Camilo pega o telefone e liga para alguém. Ouve-se a voz do pai, e ele coloca o telefone no viva voz. Eu me coloco ao lado de Camilo, tão apavorada que minhas pernas já não me obedecem. Eu sinto que meu coração vai parar de bater de tanto medo que estou sentindo.

— Camilo?— ele pergunta surpreso.

— Cadê as crianças, senhor Ramon? — Camilo fala com a voz apreensiva.

— Ainda bem que minha filha está com você. Uma mulher tentou pegar os meus netos, por sorte eu vi e consegui acertar dois tiros nela, também graças a uma moça que consegui identificar a indivídua. Ela gritou e os homens que estavam com a mulher foram embora. Chamei a moça para agradecer, mas ela sumiu sem ao menos saber como era seu rosto... mas não me parece estranha, sua voz me lembra alguém, só não sei quem.

— Eles estão bem? Não se machucaram? — Camilo pergunta, ao fundo ouço a voz da minha filha chorando.

— Eu quero minha mãe, vô me leva embora. — Lana fala soluçando.

— Filha, eu estou aqui minha vida! Você está bem? M