Capítulo 4
— Sim, eu também não disse nada, não precisa ficar nervosa.

Valentim relaxou um pouco e de repente mudou de assunto.

— Amanhã é aniversário da Noemia, ela nos convidou.

Eu garanti que iria.

Valentim finalmente suspirou aliviado e me despediu todo contente.

Ao chegar em casa, tirei a foto do casamento da parede e comecei a cortá-la em pedacinhos com a tesoura.

Incluindo a moldura em cima da mesa, o anel de noivado que ele me deu também foi parar no vaso sanitário.

Naquela noite, Valentim não voltou para casa.

No perfil da Noemia, ela postou uma selfie.

Atrás dela, a mão de um homem, sem aliança, mas o relógio era o mesmo que eu dei para o Valentim.

Já era onze da noite e eles ainda estavam juntos.

Na manhã seguinte, vi que Noemia tinha postado outra atualização.

Era um vestido de alta costura da CHANEL, coberto de diamantes deslumbrantes.

A legenda dizia:

[Será que tudo o que eu quero você vai me dar?]

"É, faz sentido, em três anos eu nunca pedi nada a Valentim."

"Ele estava mais do que disposto a gastar todo o dinheiro na mulher que amava."

"Mas eu já não me importava com isso, agora eu tinha um filho e precisava lutar pelo maior benefício possível para nós dois após o divórcio."

A festa já havia começado quando eu finalmente cheguei.

Henrique anunciou que Noemia estava prestes a lançar sua própria marca de roupas, financiada pelo Grupo Pascoal.

Todos olhavam para Noemia com olhos de admiração.

Diziam que ela era muito sortuda, pois dois amigos de infância a tratavam tão bem.

Quando apareci, todos me olharam com desdém.

Afinal, meu marido estava investindo na empresa de Noemia enquanto eu só podia ser dona de casa.

Fui até Valentim e perguntei: — Você vai financiar a marca da Noemia e eu não sabia?

— Esse gasto vem do nosso patrimônio comum e você decidiu sozinho?

Valentim ficou sem graça: — Amor, isso é só um plano, ainda não decidimos se vamos seguir em frente, por isso não te contei.

— Ah.

Eu dei um sorriso frio:

— Não me importa o que seja, de qualquer forma, não concordo.

O rosto de Valentim ficou sombrio:

— Alice, não faça birra em um lugar como este.

— Quem decide sobre o investimento sou eu, não adianta você discordar.

— É mesmo? Nosso patrimônio é compartilhado, será que não posso nem questionar onde meu dinheiro é gasto?

Vendo que íamos começar uma briga, Henrique tentou aliviar a situação empurrando-me para o palco.

— Alice, desde quando você ficou tão mesquinha? Hoje é o aniversário da Noemia, você não deveria desejar feliz aniversário?

Olhei para Valentim na plateia, seu rosto ainda estava carrancudo, com os olhos fixos em Noemia.

A raiva e a frustração me consumiram, peguei o microfone e disse ao público: — Valentim, eu quero me divorciar de você.
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