A mãe de Erika, além de chocada e furiosa, quase desmaiou, não dando crédito à humilhação que sua filha e toda sua família estavam passando, uma loucura. - Quem é você?! Mulher fedorenta, insignificante e sacanagem-ele a ofendeu depois de lhe dar aquele golpe, claro que a citada ainda não sabia o que dizer, ela não tinha culpa de nada ela estava apenas sendo usada por aquele estranho. Ela se sentiu uma completa tola por ter concordado com isso, mesmo não sabendo ao certo no que estava se metendo e só então a alcançou. A festa de noivado era desse cara do Leandro! O italiano, ele não achava que a mãe de Erika ousasse tanto. E quando a mulher tentou dar um tapa em Milenka novamente, ela agarrou seu braço. - Para com isso, Paulette! Não se atreva. Mas ela parecia uma cobra raivosa por causa do que estava acontecendo, e mais ainda por causa da atitude de Leandro e sua insistência em Salvar a mulher. Só não entendi como diabos os planos se desfizeram da noite para o dia, além de ser
- Apenas me diga, eu vou aceitar. Espere um minuto... - ele se abaixou para o rosto dela, ela prendeu a respiração, tê-lo tão perto a desestabilizou, e virou as pernas gelatinosas. Leandro inspecionou a bochecha. Sinto muito, a culpa é minha. Vamos para o meu carro, sempre trago pomada comigo. Milenka o seguiu, ela só olhou para trás uma vez; mesmo à distância, o lugar lhe dava calafrios. Ele voltou naquele carro. O cara também fez e pegou o creme. Então ele passou no dedo, enquanto Milenka passava saliva com dificuldade, sozinha ela poderia cuidar disso. Mas Leandro já deslizava os dedos por sua pequena bochecha carmesim. Ele estava cheio de culpa novamente. - Desculpe, dói muito? —Não, só queima um pouco - " admitiu pigarrear. Posso fazer uma pergunta? - Você já está fazendo isso, vá em frente. Ele deixou o ar sair sonoramente. - Por que você parou seu noivado? Ninguém faz isso, e a sua noiva? Ela saiu furiosa. — Meu noivado não significa nada, é um relacionamento arranjado
Ela acordou cedo e se arrumou, sua aula começou às dez da manhã, mas ela queria estar fora de casa o máximo possível. Ele desceu para tomar o café da manhã que sua mãe havia preparado para ele; Aleksei, seu pai, já havia saído para o trabalho. - Aqui vai, aveia, torrada, geléia E... A mãe fez uma pausa ao vê-la cobrindo a boca. Infelizmente, o enjoo matinal começou quando ele viu os flocos de aveia, como se fosse a coisa mais nojenta que ele já tinha visto na vida. Diante da ânsia horrível que tinha e evitando vomitar sobre a mesa, correu assim que suas pernas lhe permitissem ir ao banheiro principal. Klara deixou o prato em cima da mesa e foi com a filha com medo de que algo estivesse errado. - Milenka, você está bem? Não me diga que comeu algo ruim por lá, eu te conheço, você gosta de fazer compras nesses lugares anti-higiênicos. Ela revirou os olhos ainda agachada na frente daquele vaso sanitário. Sua mãe chamou os locais de fast food de "insalubres". Queria que fosse uma dor
O contato entre seus dedos brilhou, ela ficou atordoada com o súbito aperto de ferro que deu mais realismo à cena. Até ela caiu na atuação, na forma como Leandro executou bem seu papel. Mariola olhou para eles incrédula. Em que momento sua filha terminou o relacionamento com Alexandre?! Ela não conheceu outro cara naqueles meses, na verdade foi Alexandre seu primeiro namorado. - Milenka e eu também não esperávamos um filho, mas aceitamos juntos e decidimos assumir a responsabilidade. Renard quase teve um infarto. - Decisão? Aceitar? respirou fundo e olhou para a filha. O que é isso tudo? Você está na faculdade!"Pai, me perdoe", ela soluçou. Ela foi tola por acreditar que o italiano seria seu apoio e tornaria o problema mais leve, mas mais idiota ela que caiu nos encantos de um cretino e covarde como seu exnônio. Ele não a merecia! - Milenka, mas você estava com Alexandre. Seu pai porque ele passa o tempo todo trabalhando sem parar, mas eu estou mais ciente de você, eu sei que
O imóvel tinha mais de cento e cinquenta metros quadrados, quartos anexos a um banheiro suíte e closet. As vistas panorâmicas que eram oferecidas, também eram fabulosas. Ele podia ver que havia muitas pinturas com luz focada, as paredes eram em sua maioria pintadas de branco e algumas partes dos quartos de um azul escuro, quase como o céu sendo oprimido pela tempestade. Talvez seja por isso que um arrepio percorreu sua nuca. Na verdade era luxo em todos os lugares, ainda assim, senti que era necessário algum calor feminino. Ficou tão marcado o fato de que só ele morava ali, solitário e com frio? Sua casa era a de um solteirão, um homem ordeiro, de bom gosto e viciado em qualquer coisa que gritasse suntuosidade. Ainda assim ele não tinha uma objeção, não é como se ele tivesse o direito, porque ela era apenas uma convidada passageira, uma intrometida em sua vida e espaço. Ela estalou a língua. Ela não deve se sentir mal no final. Foi ele quem a jogou nisso tudo. Ficou na cama e ol
Os raios de luz intervieram em seu sonho, ele abriu as pálpebras lentamente, encontrando a intensidade do sol já alta, e se transformou em outro dia em que ele teve que lidar com sua situação. Queria sinceramente ficar para dormir por muito tempo, mas ocupando um lugar que não lhe pertencia, não se olhava com esse direito; acabou se livrando dos lençóis e daquela sonolência que ficava aprisionando seus membros, logo direcionou seus passos para o banheiro, alguns segundos distraída com cada detalhe dentro dele, tudo era diferente do que conhecia. A casa de seus pais e seu quarto poderiam ser algo simples comparado ao apartamento de Leandro. Ela se enrolou em uma toalha quente e ficou do lado de fora pensando que deveria usar as mesmas roupas. Ele fez beicinho, teria que colocar o moletom de volta e aquele jeans todo gasto. Nem pensar. Assim que ele pegou, houve uma batida na porta, duas torneiras secas do lado de fora. Eu sabia que era sobre o cara. Ele já estava lá para acordá-
Ela atravessou o corredor da universidade e todo mundo estava olhando para ela, ela pensou que algo estava errado com suas roupas, mas ela não conseguiu nada de estranho, ela não entendeu por que tantos pares de olhos a colocaram no centro; Sara pulou em cena e imediatamente se pendurou em seu braço. —Eu ainda não aceito que você vai me deixar em paz, você até me fez uma promessa de estar sempre junto em momentos e lugares importantes, deveria ser uma lembrança inesquecível também, mas você não quer — ela fez olhos de cachorrinho.Só então ela percebeu que todas essas pessoas estavam observando-os, especialmente sua amiga. - Tenho alguma coisa na cara? Todo mundo me vê. - Olha, é ela, a pobre menina foi traída pelo namorado, agora ela vai ser motivo de chacota de toda a Universidade — comentou uma menina que passava, maliciosamente. Ela engoliu em seco e verificou o celular. Tinha muitos comentários, notificações que chegavam, achava que ia explodir o celular a qualquer momento.
Leandro assumiu o comando da situação, se viu na frente do Sr. Jackson e acabou resolvendo o problema, tornando-se oficialmente tutor de Milenka e responsável pelas despesas de estudo dela. O diretor ficou com um enorme sorriso no rosto quando soube que nada mais e nada menos que o herdeiro da mais importante empresa de publicidade do país estava em seu escritório. Mas... Que tipo de relacionamento aquele cara rico tinha com uma aluna como Milenka que vinha de um status intermediário? Isso o deixou curioso. - Obrigado, muito obrigado por se dar ao trabalho de vir aqui na hora certa e resolver algo que não deveria importar para você. Me sinto bastante culpado por isso-confessou em meio à gratidão. - Por quê? Pare já. Só imaginei que seus pais dariam o ultimato, que deixariam de pagar seus estudos. Assim como você foi expulso de casa sem compaixão, Eu vi isso chegando. Por quanto tempo você vai continuar se preocupando com um assunto que não me afeta? Eu tenho o dinheiro, a possibil