Mundo de ficçãoIniciar sessão
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Capítulo Dez - 1
Parte 1...Fellipe só teve dois dias para relaxar com ela, evitando assuntos que a deixassem aborrecida, por conta do bebê. Queria que recuperasse bem sua saúde. Sua pele parecia melhor, estava mais corada e o cabelo curto a deixara mais jovem de novo.Até mesmo ele estava se sentindo bem novamente. Apesar das ideias ainda o incomodarem, ele preferia pensar que poderiam voltar a ser o casal divertido e unido de antes, quando ele estupidamente negou isso.Na verdade ele não queria admitir que eram um casal porque tinha medo de se sentir preso em uma relação como a maioria das pessoas e que isso viesse a lhe tirar sua liberdade.O que tirou mesmo foi sua paz de espírito quando ela sumiu. Teve muita raiva dela, mas não conseguiu ter ódio. E nem conseguiu ficar com nenhuma outra enquanto ela estava longe.Logo ele, que não ficava sem companhia. Seus irmãos até tentaram empurrar mulheres para cima dele, mas nenhuma delas o atraía como Cora e ele não se sentia à vontade como ficava com ela.
Capítulo Dez - 2
Parte 2...— Você parece preocupado de novo - ela disse.— Não, apenas estou pensando em coisas que tenho que fazer.Quando saíram com as malas, Eros esperava por eles e assim que viu Cora ao seu lado fechou o semblante. Ela percebeu, mas não disse nada, pois não sabia quem era o homem.Só quando Fellipe o aprensentou como seu irmão mais novo foi que ela entendeu. Mas eles não se conheciam de antes?— Fellipe, tem algo a me dizer sobre seu irmão? - apertou seu braço — Ele parece não ter gostado nada de me ver ao seu lado - franziu a testa — E eu não o conhecia de antes?— Sim, vocês se conheceram, mas foi algo muito rápido, por isso a apresentei novamente - correu o dedo em seu rosto — Não se preocupe com ele. Eros é assim mesmo e ele está com alguns problemas.Ela achou estranho, mas deixou para lá. Se iria mesmo se casar com Fellipe, precisava de todo modo puxar sua memória sobre antes, nem que fosse algo simples, mas que lhe desse uma direção do que poderia ter acontecido no relaci
Capítulo Onze - 1
Parte 1...Fellipe saiu logo cedo e a deixou dormindo, não quis perturbá-la e nem tinha motivo. Ele teria uma reunião com os irmãos e dois outros sócios, então teria muito tempo fechado na sala.Quando Cora despertou, estava sozinha no apartamento. Tão logo pensou em sair, Robin surgiu perguntando se ela queria algo. — Estou pensando em sair um pouco, andar por aí.— Fellipe sabe que vai sair?— Ele saiu muito cedo, não tive tempo de falar.— Então eu vou com você - ela ergueu o dedo — E nem adianta reclamar porque lá fora tem um guarda-costas e o outro está lá embaixo.— Sério? - torceu a boca de um lado para outro — Bom, tudo bem. A gente sai com eles.Seria até melhor porque quando Fellipe soubesse de sua saída, não poderia reclamar, já que ela estava acompanhada por Robin e pelos empregados dele.— Já comeu algo? Não pode sair de barriga vazia.— Não está vazia - ela riu alisando a barriga alta.Robin riu também, mas disse que sem comer direito antes de sair, ela não deixaria que
Capítulo Onze - 2
Parte 2...— Eu vinha aqui?— Sim, gostava de comprar alguns artigos de arte que a mantinham ocupada quando Fellipe estava fora viajando.Ela foi caminhando até o fundo da galeria e chegou até a saída do outro lado. Atravessando a rua tinha um calçadão em frente de um lago, quase uma praia de água doce na verdade, de tão grande que era.Viu alguns bancos espalhados e pessoas caminhando ou correndo. Isso a fez sentir um arrepio esquisito.— Eu estive aqui... Antes do meu acidente...Taurus olhou para Robin.— Sim... Aqui foi a última vez que a vi. Você desapareceu na galeria e perdi contato - disse meio chateado.— Eu lhe causei problemas?— De certa forma.— Me desculpe... Não sei porque fiz isso.Franzindo a testa continuou andando pela lateral e viu outros prédios próximos. Um deles era uma clínica. Ela ficou olhando o movimento na frente da clínica, com entra e sai de pessoas.Foi caminhando devagar e parou de novo, esfregando a testa.— Cora, se sente mal? - Robin segurou seu braç
Capítulo Doze - 1
Parte 1...Fellipe garantiu que estava linda no vestido violeta que tinha escolhido para ir com ele à recepção.— Estou me achando estranha - fez um pequeno bico — Eu não me recordo de ser pançuda antes.— Não é pançuda - riu e a abraçou por trás — Está grávida. E uma grávida linda e cheirosa - beijou sua nuca.— Acha mesmo?- se sentia insegura.— Não acho, tenho certeza - a virou para ele — Você está com outro brilho, agápe mou.— Obrigada, você também está lindo.— Ah, estou é? - ergueu uma sobrancelha — Se não fosse algo importante, eu dispensaria essa recepção para ficar na cama com você.— Hum... Eu gosto dessa ideia - riu.— É, mas vai ficar para depois, porque tenho que ir.Ela suspirou fundo. Claro que tinha.No carro ele segurou sua mão o tempo todo. Ela se sentia um pouco receosa de aparecer assim no meio de tanta gente. Pelo que tinha entendido ela sempre estava com ele, mas pouco conhecia de sua família e amigos e agora iria aparecer dessa forma, esperando seu filho.Quand
Capítulo Doze - 2
Parte 2...— Tudo bem, eu entendo que tem a questão da criança - um dos irmãos disse — Mas que inferno, você não tem que se casar com ela. Essa mulher não presta, é falsa.Ela levou a mão à boca, espantada.— Não fale dela desse jeito, Eros.Pelo menos ela ouviu que Fellipe a defendia.— Meu irmão, essa mulher vai trazer desgraça para sua vida.Ela levou um choque. Porque ele pensavam isso dela? O que será que tinha acontecido no passado para odiarem assim seu casamento?— E você não pode perdoar o que ela fez com a empresa - ouviu a voz de Miranda — Ela é uma ladra. Roubou os projetos das embarcações e vendeu ao concorrente - falava com raiva — Agora eu descobri que tinha mais coisas roubadas também. Foi ela, Fellipe. Não pode se casar.— Você é só uma empregada, Miranda - ele respondeu irritado com ela — Não tente mandar em mim ou vai se arrepender.Cora sentiu um gosto estranho na boca. Seu coração disparou e uma pontada fina na lateral da testa a fez apertar os olhos de dor. Começ
Capítulo Doze - 3
Parte 3...— Você tem que ter calma, Cora - Robin bateu de leve em sua perna.— Como eu vou ter calma - fungou e aceitou o lenço de papel que ela lhe passou — Eu os ouvi conversando... Lá no jardim - sua voz ficou fraca e secou os olhos com o lenço — Veio tudo... Assim... - soluçou.— Calma... Eu não entendi direito... Respire fundo e comece de novo. Me diga tudo, não esconda nada.Cora esfregou a testa se sentindo agoniada. Seria bom poder desabafar. Precisava mesmo tirar isso de dentro ou acabaria causando um mal ao seu filho.— Eu ouvi... - gesticulou nervosa — E veio na minha cabeça... Ele brigou comigo, me acusou de coisas que eu não fiz - soluçou de novo — E eu nem sabia do que falava...Robin alisava sua perna, deixando que ela falasse tudo o que queria, sem apressar, nem questionar. Talvez se fizesse isso, ela se quebrasse de vez, de tão frágil que sua figura parecia agora.— Eu nunca faria o que ele disse... - recomeçou a chorar — E ainda assim eu nem pude me defender, ele n
Capítulo Doze - 4
Parte 4...Ficou revoltado. Ele nunca soube de nada sobre isso. Pensou nos irmãos, mas apesar da raiva, eles não seriam capazes de fazer algo do tipo. Esconder um pedido de resgate, sabendo que Cora estava na mão de bandidos. Não, eles não seriam cruéis assim.— Fellipe, minhas suspeitas recaem sobre uma pessoa.Ele passou os dedos pelo cabelo, nervoso, pensando que agora Cora sabia que ele era um dos culpados de seu sequestro. Ele a tinha jogado para fora de sua casa naquela noite e ela tinha ido direto para as mãos dos homens que a sequestraram.— De quem desconfia?— Eu não vou revelar anda agora, isso pode atrapalhar nossa investigação, mas creio ter conseguido um ponto importante.— Obrigado pelo que está fazendo, Robin.— Fico feliz em ajudar - foi sincera — Quando você apareceu na agência eu aceitei o serviço não apenas pela parte financeira, mas pela história difícil que Cora se encontrava. E ao conhecê-la tive certeza de que deveria entrar nessa investigação - se aproximou de