Marido Assassino: A Farsa do Casamento
Marido Assassino: A Farsa do Casamento
Por: Mafalda Borges
Capítulo 1
— Diretor Pascoal, os anticoncepcionais que o senhor solicitou estão prontos. Devo continuar a dar para sua esposa?

Valentim respondeu friamente: — Sim, não pare com o remédio. Casar com ela foi apenas uma medida provisória. No meu coração, apenas Noemia pode ser a mãe dos meus filhos.

Valentim mostrava no rosto uma expressão de tristeza e arrependimento.

— A mãe de Alice morreu, eu abandonei meu casamento para proteger Noemia, mesmo que isso signifique nunca ser pai.

— No meu coração, ninguém pode substituir Noemia, nem mesmo um filho meu com Alice.

O médico hesitou:

— Mas o uso prolongado desse tipo de anticoncepcional pode causar danos à saúde, e mesmo interrompendo, pode ser difícil engravidar no futuro.

Valentim mostrou um olhar de conflito que logo foi substituído por determinação.

— Não importa, cuidarei dela por toda a vida.

Eu estava do lado de fora do escritório, sentindo-me entorpecida, como se estivesse descalça na neve, gelada até os ossos.

Sem ser descoberta por Valentim, voltei ao quarto como uma morta-viva e desabei no chão.

Durante três anos sem filhos, sempre achei que o problema fosse meu, afinal, minha saúde sempre foi frágil desde pequena.

Experimentei muitos remédios caseiros, alguns me deixavam enjoada, mas nunca engravidei.

Eu me sentia culpada, mas Valentim dizia que não tinha problema, que bastava ter a mim.

Para não me deixar desconfiar, ele nunca tomava precauções, deixando-me sempre questionar se realmente não tinha capacidade de ser mãe.

Aos olhos dele, minha saúde e minha capacidade de ser mãe não eram tão importantes quanto a felicidade de Noemia.

— Alice, por que está sentada no chão?

Valentim entrou no quarto e rapidamente me ajudou a levantar, com uma expressão de preocupação.

— Não é nada, apenas fiquei um pouco tonta.

Na verdade, não estava mentindo, nos últimos anos, eu frequentemente me sentia tonta.

Ele gentilmente massageou minhas têmporas.

— Querida, eu gostaria de poder sentir sua dor, me preocupo muito com você.

— Seu corpo não está bem, você deveria se nutrir mais. Aqui, beba um pouco de leite quente, isso vai te fazer sentir melhor.

Ao olhar para aquele copo de leite, senti uma dor aguda no coração.

Antes, sempre após nossos momentos íntimos, ele me trazia um copo de leite, dizendo que era para eu dormir bem.

Achei que era uma demonstração de amor, mas era apenas o disfarce de um carrasco.

— Querido, estou enjoada, não quero beber.

Valentim apertou meu nariz levemente, mas ainda insistiu.

— Vamos, Alice, beber leite ajuda a repor cálcio e a dormir melhor. Beba e descanse, quando acordar a dor de cabeça terá passado.

Ele gentilmente, mas com firmeza, pressionou o copo contra meus lábios, sem me dar chance de recusar.

"Valentim, você realmente tinha coragem de me privar do direito de ser mãe?"

"Mesmo vendo meu esforço para engravidar, comendo o que não gostava, você não sentia nem um pouco de pena?"

Fechei os olhos em desespero e bebi todo o copo de leite até a última gota.

Adormeci lentamente, mas acordei por causa de uma náusea repentina e corri para o banheiro, onde vomitei até quase perder a consciência.

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