Everly — E o resultado diva? — pergunta Dylan no dia seguinte enquanto estamos sentados embaixo de uma árvore no grande pátio da escola — Deu negativo — Toda vez que a palavra negativo aparece na minha mente é como um alivio, um peso tirado das minhas costas. — E como o bonitão ficou? — Não sei, ele não falou nada — achei estranho Joshua sumir com os testes, mas não dou muita importância a isso. Todos os alunos que passam olham fixamente para o meu rosto, estou literalmente parecendo a noiva do Frankenstein, algumas pessoas param e perguntam o que aconteceu para o meu rosto ter ficado assim, uso a tática de Joshua e digo que cai durante o banho e bati o rosto na banheira. — Você dormiu com ele ou o professor gostoso te levou para a casa? — reviro os olhos com os nomes que ele cria para Joshua, se David soubesse que ele anda fazendo isso... — Dormi no apartamento dele. — Vocês dormiram ou.... aconteceu algo há mais? — Dylan e sua curiosidade alheia! — Digamos
Everly — Everly! Olhe a bola! — saio do meu transe e vejo a bola de vôlei vindo em minha direção, odeio educação física e sempre vou odiar! A bola vem na minha direção, mas não sei o que fazer com as mãos, por um momento pensei que a bola cairia atrás de mim, porém, parece que calculei errado, pois ela cai na minha cara fazendo-me cair de bunda no chão e todos os alunos ali explodem em risos. Meu rosto começa a palpitar e doer, gotas de sangue começam a cair, passo a mão no meu nariz e dói pra caramba, já basta ter um lado do rosto roxo, agora estou com o nariz quebrado. Ok, estou sendo exagerada, mas está doendo demais. Uma mão é estendida para mim, pego-a encontrando Dylan com um olhar preocupado. — Diva, você estava no mundo da lua? Vamos para a enfermaria. — assinto, um garoto vem até nós com papel higiênico e estende para mim, agradeço brevemente e coloco sobre o meu nariz. Por que não tenho sorte em nada? Por que sou um desastre? Por faço apenas as escolhas err
Everly. — Como assim não te contei? Que eu saiba a vida é minha e faço dela o que eu quiser! O olhar de Joshua é puro ódio, em nada se parece com a pessoa diferente dessa semana, parece que voltou a ser o louco e obsessivo de antes. E o pior é que eu estava tendo esperanças. — Por que está tomando isso? — levanto-me do sofá, arranco o anticoncepcional da sua mão e o encaro. — Como assim, por que? Para evitar uma gravidez indesejada! — Joshua dá vários passos para trás como se tivesse levado um soco. — Indesejada? Gravidez indesejada? Ter um filho meu seria tamanho sacrifício assim, Everly? — Não acredito no que estou ouvindo, ele quer me engravidar? Quão louco isso é? Muito louco! — Você quer me engravidar, Joshua? — preciso ouvir isso da sua boca, que ideia absurda é essa que a sua mente maluca criou agora? O mesmo passa as mãos nos cabelos frustrado, ele encara-me seriamente e diz: — Sim, eu quero, por que não? — Joshua é completamente louco, porém, vou tirar
Everly. — Você não disse para o seu boy magia que meu casamento será em Las Vegas, certo? — Dylan pergunta temeroso, provavelmente com medo de que Joshua apareça e estrague sua cerimônia. — Relaxe, eu não disse nada, estamos a salvo — faço uma brincadeira enquanto arrumo minha mala, lá se encontra apenas três pares de roupas, já que vamos para Las Vegas hoje e voltar no domingo, mas o mais importante não se encontra ali, meu vestido de madrinha. Viro-me para o guarda-roupa, o vestido está dobrado e perfeitamente passado, está dentro de uma sacola onde minha mãe colocou com todo o cuidado para não amassar. O coloco dentro da mala e fecho. Agora não está faltando mais nada. — Tudo pronto? — assinto — Agora vamos pegar o avião, não quero que David me mate por ter chegado atrasado e será sua culpa! — reviro os olhos, pego minha mala de rodinhas e logo entramos no pequeno trânsito de Montesano. — Minha diva, se prepare para diversão! — O que isso quer dizer? — Dylan sempr
Everly O avião pousa em Montesano no final da tarde de domingo. Eu estou sozinha, pois Dylan decidiu matar aula e ficar alguns dias a mais em Las Vegas com David, os dois estão em uma bolha de amor inquebrável e provavelmente não irá estourar tão cedo. Desço as escadas do avião e vou para dentro do aeroporto atrás da minha mala, assim que ela está em minhas mãos, me dirijo para a saída atrás de um taxi, mas ao sair fico surpresa e chocada ao mesmo tempo. Encontro Joshua encostado no seu carro estalando os dedos, ele parece nervoso, pois fica olhando de um lado para o outro, assim que me vê, anda rapidamente e me aperta em um abraço de urso. Não consigo retribuir de volta, uma vez que meus ossos estão sendo esmagados. — Oi — digo em seu ouvido. — Oi — ele responde e alivia um pouco a pressão sobre o meu corpo — Por que não me ligou? Te mandei tantas mensagens, estava preocupado com você. Nesse momento me sinto egoísta por nem ao menos ter dado sinal de vida. — E
Everly Acordo quando o sol está nascendo, sinto um peso em meu pescoço e coloco as mãos ali. O colar. Como Joshua conseguiu colocar sem que eu sentisse? Viro-me para o lado encontrando-o deitado de barriga para baixo, e pela primeira vez desde que dormimos juntos, vejo-o roncando. Saio da cama e vou tomar um banho, ao sair ele ainda está na mesma posição em um sono profundo, visto minhas roupas, vou para a sala pego minha mochila e vou embora. Paro em uma Starbucks, compro um pedaço de bolo de amêndoas e café e sento-me no banquinho observando as pessoas do lado de fora. Não estou com tanta raiva de Joshua como estava ontem, mas estou chateada, como ele pôde falar aquilo? Eu sei que ele teve outras antes de mim, porém, ele deveria falar justo naquele momento? Minha raiva amenizou, contudo, meu ciúmes não. Percebo que minha bunda dói a cada mexida que dou na cadeira. Não me arrependo de perder minha virgindade anal com ele, apenas odeio suas palavras fora de moment
Everly Joshua anda agindo estranhamente, toda vez que falo em ir na sua casa ele inventa uma desculpar para que eu não vá, isso já está acabando com a minha pouca paciência. — Eve, em que mundo está? Estou lhe perguntando o que você irá querer, uma festa grande ou algo mais pessoal? Serio mãe? — Mãe, não tenho amigos para fazer uma festa grande e nem quero, apenas algo pequeno, apenas Dylan e David — dou de ombros, não ligo para festa, na verdade nem ao menos queria comemorar, mas minha mãe me deu duas escolhas. Festa grande ou festa pequena. — E não podemos esquecer do seu professor! Ele precisa vir, o senhor Carter te ajudou muito! Você não sabe como ele me ajudou e tem me ajudado mãe... — E seu pai? Não irá chamá-lo? — paro de cortar a batata e olho para minha mãe, ela sabe que meu pai é um limite rígido para mim. — Pensei que já tínhamos combinado de não citá-lo nunca mais — digo friamente. — Ele me liga todos os dias Eve, ele quer participar da sua
Por Joshua. Assim que abri o quarto que eu cuidadosamente planejei vi os olhos de Everly brilharem, ela me disse que sentia falta de desenhar e pintar, então fiquei pensando qual seria o melhor presente de aniversário, e a ideia de um estúdio veio a minha mente instantaneamente, assim ela poderia praticar a arte que ama e ficar comigo ao mesmo tempo, ela passaria mais tempo ao meu lado mesmo que parte desse tempo ela esteja pintando. Eu poderia ter contratado uma pessoa para fazer esse quarto, mas decidi colocar as mãos na massa, se eu não tivesse feito não seria realmente um presente, fui a uma loja de tintas e procurei uma tinta azul da cor de seus olhos, não encontrei a tinta perfeita, porém encontrei uma que chegava perto da tonalidade de seus olhos. Pintei o quarto de azul e no dia seguinte fui atrás de materiais para pintores, com a ajuda de um atendente consegui tudo que precisava, comprei também um pequeno sofá para deixar no canto e uma cômoda onde estariam todos os mater