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Essa garotinha é normal? Ela pode ser autista.

Só Deus sabe o quanto meu amor por ela é profundo Só Deus sabe o quanto meu amor por ela é profundo Seus olhos me derreteram, eu juro por meu Deus só Deus sabe o que está acontecendo comigo.

Um rapaz se coloca na minha frente e tenta me acompanhar.

—Você é muito sexy.

A palavra "sexy" não me agrada, minha dança não é para seduzir, é pura arte.

Eu aceno um sim para ele, contudo, em seguida, dou-lhe as costas. Pego a mão da minha amiga e a viro para mim, começando a dançar com ela.

Rio interiormente quando vejo a decepção estampada nos rostos dos homens. Acho que eles acham que sou bissexual.

Mas não me importo.

Continuo minha dança, e as palmas me seguem enquanto todos me veem vibrar meus quadris, meus cabelos longos balançando de um lado para o outro.

Vou inclinando minha cabeça para trás enquanto movimento os braços no alto.

Os olhos dela me derreteram, eu juro o meu Deus.

Só Deus sabe o que está acontecendo comigo.

Eu juro, eu derreti nela, Os oceanos dos seus olhos me pegaram. Eu lhe dei meu coração.

Uma nova música entra e eu continuo dançando. Estou lavando minha alma hoje.

Não quero pensar em nada, apenas sentir a música. Estou comemorando por ter conseguido um bom emprego e por ter feito progressos com Bianca.

Habibi Ya Nour El Ain - Amir Diab

Luz Dos Meus Olhos

Meu amor, luz dos meus olhos, você habita minha imaginação. Estou apaixonado há anos e não há outra em minha mente. Meu amor, luz dos meus olhos, você habita minha imaginação.

Ao término da música, mais palmas, mas desta vez direcionadas a mim. Sorrio sem jeito e entro no ritmo da próxima música.

Após horas de dança, sinto uma intensa sede e decido parar.

—Vamos tomar alguma coisa? —grito para a minha amiga.

Ela assente para mim:

—Vamos! Eu também estou com sede.

Passando pelo labirinto de pessoas, iniciamos nossa jornada até o bar.

Natasha pega meu braço e grita no meu ouvido:

—Vamos para o outro lado, longe da pista de dança, assim podemos conversar. Quero saber mais sobre seu novo emprego.

Minutos depois, ocupamos os bancos altos de frente ao balcão e pedimos nossas bebidas. Eu peço uma água com gás e Natasha um chope.

—Deveria beber água para se hidratar.

—Cerveja hidrata.

—Isso é ilusório. O álcool aumenta a diurese e altera o metabolismo hídrico, favorecendo a desidratação.

Minha amiga ri.

—Essa é boa, Jade.

—Mas é verdade!

—Acredito, mas não estou rindo disso, estou rindo porque você é sempre tão certinha. Nem sei como te convenci a me acompanhar até a balada, e confesso que também me surpreendi com sua roupa. Você está linda, Jade.

Suspiro.

—Realmente foi um grande passo para eu ter caprichado no meu visual e estar aqui. É reflexo da minha felicidade. Hoje simplesmente não queria ver a vida pela televisão, senti vontade de viver um pouco e dançar livre, não na clausura do meu quarto.

—Estou feliz que veio —ela diz e sorri.

—Mesmo que eu tenha espantado os homens? Você sabe o que eles pensaram quando comecei a dançar para você? Desculpe-me.

Ela sorri.

—Tudo bem, sei que você precisava espairecer, e posso voltar aqui qualquer outro dia.

Sorrio.

—Você tem sido uma boa amiga! —digo e me levanto para abraçá-la forte.

—Ai! Desculpe-me.

Ela ri.

—Fale-me do seu emprego. Ainda não tivemos oportunidade de falar direito sobre ele.

Eu sorrio.

—Como você sabe, sou babá de uma linda garotinha de cinco anos. Uma graça. Linda mesmo, mas tem um problema. Bianca é muito fechada e ontem foi a primeira vez que ela interagiu comigo, por isso estou muito feliz.

—Verdade?

—Sim! Para você ter uma ideia, nos primeiros cinco dias ela ficou abraçada à avó e não queria contato comigo. Donatella teve que nos acompanhar em todos os ambientes para que ela se acostumasse com a minha presença. Quando eu pegava uma boneca e me aproximava para brincar com ela, ela virava as costas para mim.

—Essa garotinha é normal? Ela pode ser autista.

Eu entorto os lábios.

—Eu perguntei isso à avó, mas ela respondeu: "Bianca é uma criança normal. Nunca mais diga que minha neta tem problemas!"

—Deus! Que ignorância!

—Também achei. Fiquei triste por ela fechar os olhos para o problema da neta. Não é normal uma criança demorar tanto para confiar nas pessoas.

—Ela só tem essa avó?

—Não, ela tem o pai, mas ele está viajando.

Ela ergue as sobrancelhas.

—Depois tente falar com ele sobre a menina.

—Eu farei isso.

—E essa senhora te trata bem?

Meus olhos brilham nos dela.

— Muito bem. Para você ter uma ideia, ocupo um lindo quarto de hóspedes ao lado do quarto de Bianca. Nem havia necessidade disso, pois Donatella poderia muito bem me colocar em um quarto de empregada, já que ela dorme no quarto ao lado da neta. E tem mais! Não faço as refeições na cozinha como os outros empregados. Eu me sento com ela e como as mesmas iguarias que a senhorinha come.

—Puxa! Não é à toa que está feliz no emprego.

—Sim, estou muito contente. Donatella me trata como se eu fosse da família e ainda mais agora que Bianca sorriu para mim.

—Então a garotinha interagiu mesmo com você?

—Sim.

—Como você conquistou esse pequeno avanço?

—Coloquei três bonecas nas cadeiras em frente a uma pequena mesa e comecei a ensiná-las a desenhar. Bianca ficou me observando com interesse e não demorou muito para que ela se sentasse na cadeirinha ao lado das bonecas, pronta para aprender também. Quando perguntei se ela gostaria que eu a ensinasse a desenhar um cachorro, um lindo sorriso se abriu em seu rosto.

—Que maravilha!

—Sim. Fiquei tão feliz por essa conquista... Ah, antes que eu me esqueça, vou te perguntar uma coisa. A família para a qual você trabalha se preocupa excessivamente com segurança? Eles são do tipo neuróticos?

Natasha pisca e mexe os ombros.

—Não, apenas o normal. Por quê? A família para a qual você trabalha se preocupa muito com isso?

 

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