá.Ele estava deitado de bruços no sofá, a bochecha amassada contra o travesseiro que lhe dei, seu braço direito caído para fora, o lençol só cobria uma parte do seu corpo.Eu sorri de sua situação, deixei o copo do suco na mesinha ao lado do sofá e fui cobri-lo de novo. Ele se remexeu, resmungou algo que não entendi, e voltou a dormir.A gente não transou, sequer nos beijamos. Ele apenas entrou, conversamos um pouco enquanto comíamos alguns cachorros quentes. Depois de um tempo eu disse que iria deitar e ele podia ficar no sofá por causa da hora. Ele é um cara legal, no fim das contas.Voltei para o quarto, mas não estava com sono. Peguei a última caixa que faltava desempacotar, coloquei sobre a cama e comecei a retirar minhas roupas de lá. Eram apenas as peças bá
Hanna Cooper.Acordo com a claridade do sol invadindo a janela do meu quarto e pego o meu celular para ver o horário. No meio de inúmeras mensagens vejo a da minha cunhada me convidando para ir na sua casa que vai ter um churrasco na piscina com a família. Hoje é domingo, dia de descanso e como não tenho programado além de sair com o Heitor mais tarde, respondo sua mensagem positivamente.Após fazer minha higiene matinal caminho até a cozinha e tomo café da manhã, em seguida, tomo um banho, e caminho para a minha gaveta de biquínis.Eu escolho um par vermelho que realça a tom da minha pele e me deixa sexy, sei que é apenas um churrasco em família, mas eu gosto de me sentir bonita. O que é um pouco difícil depois que se é traída duas vezes, por namorados diferentes.O biquíni é simples embaixo, uma calcinha fio dental normal, mas na parte de cima tem duas tiras que formam um X sobre minha barriga e amarra nas costas. Seu tecido aperta em meus seios, de forma que o decote fica um pouco
Hanna Cooper.- Murilo! - minha voz sai baixa - Já te pedi tanto para não me dizer coisas que vão me deixar acordada a noite inteira.- Ah, Hanna - ele toca meu rosto - Teria uma forma bem interessante de fazê-la passar a noite em claro. Mas eu me sinto um idiota, por imaginar essas coisas com a minha ursinha.- Não me chama de ursinha - resmungo meio sem ar.Ele olha no fundo dos meus olhos por mais alguns instantes, retira a mão o meu rosto e a bochecha onde ele tocava está em chamas.Na verdade, posso sentir todo o meu corpo mais quente do que ele já estava depois de algum tempo no sol. Eu ainda não consegui absorver o que acabou de acontecer nessa cozinha. Estou com uma mistura de vergonha e excitação.Não desvio meus olhos dele, e percebo o exato momento em que seus olhos descem novamente para o meu decote. Os olhos verdes passeiam pela parte de cima dos meus seios e então vão para a alça do meu biquíni. É como se ele quisesse fazer com que a alça caísse e a marquinha ficasse vis
Hanna Cooper.Cheguei em casa um pouco mais cedo hoje para preparar um jantar para mim e para o Heitor, estamos saindo a um tempo e confesso que gosto da companhia dele.Ainda não transamos, mas sinto que breve iremos, ele me faz bem, é gentil, paciente, acredito que seja um cara que vale a pena ficar na lembrança. Não vou ficar virgem para sempre.Quando cheguei do trabalho, vestir um conjunto confortável de moletom e vim direto para cozinha, onde comecei a preparar uma lasanha de molho branco. Termino, de colocar a última fatia de queijo e coloco no forno mas não o ligo.Heitor chegará em breve, então decido tomar um banho e quando saio visto um vestido florido soltinho.Enquanto eu espero meu convidado, vou para sala com meu caderno de desenho, eu amo desenhar, modéstia a parte, sou muito boa é um passa tempo atrativo que descobrir quando era mais nova, sento-me no sofá. Eu não estava com inspiração parar desenhar algo diferente agora, por isso começo a desenhar o que tenho em ment
Hanna Cooper. Eu envio uma mensagem de volta para Heitor, dizendo-lhe que precisava desmarcar hoje. Disse que estava indisposta por conta do longo dia de hoje com meus sobrinhos. Era óbvio que eu não diria a ele que o motivo era que Murilo resolveu vir até aqui e não vai sair. Eu não queria explicar o porquê dele está na minha casa. Não agora. Heitor me enviou um “Você está se sentindo mal?” Em seguida, “Eu posso te levar um remédio ao algo assim”. Eu gemi olhando para o celular, chateada comigo mesma por mentir para ele. Levanto meu olhar para Murilo e o vejo sentado no meu sofá, com prato enorme de lasanha, que ele mesmo esquentou e se serviu. Na mesinha de centro da sala há dois copos com refrigerante e um prato com lasanha para mim, ele foi gentil em me servir também. Nós nunca tivemos um tempo assim, juntos, depois que cresci, porque ele sempre foi apenas o amigo do meu irmão, não meu. - A lasanha está esfriando - avisa. Estreito, meus olhos para ele. Eu estava nervosa e a
Murilo Lewis.Inclino-me um pouco para o lado, sobre o braço da minha poltrona e abro a última gaveta da minha mesa do escritório. Levanto alguns papéis importantes, que eu guardo ali e, no fundo da gaveta, retiro um envelope azul, com um adesivo preto o mantendo fechado.Logo abaixo do adesivo há "Para Murilo." escrito com letras de forma. E um pouco mais embaixo, bem próximo ao final do envelope há "Ana".Certo dia, quase dois meses depois que ela me deixou, eu estava tentando me concentrar no trabalho, quando sua mãe ligou para meu escritório e me chamou para um rápido café.Eu ainda estava com raiva dela e de sua filha, mas, ao mesmo tempo, eu tinha saudades e estava louco para ter notícias dela, apesar de tudo que sofri, uma vez que ela me proibiu de procurá-la. Eu deixei tudo que estava fazendo e me apressei para encontrá-la no Café da Esquina.Ela me passou esse envelope sobre a mesa, seus olhos tristes, vermelhos, e sem vida. “Ela se foi há uma semana.” ela disse. “E entregá-l
Hanna CooperEu assisto deitada enquanto Flora separa em cima da cama os produtos de cabelos que ela irá usar hoje. Há mais de dez produtos em seu colchão, e ela parece está decidindo se precisa de mais algum. Olho para cima, para seus cabelos soltos.Eles são do comprimento de seus ombros, e estão de uma forma como se alguém tivesse pegado uma faca de cozinha e repicado ele.Eu não digo isso a ela. Iria magoá-la mais do que ela já se magoa quando se olha no espelho.- Como está Maicon ? - pergunto para puxar um assunto. Ela desvia os olhos de seus produtos e quando encontra os meus, há um brilho triste.- Eu ia te contar - suspira e senta na beira da cama.Eu imediatamente fico em alerta e me sento, esperando para saber o que aconteceu para deixá-la dessa forma.- Nós terminamos têm dois dias - diz com um soluço baixo.- Oh, não! - inclino para frente e alcanço sua mão.Flora sempre foi muito apaixonada pelo Maicon, tão apaixonada que isso me fazia sentir medo por ela. Eu mais do
Hanna Cooper.Sigo Murilo por entres os carros que estão parados no estacionamento do hospital, ainda não faço a mínima ideia do que ele quer comigo.Murilo me faz segui-lo até o seu carro.- Entre! - pede - Quero levá-la a um lugar.Concordo e sem dizer uma palavra sento no banco do carona, observo ele dar a volta e tomar seu lugar no banco do motorista. Meu corpo começa a sentir a presença do corpo grande ao meu lado, da sua proximidade, do seu cheiro. Cada nervo está em alerta, assim como os cabelos da minha nuca. Eu arrisco uma olhada para seu perfil e me arrependo no mesmo instante.Murilo colocou um óculos escuro de estilo aviador, todo preto fosco, quando saímos do elevador para garagem. Sua barba está maior que da última vez que o vi, e isso o deixa com um ar mais... não sei, másculo, talvez?Ele é o verdadeiro significado da palavra másculo, em todos os sentidos da palavra, no corpo, na expressão, no olhar, na fala em tudo. Mas, de alguma forma, ele consegue intensificar isso