[ Visão de Aya Millenis]
Grosso, grosso, grossoooo! Que raiva!
Respiro fundo, meu dia ontem foi ruim, hoje pelo jeito vai ser ainda pior. Saio do elevado e caminho até minha antiga mesa, Leandro já deve está em sua sala, com certeza ele estranhou o fato de eu não está o esperando na porta com a agenda pronta, sempre chego dez minutos antes dele.
Meu cérebro tenta a todo custo encontrar uma lógica para o que aconteceu, por que ele me escolheu como sua secretaria? Apesar de já exercer como secretaria, não tenho o melhor histórico com ele.
Calma Aya, pelo menos já sabe que desempregada não irá ficar. Sei que se eu fosse demitida, não seria problema encontrar outro emprego, porém, sempre me dediquei em meu cargo como forma de gratidão por tudo que fizeram por mim.
— Aya? — a voz de Leandro me tira do transe.
— O-oi — pisco varias vezes, me afundei tanto em pensamentos que nem notei que havia entrando na sala dele sem nem a
[ Visão de Aya Millenis] Faltam apenas cinco minutos para o expediente acabar, passei o dia todo com o pé de minha barriga congelando. O dia todo no misto de tristeza e ansiedade. A imagem de minha pequena ainda me deixa muito triste, e o que no momento esta me distraindo dessa tristeza é a apreensão sobre como vai ser daqui pra frente com o Iuri. Nem dá para acreditar, depois de todos esses anos, longos setes anos, finalmente terei uma conversa com ele, irei pedir perdão por tudo o que fiz e irei tentar explicar o porquê de eu ter agido daquela forma, tenta explicar que agora eu sou uma pessoa totalmente diferente. Com todos esses anos, depois de ter sido salva por Leandr
[Visão de Iuri Stevens] As vezes eu me pergunto, por que as pessoas mudam tanto? E ao invés de mudar para melhor, a mudança é algo que nos decepciona. Eu tinha algumas expectativas para esse jantar com Aya, queria começar a colocar em prática meu plano para levá-la ao
[ Visão de Aya Millenis] “O que ele quis dizer com: ou levará punição?" — Como ele poderia me punir? — coloco minhas mãos sobre minha boca, acabei falando em voz alta a última parte do meu pensamento. Sinto calafrios na minha espinha, respiro fundo, ele deve ter falado apenas para me assustar, como uma brincadeira. Fecho as pastas no computador e pego na mesa o cartão de crédito pessoal que ele deixou aqui ontem, não imaginei que ele havia deixado apenas para eu ir comprar o almoço dele. Na empresa tem refeitório, mas pelo jeito ele não curte a comida aqui. Coloco o cartão no bolso do meu blazer e sigo para o elevador, o restaurante fica a cinco minutos daqui. ***Dezenove minutos depois*** Resta apenas um minuto do tempo que o Iuri me deu para buscar seu almoço, fico batendo meu pé freneticamente no chão
[Visão de Iuri Stevens] Droga! Diaba violeta do rosto mais sexy que já vi! Como pude ter sido tão fraco!? O plano era tão simples! Eu não queria tê-la beijado, queria apenas tê-la provocado, deixando-a com vontade de me beijar e não ao contrário, queria que ela fechasse os olhos e avançasse em mim, para eu me afastar e sorrir de forma sedutora para ela, mas ao invés disso, ela tentou me afastar com o rosto tão corado que quem avançou nela foi eu. Que grande droga! Isso acabou sendo como uma adaga de dois gumes, e eu me cortei feio. Não consegui resistir aquela boca que sempre esteve tão fora do meu alcance, mas que agora há pouco estava apenas alguns milésimos de distancia, aquela pele bronz
[Visão de Iuri Stevens] Estaciono o carro na frente do apartamento de Aya, aqui até que é um lugar legal, com uma boa vizinhança, não é um dos bairros mais chiques de Manhattan, mas é um bom lugar. Olho para meu relógio de pulso e ele marca exatamente dezessete horas e trinta minutos, pego o celular do porta-luvas e disco o número do celular pessoal dela, tive que pegar na ficha do escritório, esqueci de mandar ela enviar o número para meu e-mail junto com o endereço. — Quem fala? — uma voz feminina estranha atende, não sabia que ela tinha empregados. — Iuri Stevens, quero falar com Aya Millenis, ela está? — Tá sim, Aya! — afasto o celular do meu ouvido, a louca grita muito alto, definitivamente, ela não é uma empregada.
Aya leva alguns segundos para responder um simples "à vontade", fico um pouco decepcionado com essa resposta. Eu e Michelle seguimos para o centro do salão onde os casais estão em maior número dançando. Paramos em um lugar onde eu consiga ver Aya, a música tocando é uma clássica, Michelle é uma ótima dançarina, infelizmente já eu não sou, e acabo pisando umas três vezes no seu pé, mas continuamos como se nada tivesse acontecido. — É a mesma Aya de sete anos atrás? — Sim. — Ela é muito bonita, tem bom gosto. — Realmente, por fora ela é muito linda. Hoje ela é a minha secretária — informo. — Ainda está apaixonado por ela?
[Visão de Iuri Stevens] Paro o beijo e admiro o rosto dela corado, sua respiração está irregular e isso a deixa ainda mais bela, ela me encara com luxúria, tomo seus lábios novamente em um beijo profundo, nossas línguas dançam uma sobre a outra e isso envia tremores por todo o meu corpo. Ela corresponde avidamente a cada estímulo, esfregando cada vez mais o seu corpo ao meu, me atiçando a devorá-la ainda mais rápido. Aos poucos vou parando o beijo, finalizo mordiscando seu lábio inferior, em resposta ela sorri para mim, nossas respirações se misturam, todo o meu corpo está quente como o inferno. Preciso tocar a pele dela. Como se lesse meus pensamentos, ela ergue os braços, fico sobre meus joelhos entre suas pernas e sem hesitar agarro a barra do vestido de gala, que para facilitar o meu lado só cobre da cintura para cima, o retiro por completo e para a minha surpre
— O que quiser — continuo fazendo carinho em suas costas, será que é agora que ela vai dizer que tenho que casar com ela? — Desde o dia em que você foi embora e me deixou com seus pais, eu torcia para o seu retorno. Sua mãe não quis me dizer para onde você foi e nem quando você iria voltar, ela apenas dizia que um dia você voltaria. Mesmo eu torcendo para que você voltasse, ao mesmo tempo eu temia pelo seu retorno — ela começa a circular meu abdômen — Eu tinha medo que você se recusasse a falar comigo novamente, ou então me dar um esculacho sem sequer me dar a chance de dizer algo. — Eu nunca faria isso — me defendo. — Agora eu sei disso, obrigada por ser sempre tão gentil — ela beija meu peito, algo em mim se aquece — Alguns anos depois de você ir embora, eu me perdi dentro de mim, entrei numa faculdade e