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Eu nunca tinha ido até aquele bar com ele. Na verdade, ele costumava ir sozinho com os amigos, para que pudessem se divertir e ter um momento entre amigos. Nada mais válido que isso. Era bom vê-lo feliz a companhia de seus amigos de escola. E eu não via nenhum problema em que Danilo saísse com os amigos. Nossa relação era sincera o suiciente para que não precisássemos agir tão possessivamente, o que infeli
Anos AtrásAli estava ele, de olhos atentos a Lucas, que empurrava o objeto em sua direção, enquanto ele negava, dizendo que não precisava de nenhuma. Meu coração bobo quis correr ainda mais, disposto a dançar loucamente enquanto eu quase… quase surtava.William estava vestido de elfo. O cabelo longo estava caindo por sobre os ombros e no peito. Seus olhos estavam grudados sobre mim. Eu nunca sabia o que pensar sobre aquilo. Por que ele não vinha logo? Por que não acabava com todo aquele suspense? Você também pode ir até ele, foi o que eu pensei inúmeras vezes durante aqueles anos d. escola, sempre sendo impedida pelo medo de ser rejeitada. Eu tinha muito medo de ser rejeitada, principalmente quando eu lembrava da rejeição do meu pai. Aquilo me traumatizava.
A confusão permanece em sua face por bastante tempo. Tenho vontade de dar-lhe um tapa, porque, sério? Ele vai fingir mesmo que não se lembra? Aquilo me machucou consideravelmente, ao ponto de eu passar alguns dias sem dormir, sendo embalada pela melancolia que apenas a madrugada pode trazer. Ele não foi e nem disse nada. Não deu nenhuma explicação. Foi naquele dia em que perdi completamente a esperança e vontade de tê-lo. Eu era só uma adolescente sem muita confiança em si e cheia de dúvidas sobre tudo. Mas não sou mais aquela garotinha sentimental e sedenta para ter um pouco de atenção. Não sou mais assim. Cresci e entendi a importância que tenho como pessoa. Evidentemente sou humado, as vezes fraqueja, mas aquela garotinha sem auto estima se orgulharia de ver a mulher que me tornei, sei que a Angelina mais nova que me e
Anos Atrás— Você está ridículo nessa fantasia.Empurrei-o para longe, rindo da sua cara. Alex me olhou contrariado, fazendo uma careta engraçada.— Não, isso não é verdade. — contestou — Eu estou belíssimo.Ri alto, por que a forma pomposa com a qual ele falou boa bastante engradaça. Ainda passamos um bom tempo nos provocando. Era o que fazíamos. Nós provocavam os sempre. Éramos bons nisso. Nosso amizade estava cada vez mais firme. Estar em sua companhia era sempre um momento de alegria e diversão.Então, lembrando-me do nosso plano e, consequentemente, sentindo o meu ventre pegar fogo, perguntei, extremamente acanhada:— É… E sobre o que dissemos que faríamos hoje? Que você me ajudaria a fazer?Ele demorou um pouco a me responder, fingindo que não sabia do que eu falava.
— O quê? O que você disse? — em choque, balbucio.Meu corpo treme em espectativa e minha mente ainda mantém-se em estado de desorientação. Alex fez isso? Ele mentiu para mim? Para nós? É quase impossível que isso seja verdade. O Alexander? O cara mais legal e engraçado e fofo do mundo inteiro? Não pode ser verdade. William deve estar mentindo, não é mesmo? Alex nunca faria isso. Eu quase riu só em pensar na hipótese.— Por que você tá rindo? — William chama a minha atenção.Ponho os meus olhos sobre ele outra vez. Eu estou rindo? Nem percebo. É que tudo parece estranho demais, impossível demais… Alexander Mendez nunca faria isso, não é? Pode ser que sim. Ninguém conhece direito as pessoas, Angelina. Dessa vez não é nenhuma das minhas versões que opna. É apenas a minha própria constatação. Na verdade, as minhas versões estão caladas há bastante tempo. Parecem querer me
23:40 PM— Droga! — William sibila quando nos afastamos.— O quê? — frazo o cenho.Há algo de errado? Eu me pergunto. Até mesmo as minhas outras duas versões o encaram em dúvida é expectativa.— Não é nada que seja ruim. — ele explica bem rápido quando nota o olhar indeciso que lanço em sua direção.Estamos ainda na mesma posição;seus braços ao meu redor causando-me a sensação de fogo intenso e seus lábios ainda reencostam nos meus. Ele não faz nenhum movimento que denote que pensa em se afastar. Na verdade, tira uma das mãos de meu quadril apenas para acariciar o meu cabelo. Seu toque me trás ainda mais eletricidade, se é
Tudo parece se encaixar finalmente. Vejo as últimas peças do quebra-cabeça ocuparem seus lugares.Há algo místerioso no ar. Ainda chove e embora onde eu esteja sentada respingue um pouco de água, não é algo que tenha muita relevância. Na verdade, nenhuma. A chuva está um pouco mais forte, todavia, ela ainda não impede que a música cesse e nem que os buburinhos diminuam.Ninguém parece dar importancia a nesse fato.Quero permanecer aqui para sempre. Sei que quero. E as minhas outras versões concordam comigo.— O que quer que eu toque? — William pergunta, fixando seus olhos castanhos sobre mim em espera.Ah... Seus olhos! E em todas as vezes que ele me olhou e em todas as vezes que ainda vai me olhar, nada muda ou mudará. O formigamento em meu ventre e o acelerar do meu coração continuam os mesmos.— Eu não sei... — solto, pensand
— Eu estou com a chave, vou abrir q porta. — Hector diz, seu tom não está mais nublado. Na verdade, há excitação e alegria nele.— Ah, dêem um oi para o meu amor. Eu consegui, quero que nos abençoem. — escutamos o som de um molho de chaves. —Quer dizer, vocês são espíritos bons, não é?William e eu ainda nos olhamos. Nossa respiração está pesada. Não há nada mais no mundo, e a voz de Hector parece reverberar em outra dimensão, se transformando apenas em um ruído fraco, como a voz de algum fantasma. Sei o quero, e não é sair agora desse banheiro. Não sei quando aconteceu, mas agora percebo que a chuva está ainda mais forte.Quero que ele toque para mim. Quero ouvi-lo e ve-lo dedilhar sua guitarra. Ele a d
00h00♤Posso estar neste momento no auge da fantasia, mas quando a porta é aberta, faz eu me sentir como se eu tivesse sendo sugada de volta para a minha realidade verdadeira. Ao mesmo tempo, o ar parece entrar de uma só vez. O banheiro realmente é muito abafado. Sinto um ar um pouco mais agradável adentrando vagarosamente e subindo pelas minhas pernas e entre as minhas coxas. A sensação é boa. Trás até mim um alívio gostoso. A frente de mim duas figuras tomam forma. Detrás deles, o corredor vazio se estende, fazendo eu me perguntar o quão ingênua fui para acreditar em Thalia e ser arrastada até esse banheiro