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Capítulo -5- Cinema.

O que ele queria dizer? Finalmente me conhecer? Como assim? 

Eles perceberam o meu desconforto e logo em seguida começaram a rir como se estivessem brincando, então eu sorrio um pouco achando que aquilo era apenas uma brincadeira e que eles estavam fazendo isso para ver até onde eu iria. 

Jacks: eu estou brincando senhorita Bravo!- ele negou com a cabeça embora eu soubesse que em cada brincadeira existia um ponto de verdade - fui eu que te passei no processo seletivo, não precisamos fazer a sua entrevista porque o seu currículo já dizia por si, a senhorita é ótima no que faz e eu fiquei feliz por saber que foi contratada finalmente. - ele acabou se corrigindo o que me deixou um pouco mais feliz e aliviada, eu não queria que ele pudesse me ver como uma mulher que levava tudo a sério. 

Abigail: muito obrigada pelo processo seletivo!- eu não queria falar para ele de nenhum dos problemas que passou pela minha cabeça e muito menos problemas que o meu pai havia feito comigo e o meu irmão também, eles eram problemas que eu não queria - eu realmente agradeço. 

Rhage: bom!- ele falou chamando a minha atenção para ele, ele até parecia nervoso devido ao seu irmão está perto de nós ou de mim, mas novamente acredito que seja coisa da minha cabeça, devido ao que passei com meu pai - eu vou precisaria com meu irmão, você já está dispensada, pode voltar para casa para descansar e amanhã, nos vemos de novo. 

Ele me puxou para um abraço O que foi muito estranho, depois eu dou um beijo no topo da minha cabeça e rapidamente me soltou. 

Jacks sorriu achando graça daquilo e foi embora com seu irmão, enquanto eu ainda estava tentando entender o que estava acontecendo, ele era tão bom amigo assim? Tamanha intimidade no primeiro dia? 

Eu neguei com a cabeça e sorri ajeitando a minha bolsa e seguindo com eles para o elevador, Rhage fez questão de ficar ao meu lado o tempo todo e ainda ofereceu o braço para que eu pudesse me apoiar, gentilmente ainda me levou até o meu carro e ficou esperando até que eu fosse embora. 

Enquanto dirigia o carro para o meu apartamento, eu não pude evitar sorrir, pelo menos eu havia feito um amigo e mesmo que fosse basicamente quase um arqui-inimigo do meu pai, ele se saiu muito bem e foi muito gentil comigo, não me julgou pelo meu corpo e muito menos pelo meu peso corporal. 

Eu sou uma mulher baixa de 1,60 m de altura pesando 79 kg, para o meu tamanho eu sou uma pessoa bem gorda. E por esse motivo meu pai usava isso para me torturar. 

Respirei fundo estacionando o meu carro apenas para encontrar com meu irmão parando a motocicleta a pouco centímetros de mim antes que eu subisse pelo elevador. 

Aaron: este não é um prédio de classe média alta?- Ele retirou o capacete e respirou fundo vindo comigo antes de retirar a chave do carro, até parecia brincadeira o que ele estava fazendo - eu estou falando com você Abigail! 

Abigail: e eu estou ouvindo Aaron!- ele entrou no elevador comigo e eu respirei fundo olhando em seus olhos - Eu só não sei o que você veio fazer aqui, não era para você e o papai estaria fazendo uma festa porque eu não estou morando mais com vocês? 

Aaron: E por que ele faria algo assim?- eu revirei os meus olhos olhando para o outro lado, eu sabia que meu pai não gostava de comemorações, o desgraçado fez de tudo para não comemorar nem mesmo o meu aniversário depois da morte da minha mãe, eu só tinha 10 anos e ele me abandonou de vez para cuidar somente dos meus irmãos - Ava conseguiu assinar o contrato milionário com alguns produtos, ela pediu que eu viesse até aqui para te avisar. 

O elevador abriu no meu andar, fiz questão de abrir a porta para que ele entrasse, este era um andar privado então ninguém chegava até aqui. 

Abigail: tem energético na geladeira!- ele foi correndo até a minha geladeira e pegou uma latinha de energético ligando a TV de 75 polegadas que fiz questão de comprar, eu iria me dar o melhor após saber que meu pai não iria fazer isso por mim. 

Aaron: Ava me disse que você conseguiu assinar um contrato com a empresa Mackenzie, ela não contou para o papai- Eu Me virei olhando para ele que ainda estava prestando atenção no jogo que passava na televisão - Por que você não disse a ele que está trabalhando para o seu inimigo e rival? 

Abigail: se você não prestou atenção, querido irmãozinho - eu falei - o papai não se importa em perguntar nada para mim e nem saber da minha vida, desde quando eu tinha 10 anos. - também foi a época em que ele me abandonou, Aaron sempre foi o irmão mais velho que cuidava de mim, no entanto, foi o primeiro a me deixar e a me julgar. 

Aaron: mas você parece mais feliz aqui!- Ele olhou para debaixo da televisão onde havia uma cômoda com a foto da minha mãe, eu ainda era um bebê e os meus irmãos estavam ao lado da minha mãe agarrados em sua perna - eu vou voltar para casa! 

Então ele tomou toda latinha de energético e jogou no lixo antes de passar por mim e entrar no elevador, ainda fez questão de piscar como se estivesse me provocando antes que as portas se fechassem. 

Abigail: imbecil!- eu retirei o salto alto do meu pé e finalmente quase chorei de alívio, tomei um banho antes de vir até a sala e ligar a TV, porém neste momento meu telefone começou a tocar - mais o quê? 

Ligação On: 

Abigail: Abigail Bravo, com quem eu falo?- peguei o controle e comecei a mudar de canal para procurar alguma série de comédia que eu amava ou até mesmo alguns programas culinários quando ouvi uma voz grossa do outro lado da linha. 

Rhage: Abby que bom que atendeu!- ele falou tão animado O que achei um pouco estranho porque como ele estava entrando em contato comigo? 

Abigail: Rhage?- eu perguntei colocando televisão no mudo para não atrapalhar a ligação - como você conseguiu meu número? 

Rhage: no seu currículo e também no seu contrato, você deixou o número do seu telefone e o endereço onde você mora- levantei uma mão colocando na testa pela vergonha, eu havia realmente feito aquilo. - bom, eu te liguei para te chamar para ir ao cinema comigo. 

Abigail: cinema?- Eu nunca fui no cinema na minha vida com alguém, todas às vezes foi com a minha irmã e nunca com um garoto, eu não faço ideia do que fazer. - agora? 

Rhage: bom, como você sabe, eu passo a maioria do meu tempo trabalhando e eu não tenho muitos amigos devido a isso, então eu estou aproveitando que eu tenho uma melhor amiga agora para te chamar para ir comigo - ele parecia tão feliz que eu não pude evitar o sorriso que formou meus lábios naquele momento - Deadpool está em lançamento, eu tenho certeza que você vai adorar. 

Abigail: muito bem, eu vou me trocar e você vem me buscar!- ele quase gritou de felicidade do outro lado da linha, então nos despedimos e desliguei o telefone. 

Eu optei por uma roupa casual, uma calça jeans e um par de tênis Nike nos pés, uma camiseta branca para combinar e deixei meus cabelos soltos, passei apenas uma maquiagem leve e peguei a minha bolsa com um pouco de dinheiro, eu não iria deixar que ele pagasse a conta. 

A minha parte pelo menos! 

" Você é uma passa fome, que homem vai querer chegar perto de você?" 

As palavras do meu pai ecoaram na minha mente, foi por isso que passei toda a minha infância estudando e lendo livros eu queria mostrar a ele que eu não precisava de ninguém e que as pessoas iriam chegar em mim pela minha inteligência, embelezava minha alma e a minha inteligência. 

Balancei a cabeça de um lado para o outro e me sentei no sofá, não demorou nem cerca de 5 minutos para que o elevador apitasse, peguei o meu cartão de acesso e liberei para que se abrisse. 

Rhage: Abby, você está tão bonita!- com um sorriso enorme Ele me puxou para um abraço como se não me visse a mais de uma semana ou mais. - que casa maneira. 

Eu neguei com a cabeça, ele provavelmente morava em uma mansão e agora estava falando que a minha casa era legal? Provavelmente era um cubículo em comparação com a casa dele. 

Abigail: faz uma semana que saí da casa do meu pai, eu achei legal começar por baixo - ele me olhou com um sorriso enorme, até mesmo parecia bobo. - eu posso ter vindo de uma família rica, mas eu gosto de trabalhar. 

Rhage: Você é ainda melhor do que imaginei - ele falou as palavras quase num sussurro, então me aproximei e ele sorriu - nós podemos ir agora. 

Com um sorriso, segurei seu braço entrando no elevador, lá iria eu para uma nova aventura.  

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