(Ella)Ethan estava irresistível, gostoso. O jeito como seus olhos me fitavam, a forma como seu corpo se movia ao meu lado, a energia bruta e dominante que emanava dele... tudo nele me fazia desejá-lo mais do que nunca.E então, quando ele murmurou em meu ouvido, sua voz grave e carregada de promessas:— E eu sempre realizo os desejos da minha fêmea.Senti um calor desumano subir pelo meu corpo, tomando conta de mim como fogo lambendo lenha seca e minha calcinha se encharcou na hora. Meus dedos apertaram seu braço instintivamente, meu peito subindo e descendo em uma respiração pesada.Eu o queria. Ali. Agora.Mas Ethan pegou minha mão e, com um meio sorriso predador, me guiou para longe da festa, para dentro da floresta.— Vamos passar nossa lua de mel em um lugar especial — ele disse, enquanto se afastava com passos confiantes, me levando consigo. — Mas por agora, quero te levar para um lugar mais afastado…Eu não queria esperar.Eu não precisava de um lugar especial. Ele era o meu l
(Ella)Eu acordei sentindo meu corpo diferente. Meus músculos estavam relaxados, mas ao mesmo tempo havia uma energia pulsando em mim, como se algo tivesse despertado. O quarto da cabana luxuosa onde Ethan e eu passaríamos alguns dias estava silencioso, exceto pelo crepitar da lareira, mas eu conseguia ouvir muito mais do que antes. O vento assobiando lá fora, pequenos animais se movendo na floresta ao redor… tudo parecia amplificado.Me virei para o lado e o encontrei me observando. Ele estava deitado com o braço dobrado atrás da cabeça, os lençóis cobrindo apenas parte de seu corpo. Seus olhos brilhavam à luz da lareira, analisando cada detalhe meu, como se estivesse esperando algo.— Como você se sente? — ele perguntou com a voz rouca da manhã.— Diferente — murmurei, franzindo a testa.Ethan se sentou, a cama afundando levemente com seu peso. Antes que eu pudesse reagir, ele deslizou um dedo pelo meu braço, e um arrepio percorreu meu corpo inteiro.— Seus sentidos estão se adaptan
(Ethan)Deitado na cama da cabana luxuosa nas montanhas, eu observava a silhueta adormecida de minha fêmea. Ella respirava suavemente, o corpo nu entrelaçado ao meu sob as cobertas de linho macio. A lua lá fora iluminava os contornos de seu rosto, tornando-a ainda mais etérea. Deslizei os dedos pela curva de sua barriga, sentindo o calor de sua pele contra a minha. Nunca imaginei que poderia ter algo tão precioso, tão vital para minha própria existência. E agora, mais do que nunca, eu sabia que não podia errar.Meu olhar se perdeu no teto de madeira rústica, e me lembrei do dia em que Dália chegou com os pergaminhos. Ainda podia sentir o peso de suas palavras. Mas ela não foi a única a falar.O bruxo Orion, um jovem de apenas 19 anos, estava sentado à mesa, os olhos escuros brilhando sob a luz trêmula das velas. Ele passou os dedos finos sobre os símbolos arcanos, murmurando palavras em uma língua antiga enquanto decifrava os escritos.— Esses textos são mais antigos do que qualquer c
(Ella)Eu estava feliz. Feliz e satisfeita.Ethan fazia tudo que eu desejasse, sempre atento às minhas vontades, como se seu propósito fosse me adorar e me proteger. A felicidade transbordou ainda mais quando ele me disse que meu pai, em breve, viria morar na comunidade, junto ao nosso povo. Seria difícil explicar tudo a ele, fazê-lo entender esse mundo novo e perigoso em que eu havia me metido. E ainda havia outro detalhe: papai nem sequer sabia que teria um neto.Eu me olhava no espelho, analisando as marcas que Ethan havia deixado pelo meu corpo. Mordidas, chupões, os furos leves de suas garras. Toquei um dos hematomas arroxeados no meu pescoço e sorri sozinha, lembrando o quão desesperada fiquei quando ele fez isso pela primeira vez. Mas agora... Agora era diferente. Eu gostava dessas marcas. Elas me lembravam que eu era dele, e todos os machos veriam que eu já tinha um companheiro, que estava comprometida.Eu também marcava Ethan, mas de um jeito muito mais sutil. Como eu não era
(Ethan)Só o cheiro do tesão de Ella me deixava desnorteado.Meu autocontrole era posto à prova toda vez que ela se entregava assim, vulnerável, suada, arfante. Eu a queria de uma forma selvagem e crua, do jeito que meu instinto exigia. Mas antes que pudesse continuar o que pretendia, o som de batidas fortes na porta me fez despertar.A respiração acelerada do guardião do lado de fora indicava urgência.Ella se encolheu, surpresa, cobrindo-se apressadamente com o roupão. Seus olhos estavam arregalados, confusos.Me levantei num instante e olhei para ela.— Se vista.— O que foi? — ela perguntou, mas meu tom não permitia discussão.— Apenas obedeça, Ella.Ela hesitou, mas logo saiu apressada para o quarto.Caminhei até a porta e a abri. O guardião à minha frente estava ferido, a respiração pesada, e suas roupas estavam sujas de sangue seco e poeira. Provas de uma luta intensa. Mas o que chamou minha atenção foi a pequena caixa em suas mãos.O cheiro metálico me atingiu antes mesmo de e
A noite estava pesada, carregada de um silêncio incomum para a floresta. Ethan sentia o ar denso ao seu redor, o cheiro de folhas úmidas e terra misturando-se com algo que ele não identificava, mas que lhe causava um incômodo profundo. Ele avançava devagar, seus sentidos alertas, cada passo ressoando no vazio do bosque como uma ameaça latente.Por mais que tivesse tentado se afastar dos corredores e rituais do conselho, a convocação daquela noite foi estranha e urgente. E Lucian, seu irmão, nunca se mostrou tão interessado nos costumes da alcatéia antes... Até agora. Mesmo assim, Ethan não poderia ignorar o chamado. Ele era o filho do alfa, o próximo líder, e sua ausência seria notada.Ao atravessar a clareira, ele encontrou o círculo reunido em silêncio absoluto. Lucian estava à frente, a expressão sombria e os olhos fixos em algo que os demais tentavam evitar olhar diretamente: o corpo de um dos anciões, caído e imóvel no centro do círculo, como uma sentença pronunciada antes mesmo
(Ethan)Aquelas palavras ressoavam em minha cabeça mais do que poderia imaginar. Eu me sentia tão confuso com tudo a minha volta, sentindo-me tão vulnerável, é como se meu animal interior tivesse medo, algo no qual jamais idealizei imaginar. Papai morreu a tanto pouco tempo, o ritual era na próxima lua vermelha. Como primogénito eu andei ao seu lado, preparando-me para me transformar no próximo alfa.Alcancei uma bagagem de mão e soquei violentamente um montante de dólares dentro dela. Eu não tinha muito tempo, o conselho já havia se decidido sobre meu exílio e até aquele momento eu não entendia como tudo aconteceu tão rápido.Passos se faziam presentes junto há um aroma inconfundível de frescor. Eu já sabia que se tratava de Dália. Ela entrou rapidamente e fechou a porta atrás de si. O olhar dela é de espanto e eu pude ouvir seus batimentos acelerados.— Amor eu não consegui chegar na reunião a tempo. O que seu irmão disse é verdade? — Ela choramingou e abraçou-me apertado.— Sim, Dá
(Ella)Eu sentia um frio horrendo e acordo assustada. Ainda está escuro lá fora e me lembrei que ainda estava no trailer do Jared. Ele tinha puxado a coberta toda para ele e estava deitado de costas para mim e o seu ronco não me deixava nem ao menos pensar direito.Rolei na cama e tentei puxar um pedaço da coberta para me aquecer, mas foi em vão, ele puxa novamente para si e resmunga algo aleatório. Me levanto e apanho uma blusa de frio, visto-a e me deito para tentar descansar um pouco.Não são nem seis horas e meu alarme desperta me fazendo dar um sobressalto da cama. Jared se levanta enraivecido e me fuzila com olhos ameaçadores.— Desliga essa merda, Ella. Toda vez que vem pra cá, essa porra me acorda antes da hora. — Ele se deita novamente e me encara.— Se quiser eu não venho mais. Foi você que me pediu para passar a noite com você. — Tiro a sua blusa de frio e começo a trocar minhas roupas.— Não foi isso que eu quis dizer. — Ele se aproxima e olha fixamente para meu corpo some