ViolletaDurante o caminho para a casa de Soffia, Ettore foi em silêncio, apenas mexendo no seu celular de vez em quando, nem parecia que havia me feito gozar duas vezes com sua língua quando ainda estávamos em casa. Já faz alguns minutos que chegamos mais ainda não vi Soffia, perguntei a Leonardo, que me disse que ela ainda estava se arrumando, achei um pouco esquisito, pois acredito que ele, assim como Ettore, não tolera atrasos. Passados alguns minutos, vejo Soffia descendo as escadas, porém com um semblante entristecido, e assim que ela me vê, lança um sorriso simples, vindo em minha direção. — Olá, estava com saudades! — digo dando-lhe um abraço. — Você bem que poderia ir me ver de vez enquanto, poderíamos sair, dar uma volta, tomar um café! — Ah! Minha amiga, você nem sabe o que passo aqui, Leonardo nunca permitiria tal coisa — diz, cabisbaixa.— Não tem sido fácil, não é mesmo?— Não, Violleta, não tem! — fala com um suspiro triste. — Você nem imagina o que eu tenho passado
VIOLLETA FERRARIAmanheceu e não consegui pregar os olhos, a luz do sol passa pelas frestas da madeira do celeiro, com o pouco de luz posso ver o quanto esse lugar é deplorável. Meu estômago dá sinais de que preciso me alimentar, espero que Ettore mande que alguém venha me buscar, caso contrário vou passar mal a qualquer momento, sou muito fraca para esse tipo de coisa. Olho para o corpo coberto de ratos, sinto mais uma vez meu estômago revirar, me viro para não ficar olhando para aquela cena pavorosa.Passaram-se horas e continuo aqui, deitada no chão, junto aos insetos que passam por todos os lados, não consigo mais manter meus olhos abertos, falta pouco para perder minha consciência, estou com muita sede e fome, preciso de um banho e não consigo ficar em pé, aos poucos vou fechando meus olhos, até que tudo fica escuro.♡♡♡♡♡Desperto com um barulho irritante, e noto que já não estou no celeiro fétido, sinto todo o meu corpo doer quando faço esforço para me levantar, mas sou interro
ViolletaPassam-se alguns minutos após o médico sair, e Pietro voltar. Fui pega de surpresa com a notícia, e agora, é só torcer para que tudo dê certo e eu possa sair desse inferno antes que Ettore descubra que estou de fato esperando um filho. Hoje tenho que falar com Stefano sobre a fuga, tanto minha quanto de Soffia. Assim que ela estiver segura, será minha vez de sair daqui, o mais rápido possível.Desço para a sala, Sandra e Bianca estão no sofá, e partem em minha direção preocupadas.— Ragazza, você não aprende não é mesmo? — Elas me abraçam, mas não consigo retribuir. — Você está bem, querida? Está sentindo alguma coisa? Quer comer algo? Sandra diz rapidamente, fazendo muitas perguntas ao mesmo tempo e eu lhe dou um sorriso esperando que ela apenas pare de fingir que se importa.— Estou bem, mas preciso comer.O jantar é tão silencioso quanto consigo fazer ser, e Ettore não está na mesa, o que é em si um alívio. Porém vi de relance sua silhueta passar pela porta subindo as esc
Ettore FerrariANTESSigo para a empresa, a manhã passa rápido e logo no início da tarde vou para a sede, faço tudo o que preciso e sigo para uma das casas de swing, para ver como está o andamento. Todas as casas estão indo bem, vejo as garotas terminarem de arrumar o local para abrir, e logo após vão para suas posições. Subo para o escritório, no andar de cima, e enquanto dou uma olhada na contabilidade, alguém tira minha concentração, batendo na porta.— Boa noite, chefinho, estava com saudades. Por que não foi me ver esses dias? Fiquei chateada! — Rebecca diz, enquanto alisa minha perna, subindo sua mão para pegar no meu pau, apertando-o. Ele logo da sinal de vida e fico pensando no que devo fazer, até que me lembro da merda que Violleta fez, e decido brincar um pouco, é mais que justo. — Não tenho tempo para conversas, vamos!— E para onde o meu chefinho quer me levar, posso saber?— Quando chegar lá você verá, agora calada!Saímos do escritório e descemos, indo direto para o meu
ViolletaDesperto com a luz do sol iluminando o quarto, me espreguiço deixando o corpo relaxar, minhas mãos pousam na minha barriga, e mal posso acreditar que agora tenho um serzinho se formando dentro de mim. Levanto-me e caminho até a sacada, avisto Stefano em sua vestimenta de segurança, e seu cabelo levemente bagunçado, dando-lhe um charme especial à sua figura. Ele me vê e me lança um sorriso, daqui consigo ver seus dentes, perfeitamente brancos; Lembro-me do beijo, de como ele me segurou tão gentilmente e retribuo o sorriso. Volto para dentro do quarto, preciso tomar um banho, e descer para comer alguma coisa, ontem Sandra me trouxe uma sopa, mas, assim que terminei de tomar, vomitei tudo na privada. Pego minhas coisas e volto para o quarto, não tenho roupas aqui, então tenho que me arrumar no outro mesmo, só espero que o crápula não esteja mais lá. Abro a porta e não vejo ninguém, acredito que Ettore já tenha saído para trabalhar. Entro no banheiro, ligo o chuveiro, pego um po
Violleta— Ragazza... vamos almoçar! — Desperto, com Pietro me chamando.— Me deixe dormir — digo, virando para o outro lado no enorme sofá.— Negativo, já está muito tarde, e você precisa se alimentar, ou se esqueceu que, ainda ontem estava desacordada por fraqueza, por ter ficados horas a fio sem comer, por culpa do meu irmãozinho? — Viro novamente olhando fixamente, para seus olhos, ele parecia agir como se fosse tudo um jogo, como se fosse engraçado.— Não precisa lembrar, obrigada. Eu desço daqui a pouco, agora pelo amor de Deus, me deixe aqui. — Tudo bem, mas não demore, estamos só esperando você para almoçar. Continuo deitada, sinto que o sono quer me dominar, mas trato de firmar meus olhos bem abertos. Sei que é por causa da gravidez, e acho que vai ser assim durante nove meses. Levanto, marco a página em que parei minha leitura e guardo o livro no mesmo lugar de antes, saio da sala e caminho até o quarto, preciso tomar outro banho para arrancar essa moleza e esse calor do
SOFFIA ANTONELLITermino de vestir minha camisola, passo um perfume e um creme corporal enquanto penso em tudo que acontecerá amanhã. Estou um pouco nervosa, mas espero que dê tudo certo, pois não aguento mais viver com ele, termino o que estou fazendo, soltando meus cabelos, penteando-os e deitando logo em seguida. Não posso dormir, devo sempre estar acordada, esperando por Leonardo, pois ele quer que eu desate sua gravata e tire seu terno e sapatos. Sempre faço assim, como ele determinou, para não receber nenhuma bofetada ou ser ofendida com suas palavras pesadas. Estou muito cansada por aguentar as humilhações que partem deste bastardo. Agora finalmente tenho uma chance de sair daqui, e não vou perder essa oportunidade de jeito nenhum. Saio dos meus pensamentos, com Leonardo entrando no quarto com uma expressão enraivecida, fico quieta para ele não descontar nenhum de seus problemas em mim. — Por que ainda está aí, parada? Anda com isso, antes que eu perca o pouco de paciência qu
ViolletaEle me segura pelo braço e me tira do quarto, me arrastando pelo corredor que leva até o quarto escuro. Ettore continua segurando meu braço enquanto desce as escadas. Quando chega em frente a porta, do tal quarto, ele abre e me joga para dentro. Caio de joelhos no chão, coloco minhas mãos sobre minha barriga, em uma tentativa, desesperada, de proteger meu bebê, e minhas lágrimas caem no chão frio. Em uma fração de segundos ele rasga meu vestido e me deixa somente de calcinha.— Você se lembra do que eu lhe disse da última vez que estivemos aqui?Ele faz a volta por trás de mim, ouço um barulho no fundo do quarto, e, quando me viro para ver do que se trata, vejo Ettore, caminhando em minha direção, segurando um chicote, e o desespero toma de conta de mim.— Eu disse a você que esse quarto não foi criado para dar prazer... Minha imaginação vai longe quando estou aqui para castigar alguém, principalmente, se for alguma puta, como você faz questão de chamá-las. Mas, quando trago