Cibele _Está tudo bem? sussurro para ele, que tenta disfarçar, ele acena concordando e olha para o palestrante que começa a falar, segurando minhas mãos de frente para ele o encaro mais uma vez, e o sinto inquieto, ele olha para os convidados e diz. _Desculpas. O olho confusa e pergunto. _Desculpas pelo quê Heitor? _Eu não posso fazer isso. Ele diz suando e olhando novamente para os convidados. _O que está havendo Heitor? _Eu... ele começa mas o nervosismo faz ele ficar repensando olhando para os seus pais. _Heitor, tudo bem. Eu falo. _Pode me dizer o que está acontecendo, Falo num tom suave na voz e com sinceridade, Heitor respira fundo passando o dedo pela gola do terno afrouxando um pouco a gravata e fala. _Eu não posso me casar com você. Meu sangue congela e meu coração acelera com o que acabo de ouvir. _O que aconteceu? Você mudou de ideia sobre mim? Não gostou de algo que eu escolhi? _Não, não é isso Cibele, Eu.... Heitor passa a mão pelo rosto e respira fundo me dize
Cibele O cheiro inebriante dele invade meu nariz e em questão de segundos meu coração se acalma, apoio minha cabeça em seu peitoral e sei exatamente quem é, mas é impossivel, ele está a milhas de distância, e não quer nada comigo, devo estar sonhando. Ele me segura com força, colocando meus braços unidos em mim e seus braços me envolvendo, após minutos sem dizer se quer uma palavra um ao outro, sua voz rouca sussurra em meu ouvido. _Estou aqui por você. Abro meus olhos e me viro saindo do seu abraço para encará-lo. Seus olhos são tão lindos quanto eu me lembrava e seu rosto perfeito. _Por que você veio? Falo com a voz falhando ainda. _Eu... Ele tenta se explicar e abaixa a cabeça tirando o seu olhar do meu. _Eu não podia permitir isso. Meu coração acelera com a sua frase. _Por que? _Por que você é meu par, mas eu sou um monstro Cibele e eu posso te machucar... Mas eu não o deixo terminar. _Para com isso, se você veio até aqui para me dar desculpas esfarrapadas de não poder fi
Cibele Quando levanto a cabeça novamente para encarar Keller, seu rosto está a centimetros do meu e sinto sua respiração em meu rosto, meu coração acelera em estar tão perto dele, Keller segura meu rosto com as duas mãos e se aproxima mais até nossos lábios se tocarem, faiscas correm por todo o meu corpo e me inclino mais querendo seu beijo, pelo menos uma vez, Keller retribue e pede espaço para um beijo mais intenso com sua lingua deslizando sobre a minha, nunca senti algo tão bom na vida, e não quero que acabe, me aproximo mais deixando a manta cair e ficando de joelhos para estar mais perto dele. Keller faz o mesmo e passa a mão pela minha cintura me puxando mais para ele, nosso beijo fica mais quente e cheio de desejo, sinto os caninos dele hora ou outra na minha boca e não resisto a dar umas mordiscadas nos lábios dele. Começo a desabotoar sua camisa e ele a retira dos braços, passo minhas mãos por todo o seu peitoral descendo até a sua calça, abro e ziper e ele a tira rapido j
Cibele Acordo, e já está claro lá fora, a chuva parece que já parou, olho para a lareira que ainda queima a lenha, e estou enrolada em uma manta, me viro e vejo que Keller não está dormindo ao meu lado, me sento enrolando a manta em mim, pelo frio e olho por toda a casa, mas só eu estou aqui, respiro fundo ainda lembrando da noite passada, depois de uma noite assim, como ele poderia me deixar? e que história é essa de que ele é um monstro sem controle, ainda não entendi isso, penso comigo. Respiro fundo e coloco novamente a camisola me enrolando numa manta quentinha e saio da cabana onde passei a melhor noite da minha vida e fui deixada de novo. Caminho sem pressa de volta para casa e acabo perdendo metade do dia, andando pela mata fechada, vejo onde deixe o vestido rasgado e os sapatos, decido deixar tudo onde ficou, passo pela borda da floresta e já vejo meu pai querendo que um batalhão entre na mata atrás de mim, um dos recrutas me vê saindo e diz. _Olha senhor, lá está ela! Ele
Cibele Semanas se passaram e eu não tive noticias do Keller, não é possivel que ele vá me deixar sem noticias assim, é tortura demais, não depois daquela noite na cabana, eu não vou deixar para lá. Sigo minha antiga rotina, treinando recrutas e nos dias de folga, acabo voltando até a cabana abandonada onde o cheiro do Keller ainda está, fraco, mas ainda tem o cheiro dele aqui. Passo horas sozinha lá, olhando para o nada, e quando finalmente me dou por satisfeita, me levanto e faço todo o caminho de volta para casa, entro, tomo meu banho e fico olhando pela janela, na esperança de que ele apareça, parece ridiculo, mas tenho feito isso, esperado por alguém que não sei se algum dia irá voltar. Michele me convida para ser sua dama de honra em seu casamento e saimos para escolher o meu vestido para usar, faço o meu melhor para não transparecer o vazio que estou sentindo longe dele, é como se me faltasse o ar. Me arrumo para o grande dia da minha melhor e unica amiga, ela está tão feliz,
Cibele Alfa Ricardo me conta como Keller foi mantido prisioneiro e como foi feito de cobaia em experimentos malucos, que o tornaram um hibrido, mas que ele não consegue controlar esse lado dele e que é muito poderoso, ele não consegue se lembrar de nada do que faz, e foi usado por muito tempo para assassinar e matar pessoas. Ele me conta também que Keller precisou de muitos tratamentos para tentar voltar a ser uma pessoa normal como ele era antes, mas que nunca conseguiu, seu apartamento foi todo reprojetado para ele, e conforme seu humor muda, o apartamento inteligente é completamente selado o prendendo lá, até que retorne a sua forma humana. Ele me leva até o apartamento dele, ele é o unico que tem a chave, e assim que ele abre fico chocada, tem marcas de sangue e de garras por todo o lugar, os móveis estão completamente destruidos e pelo jeito faz tempo que ele não vem aqui. _Como ele poderia viver assim? Falo chocada e com lágrimas nos olhos. _Eu não sei Cibele, eu tentei ajud
Cibele Após uma semana na matilha do sul, volto para casa, sem noticias de Keller, Alfa Ricardo ficou de me avisar se soubesse de algo antes da minha partida e espero mesmo que Keller volte logo, sinto falta dele. Passo meus dias em casa e dando voltas pela cidade, vai e volta vou até a cabana, andei perguntando se alguém sabia do dono daquele lugar, mais ainda não tive respostas, pedi ao meu pai que me ajudasse, que gostei de lá, e queria a cabana para mim, como um refugio. Mas ele me vem com aquela conversa de novo de casamento. _Já disse pai, não vai rolar outro noivado arranjado, o ultimo foi um desastre, desiste disso, eu estou ótima sozinha. _Não, não está não Cibele, eu vou encontrar alguém que te respeite e seja seu par escolhido. _Pai eu não quero um marido, já chega dessa historia, você está sozinho até hoje e está muito bem. Falo tentando por fim na discussão mas, _Eu preciso saber que você terá alguém quando eu morrer Cibele, não quero que você fique no mundo sozinha
Cibele Olho para o doutor que pergunta. _Se lembra do seu ultimo ciclo? Ainda confusa respondo. _Na verdade não doutor, Falo pausando tentando processar ainda o que acabei de ouvir. _Então faremos mais exames para saber mais tudo bem? E Parabéns pelo bebê. _Obrigada, Digo sem graça ao doutor que sai me deixando com meu pai, com a maior cara de bravo. Meu pai põe a mão na cintura e me olha nervoso. _Que história é essa de gravidez Cibele? _Eu sei tanto quanto você agora, meu pai passa aos mãos pelo cabelo e diz. _Como?... Quando?... Ou melhor com quem você dormiu? Me lembro da noite com Keller na cabana e coloco a mão na boca relembrando nossa noite. _Cibele? Me responde, meu pai pergunta inquieto, respiro fundo e digo. _Com Keller, na noite em que eu fui deixada no altar, respondo com sinceridade. Meu pai surta com a minha fala. _Primeiro ele te rejeita, e agora você me diz que ele veio ao casamento que não aconteceu, e por fim, não te assumiu, e ainda te deixou para trá