Everly Tiro minha mão de Joshua rapidamente quando a porta se abre e um homem que aparenta ter por volta dos 35 anos, cabelo preto, olhos castanhos e postura forte entra no pequeno cômodo. — Joshua, estava com um paciente quando vi seu nome seu prontuário, soube o que aconteceu. Quer conversar sobre isso? Acho que esse deve ser o homem que tem o orientando, já que ele me disse que procurou ajuda. — Vou deixá-los sozinhos — Me afasto, mas Joshua agarra minha mão em desespero. — Não, Eve! — É só por um momento, não vou embora, estarei do lado de fora —relutantemente ele solta minha mão e assente. Saio do quarto e me sento em uma cadeira. Eu poderia ter evitado que ele tentasse suicídio. Não posso deixar de me sentir culpada, ainda mais ao saber que fez isso por minha causa. Uma tentativa louca de chamar minha atenção. [...] Joshua. — O que aconteceu, Joshua? Soube da sua tentativa de suicídio. Quer falar sobre isso? Reviro os olhos e decido falar
Joshua. Entramos no meu apartamento e a sigo enquanto vai para a cozinha, ela pega um copo, liga a torneira, enche de água e dá para mim. — Quer me explicar essa história de me trair? — termino de tomar a água e a observo se encostar na pia e cruzar os braços. Tenho certeza de que é agora que vou me foder, entretanto, preciso tirar isso de mim. — No primeiro dia de aula, quando te vi, eu fiquei imediatamente atraído, mas sabia que era errado e eu tentei transar com uma mulher para tentar tirar você da cabeça... Eve arqueia a sobrancelha, no entanto, não diz nada, nenhuma emoção passa pelo seu rosto e fica difícil para que eu possa decifra-la. — E quando eu tentei fazer sexo com ela, meu pênis não subiu. Vejo-a arregalar os olhos. — Sabe, isso nunca aconteceu comigo, mas desde que te conheci... ele meio que só obedece a você — sussurro essa última parte como se fosse um segredo — Eu preciso do seu perdão. [...] Everly. Estou tentando não rir. Esto
Everly — E o resultado diva? — pergunta Dylan no dia seguinte enquanto estamos sentados embaixo de uma árvore no grande pátio da escola — Deu negativo — Toda vez que a palavra negativo aparece na minha mente é como um alivio, um peso tirado das minhas costas. — E como o bonitão ficou? — Não sei, ele não falou nada — achei estranho Joshua sumir com os testes, mas não dou muita importância a isso. Todos os alunos que passam olham fixamente para o meu rosto, estou literalmente parecendo a noiva do Frankenstein, algumas pessoas param e perguntam o que aconteceu para o meu rosto ter ficado assim, uso a tática de Joshua e digo que cai durante o banho e bati o rosto na banheira. — Você dormiu com ele ou o professor gostoso te levou para a casa? — reviro os olhos com os nomes que ele cria para Joshua, se David soubesse que ele anda fazendo isso... — Dormi no apartamento dele. — Vocês dormiram ou.... aconteceu algo há mais? — Dylan e sua curiosidade alheia! — Digamos
Everly — Everly! Olhe a bola! — saio do meu transe e vejo a bola de vôlei vindo em minha direção, odeio educação física e sempre vou odiar! A bola vem na minha direção, mas não sei o que fazer com as mãos, por um momento pensei que a bola cairia atrás de mim, porém, parece que calculei errado, pois ela cai na minha cara fazendo-me cair de bunda no chão e todos os alunos ali explodem em risos. Meu rosto começa a palpitar e doer, gotas de sangue começam a cair, passo a mão no meu nariz e dói pra caramba, já basta ter um lado do rosto roxo, agora estou com o nariz quebrado. Ok, estou sendo exagerada, mas está doendo demais. Uma mão é estendida para mim, pego-a encontrando Dylan com um olhar preocupado. — Diva, você estava no mundo da lua? Vamos para a enfermaria. — assinto, um garoto vem até nós com papel higiênico e estende para mim, agradeço brevemente e coloco sobre o meu nariz. Por que não tenho sorte em nada? Por que sou um desastre? Por faço apenas as escolhas err
Everly. — Como assim não te contei? Que eu saiba a vida é minha e faço dela o que eu quiser! O olhar de Joshua é puro ódio, em nada se parece com a pessoa diferente dessa semana, parece que voltou a ser o louco e obsessivo de antes. E o pior é que eu estava tendo esperanças. — Por que está tomando isso? — levanto-me do sofá, arranco o anticoncepcional da sua mão e o encaro. — Como assim, por que? Para evitar uma gravidez indesejada! — Joshua dá vários passos para trás como se tivesse levado um soco. — Indesejada? Gravidez indesejada? Ter um filho meu seria tamanho sacrifício assim, Everly? — Não acredito no que estou ouvindo, ele quer me engravidar? Quão louco isso é? Muito louco! — Você quer me engravidar, Joshua? — preciso ouvir isso da sua boca, que ideia absurda é essa que a sua mente maluca criou agora? O mesmo passa as mãos nos cabelos frustrado, ele encara-me seriamente e diz: — Sim, eu quero, por que não? — Joshua é completamente louco, porém, vou tirar
Everly. — Você não disse para o seu boy magia que meu casamento será em Las Vegas, certo? — Dylan pergunta temeroso, provavelmente com medo de que Joshua apareça e estrague sua cerimônia. — Relaxe, eu não disse nada, estamos a salvo — faço uma brincadeira enquanto arrumo minha mala, lá se encontra apenas três pares de roupas, já que vamos para Las Vegas hoje e voltar no domingo, mas o mais importante não se encontra ali, meu vestido de madrinha. Viro-me para o guarda-roupa, o vestido está dobrado e perfeitamente passado, está dentro de uma sacola onde minha mãe colocou com todo o cuidado para não amassar. O coloco dentro da mala e fecho. Agora não está faltando mais nada. — Tudo pronto? — assinto — Agora vamos pegar o avião, não quero que David me mate por ter chegado atrasado e será sua culpa! — reviro os olhos, pego minha mala de rodinhas e logo entramos no pequeno trânsito de Montesano. — Minha diva, se prepare para diversão! — O que isso quer dizer? — Dylan sempr
Everly O avião pousa em Montesano no final da tarde de domingo. Eu estou sozinha, pois Dylan decidiu matar aula e ficar alguns dias a mais em Las Vegas com David, os dois estão em uma bolha de amor inquebrável e provavelmente não irá estourar tão cedo. Desço as escadas do avião e vou para dentro do aeroporto atrás da minha mala, assim que ela está em minhas mãos, me dirijo para a saída atrás de um taxi, mas ao sair fico surpresa e chocada ao mesmo tempo. Encontro Joshua encostado no seu carro estalando os dedos, ele parece nervoso, pois fica olhando de um lado para o outro, assim que me vê, anda rapidamente e me aperta em um abraço de urso. Não consigo retribuir de volta, uma vez que meus ossos estão sendo esmagados. — Oi — digo em seu ouvido. — Oi — ele responde e alivia um pouco a pressão sobre o meu corpo — Por que não me ligou? Te mandei tantas mensagens, estava preocupado com você. Nesse momento me sinto egoísta por nem ao menos ter dado sinal de vida. — E
Everly Acordo quando o sol está nascendo, sinto um peso em meu pescoço e coloco as mãos ali. O colar. Como Joshua conseguiu colocar sem que eu sentisse? Viro-me para o lado encontrando-o deitado de barriga para baixo, e pela primeira vez desde que dormimos juntos, vejo-o roncando. Saio da cama e vou tomar um banho, ao sair ele ainda está na mesma posição em um sono profundo, visto minhas roupas, vou para a sala pego minha mochila e vou embora. Paro em uma Starbucks, compro um pedaço de bolo de amêndoas e café e sento-me no banquinho observando as pessoas do lado de fora. Não estou com tanta raiva de Joshua como estava ontem, mas estou chateada, como ele pôde falar aquilo? Eu sei que ele teve outras antes de mim, porém, ele deveria falar justo naquele momento? Minha raiva amenizou, contudo, meu ciúmes não. Percebo que minha bunda dói a cada mexida que dou na cadeira. Não me arrependo de perder minha virgindade anal com ele, apenas odeio suas palavras fora de moment