Meu CEO Monstro
Meu CEO Monstro
Por: Blue
Capítulo -1- Acampamento.

Me lembro de olhar para o meu pai na noite anterior antes de eu me arrumar para ter que ir até o acampamento que a minha irmã estava preparando para nós duas, era um momento entre irmãs, foi o que Ava me dizia.

Aaron não gostava nem mesmo de sair do próprio quarto, ele era aquele tipo de ser humano e irmão que a gente nem via dentro de casa quando não estava agarrado em sua motocicleta.

Meu pai, Anthony Bravo, veio de uma família rica, mas ele não ficou contente por mim, meu pai acreditava que o mundo girava em torno da beleza, acreditava que nada no mundo podia ser verdade se não fosse a beleza em primeiro lugar.

Meu irmão era lindo, seus cabelos loiros e olhos azuis chamavam a atenção de onde ele passava e por isso se tornou modelo na empresa da família, minha irmã era magra de cabelos vermelhos, sua pele tão dourada que parecia ser beijada pelo sol.

Ava e Aaron eram praticamente seres humanos esculpidos pelos anjos, conforme a idealidade do meu pai.

Comigo, isso não foi o que aconteceu, meus cabelos eram cacheados e revoltados, meu corpo era curvilíneo e bem gordinho se for comparar com o corpo magro e esbelto da minha irmã.

Eu era vulgo "O patinho feio" da família e por isso meu pai não gostava de me levar em sua empresa, ele disse que não queria passar vergonha comigo, por ter uma filha que não era nem um pouco parecida com os meus irmãos.

Eu não era parecida com nenhum deles, e ao lembrar o olhar de desgosto do meu pai na mesa do jantar, me deixava ansiosa e nervosa, eu comprei um apartamento no centro da cidade com o dinheiro que mamãe me deixou após a sua morte eu iria sair de casa e não iria precisar passar por isso de novo.

Anthony: tem certeza que você quer ir para um acampamento no meio do mato?- ele se exaltou com a minha irmã, parecia que eu nem estava ali, pois meu pai fazia questão de evitar olhar para mim - você pode se machucar pode acabar se ferindo de alguma maneira.

Ava: eu quero passar este acampamento com a minha irmã por pelo menos uma semana antes dela ir embora, o senhor sabe que Abigail vai embora para o apartamento dela e eu quero me despedir da minha irmã- ele balançou a mão no ar refutando tudo o que ela disse.

Anthony: isso não importa, até parece que ela está indo embora para outro estado- gratificante, era impressionante a maneira que ele falava como se eu não estivesse presente.

Abigail: eu estou aqui pai!- ele se virou e me olhou com aquele desgosto, um desgosto tão espontâneo que quase me obrigou a olhar para o outro lado.

Anthony: acha que eu não sei?- ele apontou para o meu corpo com horror - gorda do jeito que está, é impossível que até mesmo um caminhão não veja você.

Ava: já chega!- ela colocou as mãos na cintura e olhou para o papai, ela era muito irritada, tão brava quanto ele. - nós somos seus filhos e não negócios, será que dá para parar de nos tratar como se estivéssemos trabalhando para você apenas por ser os seus filhos?

Aaron: cheguei família!- ele se aproximou e entregou uma rosa para Ava, ao se aproximar e entregar a minha, ele fez questão de quebrá-la - ops, o caule magro não aguentou uma rosa grande.

Ava pegou a flor que estava em suas mãos e tacou no rosto do meu irmão, ainda sorrindo ele se afastou vendo para outro lugar.

Ava: vamos embora!- recolhemos as nossas coisas e nunca fiquei tão contente por saber que não iria ficar em casa por uma semana inteira e que finalmente eu iria embora daquele lugar. - não se importe com o que eles fazem, você é a pessoa mais inteligente de casa, O papai é um babaca e Aaron mais babaca ainda.

Mas ainda assim aquilo doía, não era minha culpa eu ter o corpo da minha mãe, não foi por isso que meu pai se apaixonou por ela?

Ao chegarmos no acampamento era uma floresta um pouco densa demais, claro que aquilo era estranho para mim, mas a minha irmã havia dito que não havia problemas.

Abigail: Ava! Tem certeza que não tem problema acampar em uma floresta privada?- eu abri a porta do carro e saindo, mas ainda assim senti um arrepio em meu corpo, parecia que havia alguma coisa de errado com esse lugar. - é uma propriedade privada!

Apontei para a placa mais próxima, ela se aproximou de mim e deu de ombros.

Ava: nós acampamos aqui desde quando éramos crianças, nunca aconteceu nada - na verdade, meu pai fazia questão de me deixar em casa e trazia apenas ela e Aaron. - nosso pai é um idiota que não sabe quando parar, outro que nós temos que fazer é apenas esquecer de tudo isso, eu trouxe tudo para que nós possamos acampar.

Ela então me fez entrar no carro e juntas seguimos pela estrada de terra até que ela chegou a uma clareira, sorriu e me ajudou a montar o acampamento, na verdade, era um conjunto de barracas que combinava com o carro, abrimos a parte de trás e colocamos um colchão para que nós pudéssemos dormir na caçamba.

Era uma cabana bem luxuosa, eu vinha de uma família rica e tinha minha própria fortuna, porém eu gosto de trabalhar e não ter que esperar nada de ninguém, principalmente de um homem como meu pai.

Começamos a preparar tudo, então um calor alto tomou conta do meu corpo, peguei uma folha de papel e comecei a simular um vento para vir até mim quando minha irmã se aproximou.

Ava: tem uma cachoeira seguindo a clareira, eu acredito que é cerca de quase 200 m que não é muita coisa, se quiser você pode ir até lá dar um mergulho enquanto eu preparo tudo isso - ela apontou com o queixo na direção das coisas, então eu sorrio para minha irmã, eu amava nada e o meu contato com a água me lembrava do meu contato com a minha mãe que era nadadora.

Abigail: tem certeza que vai ficar tudo bem?- ela afirmou com a cabeça, então eu respirei fundo, não havia ninguém ali. Peguei apenas uma toalha seguindo pelo caminho em que ela havia dito e quase chorei de felicidade por ouvir o barulho da cachoeira.

Era aberta e tão bonita que não podia evitar suspirar, era o lugar mais bonito que eu já tinha visto em toda minha vida.

Retirei a roupa do meu corpo, dando graças a Deus da minha irmã ter me dito que não havia ninguém por perto, eu não havia trazido biquíni ou alguma coisa assim então resolvi tirar a roupa do corpo e nadar nua.

A minha pele se arrepiou no primeiro contato com a água fria, mas o sol estava escaldante em cima de mim, nada do que uma boa Água fria pudesse aplacar.

Ao mergulhar, podia sentir como se todo peso que estivesse em mim fosse embora. Tudo isso até que ouvi o barulho de alguma coisa se quebrando no meio da mata. Claro, assim que voltei para a superfície.

Olhei na direção das Árvores, as plantas eram tão grandes que eu mal podia ver o caminho de volta, mas ainda assim o barulho estava ali.

Abigail: Ava?- eu chamei pela minha irmã, olhei para os lados e não havia nada, então eu respirei fundo saindo da água deixando que ela pudesse escorrer pelo meu corpo, deixando submerso apenas a minha cintura e pélvis.

Meus seios estavam descobertos e meus cabelos cacheados, estavam quase escorridos pelas minhas costas pela água.

Após alguns minutos olhando, o sol começou a queimar a minha pele mais uma vez, então me obriguei a voltar para a água e voltar a nadar e fiquei ali durante quase 20 minutos quando ouvir passos.

Ava: eu sabia que você gostava de nadar, mas eu não fazia ideia de que você estaria cozinhando debaixo da água- ela se aproximou e passou a mão pelos cabelos antes de me chamar para sair- a churrasqueira já está pronta, nós poderemos fazer alguma coisa para comer.

Abigail: então vamos voltar!- eu saí de dentro da água não me importando se estava nua diante da minha irmã, ela me entregou a toalha e assim enrolei meu corpo recolhendo apenas as minhas roupas e seguindo ao seu lado que conversava animadamente até ouvir o barulho novamente e me obrigar a olhar para trás - você ouviu isso?

Ava: eu não ouvi nada!- ela também olhou para trás e deu de ombros antes de voltar a conversar- eu trouxe bastante carne, e claro que o papai não vai poder reclamar, o que vai ser ótimo.

Ela estava muito animada embora eu ainda sentisse aquele arrepio em minha pele, o arrepio que mostrava que havia alguma coisa de errado com esse lugar e nada iria tirar isso da minha cabeça.

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