A clareira estava envolta por uma calma quase sobrenatural na manhã seguinte à celebração do casamento de Lis e Matthew. O ar parecia carregado com a energia residual da noite anterior, como se as canções e os risos ainda pairassem entre as árvores. No entanto, a matilha nunca parava. A união entre Luna e Alfa havia renovado os espíritos do grupo, mas também trazia responsabilidades que precisavam ser assumidas imediatamente.Lis despertou ao som dos pássaros, os raios de sol filtrando-se pelas frestas da janela. A cabana ainda carregava o calor das festividades, mas Matthew já havia saído cedo, como sempre fazia. Ao seu lado, sobre a cabeceira de madeira, encontrou um bilhete com a caligrafia firme dele:— "A clareira é sua hoje, minha Luna. Nos vemos no Conselho."Um sorriso escapou de seus lábios enquanto dobrava o papel e o guardava consigo. A referência ao Conselho encheu seu peito de expectativa. Não seria apenas sua primeira participação oficial como Luna ao lado de Matthew, mas
Os primeiros raios do sol filtravam-se pelas folhas densas das árvores, banhando a clareira com uma luz dourada. O ar era fresco, carregado com o cheiro de terra úmida e a promessa de um novo dia. Após semanas de guerra, finalmente havia paz. O território estava calmo, e a matilha podia respirar, curar-se e reerguer-se.A clareira estava viva com atividade. Membros da matilha trabalhavam lado a lado, restaurando partes do território que haviam sido danificadas nos conflitos. Alguns plantavam árvores para substituir as que haviam sido derrubadas, enquanto outros reforçavam as cabanas com novas estruturas de madeira. Crianças brincavam ao redor do lago próximo, suas risadas ecoando pelo ar. Famílias compartilhavam histórias e risos ao redor das fogueiras, criando um ambiente acolhedor e cheio de vida.Lis caminhava pelo coração da clareira, seu vestido simples movendo-se suavemente com a brisa. Ela sorria ao cumprimentar os membros da matilha, ouvindo breves relatos sobre o progresso e a
A clareira estava em sua melhor forma naquela manhã. A paz havia se tornado parte do cotidiano, trazendo uma sensação de plenitude que a matilha não conhecia há anos. Lis acordou cedo, ouvindo o sussurro do vento nas árvores e os sons suaves da vida ao redor. O aroma de flores frescas misturava-se ao cheiro da terra úmida, tornando o amanhecer ainda mais revigorante.Matthew ainda dormia ao seu lado, seu braço descansando sobre a cintura dela. Lis sorriu, observando-o por um momento antes de se levantar com cuidado para não o despertar. O dia prometia ser cheio de atividades, mas também de pequenas alegrias que Lis aprendera a valorizar.Ao sair da cabana, Lis encontrou Sophia e Ryan já ocupados organizando os grupos para as tarefas diárias. Havia muito a ser feito, desde caçadas até o reforço das barreiras naturais ao redor do território.— Bom dia, Luna, — cumprimentou Sophia, com um sorriso. — Hoje planejamos revisar a área leste. Há sinais de que cervos estão voltando. Podemos orga
A clareira permanecia envolta em tranquilidade, mas havia uma tensão sutil que pairava no ar. A paz era bem-vinda, mas frágil, como vidro fino prestes a trincar. Matthew e Lis sentiam isso de forma palpável. O passado nunca desaparecia completamente, e o receio de que antigas rivalidades ou novos perigos emergissem era como um sussurro constante ao fundo.Lis estava sentada à beira do pequeno lago, observando as ondulações que se espalhavam suavemente pela superfície. Seu reflexo olhava de volta para ela, os olhos refletindo tanto força quanto uma inquietação velada. A brisa brincava com seus cabelos soltos, enquanto Rose, em sua forma lupina, repousava próxima, os olhos dourados sempre atentos.— Você está inquieta hoje, Lis, — comentou Rose em sua mente, com a calma que era sua marca.Lis suspirou, afagando o pelo macio de sua companheira.— Estou apenas pensando... Trabalhamos tanto para construir isso. Mas, às vezes, sinto como se algo estivesse à espreita, esperando o momento cer
A clareira permanecia envolta em tranquilidade, mas havia uma tensão sutil que pairava no ar. A paz era bem-vinda, mas frágil, como vidro fino prestes a trincar. Matthew e Lis sentiam isso de forma palpável. O passado nunca desaparecia completamente, e o receio de que antigas rivalidades ou novos perigos emergissem era como um sussurro constante ao fundo.Lis estava sentada à beira do pequeno lago, observando as ondulações que se espalhavam suavemente pela superfície. Seu reflexo olhava de volta para ela, os olhos refletindo tanto força quanto uma inquietação velada. A brisa brincava com seus cabelos soltos, enquanto Rose, em sua forma lupina, repousava próxima, os olhos dourados sempre atentos.— Você está inquieta hoje, Lis, — comentou Rose em sua mente, com a calma que era sua marca.Lis suspirou, afagando o pelo macio de sua companheira.— Estou apenas pensando... Trabalhamos tanto para construir isso. Mas, às vezes, sinto como se algo estivesse à espreita, esperando o momento cer
A clareira estava envolta em uma calma estranha, uma paz que parecia prestes a ser interrompida por algo invisível. As folhas das árvores sussurravam com a brisa, e o canto distante dos pássaros dava um toque de serenidade ao ambiente. Mas havia algo no ar que Lis não conseguia ignorar, uma sensação inquietante, como se o equilíbrio conquistado com tanto esforço estivesse prestes a desmoronar.Lis caminhava ao lado de Matthew, seus passos ecoando suavemente no chão coberto de folhas secas. A luz suave da manhã filtrava-se através das copas das árvores, criando padrões dançantes no solo. Embora tudo parecesse normal, Lis sentia que algo estava prestes a mudar.— Você está preocupada, Lis? — perguntou Matthew, seu olhar atento ao ver a expressão distante da esposa.Lis olhou para ele, forçando um sorriso.— Só tenho essa sensação... Como se estivéssemos à beira de algo grande, algo que não podemos prever.Matthew parou de caminhar, virando-se para ela com uma expressão séria.— Eu també
A noite estava quieta na clareira, mas a tensão no ar era palpável. Enquanto Matthew e os outros líderes discutiam estratégias de defesa, Lis estava sozinha, sentada perto da fogueira, olhando para o artefato que ela tinha encontrado meses atrás — uma peça de metal misteriosa que parecia pulsar com uma energia própria. Era algo que ela não conseguia explicar, mas, a cada dia, sentia uma conexão mais profunda com o objeto. O artefato sempre a chamava, uma atração inescapável que a deixava inquieta, mas também curiosa.O som das árvores balançando e o farfalhar das folhas pareciam distantes enquanto ela o examinava novamente. O metal, antigo e ornamentado, era adornado com runas que ela não conseguia entender. À medida que seus dedos passavam pelas inscrições, algo sutil acontecia: uma energia parecia percorrer sua pele, despertando uma sensação dentro dela que era ao mesmo tempo estranha e familiar.Foi quando ela percebeu que Kael a observava de longe, com um olhar atento, quase penet
A manhã nascia sobre a clareira com um céu claro e sereno, mas dentro de Lis, as sombras da noite anterior ainda pairavam. As palavras de Kael estavam gravadas em sua mente, ressoando com um peso crescente. O artefato, a conexão com o sangue das bruxas, a magia que começava a despertar dentro de si — tudo isso parecia ser mais do que ela estava preparada para enfrentar. Ela ainda tentava entender o que aquilo significava para ela e para sua vida na matilha.Lis caminhava pelo campo de treino, onde a matilha realizava seus exercícios diários. O som de passos rápidos, o estalar das folhas secas e o farfalhar das árvores faziam parte da rotina que sempre a acalmava. Mas hoje, nada parecia aliviar a pressão crescente que sentia. O artefato, guardado em sua tenda, parecia chamá-la constantemente, a cada passo, a cada respiração."Você tem esse poder dentro de você, Lis. O sangue das bruxas corre em suas veias." As palavras de Kael se repetiam em sua cabeça como um eco distante, mas inescap