Cibele Pego minhas coisas e caminho em direção ao carro, meu pai e o Alfa já esperam do lado de fora enquanto conversam com outras pessoas, o mundo parece que está em camera lenta, vejo Michele de mãos dadas com um cara bonito, os dois sorriem um para o outro e eles não tiram os olhos um do outro nem por um segundo, pelo menos ela encontrou seu par e ele a quer, penso comigo. Uma tristeza que nunca senti antes me invade e meu coração doi demais, sinto que minhas pernas tem toneladas nelas, uma angustia que não tem fim, só queria que esse pesadelo acabasse. Entro no carro e espero pelo meu pai e pelo Alfa, acabo deixando uma lágrima escapar enquanto olho para baixo, limpo ela, mas elas começam a cair sem parar, não sei como controlar, apenas sentir. Respiro fundo deixando o ar sair pela boca, e meu pai entra no carro seguido pelo Alfa, limpo meu rosto e seguimos viagem de volta para casa, entramos no aeroporto e voamos de volta, meu pai fica em silencio o tempo todo, talvez seja mel
Cibele Me sento no sofá e meu pai vai abrir a porta, os amigos dele o cumprimentam e entram na sala seguido do filho. _Menezes, essa é minha filha Cibele. cumprimento os dois com um sorriso e um aperto de mão. O senhor Menezes diz. _Este é o meu filho Heitor. Olho diretamente para ele que me estende a mão para me cumprimentar, ele beija minha palma e diz. _Boa noite, é muito bom finalmente poder conhece-la. _Igualmente. eu respondo com um sorriso no rosto. Meu pai então fala. _Bom, quem está com fome? O jantar já está na mesa e todos nos levantamos e jantamos juntos, a conversa flui naturalmente pela sala, apesar de não estar muito no clima, converso, sorrio e tento o meu melhor para agradar a todos. Nos sentamos novamente no sofá e meu pai e o senhor Menezes começam a conversar. _Bom espero que agora que se conheceram, nós possamos marcar a cerimonia de vocês. O senhor Menezes fala. Meu pai me olha e acena para que eu diga algo. _Se estiver do agrado de todos que isso acon
Keller Faz semanas que Cibele foi embora, meu irmão me disse que seu pai pediu permissão ao alfa para um casamento arranjado, já que eu que era seu par e não a quis, isso me destruiu por dentro, todas as noites quebro tudo dentro do apartamento, meu estado de furia só piorou nos ultimos dias, nem a sedação está ajudando, meu corpo está todo machucado, pois quando a fera se liberta, tenta de todas as maneiras possiveis sair do apartamento, o resultado é esse, ombros inchados de tanto bater nas paredes, mãos roxas e feridas, não me restou um móvel se quer, e disse a Ricardo que não trouxesse mais nada para cá, eu sou um monstro, e vou continuar assim destruindo tudo, não precisa ficar gastando dinheiro em vão, sei que ele pode sentir minhas emoções afinal, ele é meu irmão, mas faço o meu melhor para não demonstrar. Amanhã ela irá casar, o pensamento faz lágrimas descerem pelo meu rosto pela miléssima vez, mas fui eu quem quis assim, ela será feliz com outro, ele irá dar a ela o que eu
Cibele _Está tudo bem? sussurro para ele, que tenta disfarçar, ele acena concordando e olha para o palestrante que começa a falar, segurando minhas mãos de frente para ele o encaro mais uma vez, e o sinto inquieto, ele olha para os convidados e diz. _Desculpas. O olho confusa e pergunto. _Desculpas pelo quê Heitor? _Eu não posso fazer isso. Ele diz suando e olhando novamente para os convidados. _O que está havendo Heitor? _Eu... ele começa mas o nervosismo faz ele ficar repensando olhando para os seus pais. _Heitor, tudo bem. Eu falo. _Pode me dizer o que está acontecendo, Falo num tom suave na voz e com sinceridade, Heitor respira fundo passando o dedo pela gola do terno afrouxando um pouco a gravata e fala. _Eu não posso me casar com você. Meu sangue congela e meu coração acelera com o que acabo de ouvir. _O que aconteceu? Você mudou de ideia sobre mim? Não gostou de algo que eu escolhi? _Não, não é isso Cibele, Eu.... Heitor passa a mão pelo rosto e respira fundo me dize
Cibele O cheiro inebriante dele invade meu nariz e em questão de segundos meu coração se acalma, apoio minha cabeça em seu peitoral e sei exatamente quem é, mas é impossivel, ele está a milhas de distância, e não quer nada comigo, devo estar sonhando. Ele me segura com força, colocando meus braços unidos em mim e seus braços me envolvendo, após minutos sem dizer se quer uma palavra um ao outro, sua voz rouca sussurra em meu ouvido. _Estou aqui por você. Abro meus olhos e me viro saindo do seu abraço para encará-lo. Seus olhos são tão lindos quanto eu me lembrava e seu rosto perfeito. _Por que você veio? Falo com a voz falhando ainda. _Eu... Ele tenta se explicar e abaixa a cabeça tirando o seu olhar do meu. _Eu não podia permitir isso. Meu coração acelera com a sua frase. _Por que? _Por que você é meu par, mas eu sou um monstro Cibele e eu posso te machucar... Mas eu não o deixo terminar. _Para com isso, se você veio até aqui para me dar desculpas esfarrapadas de não poder fi
Cibele Quando levanto a cabeça novamente para encarar Keller, seu rosto está a centimetros do meu e sinto sua respiração em meu rosto, meu coração acelera em estar tão perto dele, Keller segura meu rosto com as duas mãos e se aproxima mais até nossos lábios se tocarem, faiscas correm por todo o meu corpo e me inclino mais querendo seu beijo, pelo menos uma vez, Keller retribue e pede espaço para um beijo mais intenso com sua lingua deslizando sobre a minha, nunca senti algo tão bom na vida, e não quero que acabe, me aproximo mais deixando a manta cair e ficando de joelhos para estar mais perto dele. Keller faz o mesmo e passa a mão pela minha cintura me puxando mais para ele, nosso beijo fica mais quente e cheio de desejo, sinto os caninos dele hora ou outra na minha boca e não resisto a dar umas mordiscadas nos lábios dele. Começo a desabotoar sua camisa e ele a retira dos braços, passo minhas mãos por todo o seu peitoral descendo até a sua calça, abro e ziper e ele a tira rapido j
Cibele Acordo, e já está claro lá fora, a chuva parece que já parou, olho para a lareira que ainda queima a lenha, e estou enrolada em uma manta, me viro e vejo que Keller não está dormindo ao meu lado, me sento enrolando a manta em mim, pelo frio e olho por toda a casa, mas só eu estou aqui, respiro fundo ainda lembrando da noite passada, depois de uma noite assim, como ele poderia me deixar? e que história é essa de que ele é um monstro sem controle, ainda não entendi isso, penso comigo. Respiro fundo e coloco novamente a camisola me enrolando numa manta quentinha e saio da cabana onde passei a melhor noite da minha vida e fui deixada de novo. Caminho sem pressa de volta para casa e acabo perdendo metade do dia, andando pela mata fechada, vejo onde deixe o vestido rasgado e os sapatos, decido deixar tudo onde ficou, passo pela borda da floresta e já vejo meu pai querendo que um batalhão entre na mata atrás de mim, um dos recrutas me vê saindo e diz. _Olha senhor, lá está ela! Ele
Cibele Semanas se passaram e eu não tive noticias do Keller, não é possivel que ele vá me deixar sem noticias assim, é tortura demais, não depois daquela noite na cabana, eu não vou deixar para lá. Sigo minha antiga rotina, treinando recrutas e nos dias de folga, acabo voltando até a cabana abandonada onde o cheiro do Keller ainda está, fraco, mas ainda tem o cheiro dele aqui. Passo horas sozinha lá, olhando para o nada, e quando finalmente me dou por satisfeita, me levanto e faço todo o caminho de volta para casa, entro, tomo meu banho e fico olhando pela janela, na esperança de que ele apareça, parece ridiculo, mas tenho feito isso, esperado por alguém que não sei se algum dia irá voltar. Michele me convida para ser sua dama de honra em seu casamento e saimos para escolher o meu vestido para usar, faço o meu melhor para não transparecer o vazio que estou sentindo longe dele, é como se me faltasse o ar. Me arrumo para o grande dia da minha melhor e unica amiga, ela está tão feliz,